Capítulo 14 - De um à cem

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Alan L

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Alan L.

Dirigindo o carro com o destino até a empresa, escuto meu telefone tocar pelo visor e o conecto no bluetooth do carro, afim de não me distrair do trânsito.

   — Alô?

   — Alan, irmão, preciso de um favor gigante! — era Bruno. Parece que ele só me liga para pedir favores. — Hoje é o aniversário do Guilherme.

   — É, tô lembrado — tentei enrolar, fazendo uma careta. Eu não estava lembrado. Era péssimo com datas.

   — Pare de mentir, você mal lembra do seu aniversário!

Ele riu do outro lado da linha e eu me lembrei do ano passado, quando fizeram uma festa de comemoração pra mim e eu não apareci.

Mas é o seguinte, a Letícia está preparando uma festa surpresa com os amigos dele da escola e eu preciso de alguém para o distrair.

Ah não... Eu adorava ficar com o Guilherme, mas sendo sincero? Não tinha o mínimo jeito ou paciência.

   — E como o James não tá aqui... apesar de que eu não confiaria nele em olhar o Guilherme depois da ultima vez, quando a criança chegou em casa perguntando sobre camisinha... — comecei a rir — Enfim, quando sair da empresa, pega o meu filho na escola e enrola ele até as 4h?

Olhei para o relógio no carro e relutante, respondi:

   — Ok...

   — Valeu!

Revirei os olhos.

   — Você tá me devendo uma — alertei, mesmo sabendo que depois eu esqueceria e não cobraria.

   — Se conforme com o seu papel de tio. Tchau! — riu e desligou.

Parando o carro no estacionamento da empresa, em um impulso, peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Viola, perguntando se ela já tinha chegado no prédio.

Ela visualizou, mas não respondeu.

Não me surpreendi. E a imaginei revirando os olhos enquanto lia, assim como sempre fazia quando eu estava por perto.

Subindo no elevador, lembrei de que encontraria Rebecca por aqui. E também, de que eu tinha ficado completamente bêbado da última vez que a vi. E de acordo com as pessoas que já tinham me visto naquele estado, eu ficava parecendo uma criança falando bobagem. Merda. É, eu tinha totalmente perdido a minha dignidade.

Primeiro olhei para o balcão vazio, onde a Viola costumava trabalhar e então me perguntei o motivo de ela não estar ali hoje.

   — Ela está te esperando na sala, para uma conversa — recebi um olhar repreendido da Lili, que apareceu pelo corredor.

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