Capítulo 45 - A perna engessada

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Alan L

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Alan L.
algumas horas antes

— Precisa da minha ajuda?

Enfio as mãos no bolso da calça e sorrio sem graça para Cassandra, a mãe de Rebecca, que tinha chegado a algumas horas e que precisava da minha ajuda - de acordo com a ligação que recebi.

— É que você é alto e eu sou baixinha! — a mulher de meia idade respondeu, andando na minha direção com uma caixa de papelão nas mãos — Queria muito ter a sua altura.

Ela se aproxima e deixa a caixa no chão, enquanto Rebecca está esticada no sofá com as pernas para cima.

Desde a nossa briga, ela não fala mais direito comigo.

Oque é bom mas também desconfortável. Se estamos brigados ela deveria ter, ao mínimo, o senso de falar para a mãe dela não me ligar.

— Estamos em novembro e essa casa está sem graça demais — disse, enquanto abria a caixa.

— Essa é a minha casa e quem diz se ela está sem graça ou não, sou eu.

Eu encaro Rebecca e logo, sua mãe, que faz um gesto obsceno na direção da filha.

— Não criei uma filha para ser tão sem graça como você, Rebecca. Cala essa boca.

Eu mordo os lábios e não sei o que fazer, depois dessa situação.

Rebecca e Cassandra nunca tiveram uma boa relação. Nunca foram amorosa ou carinhosa uma com a outra. Provavelmente por as duas serem exatamente iguais.

— Me ajude, Alan — ordenou e eu não ousei desobedecê-la.

Ela me dava mais medo do que a minha mãe e o meu pai juntos.

— O que eu faço?

— Você vai pegar a escada, e nós vamos montar a árvore de natal.

— Ei! — Rebecca levantou com rapidez do sofá — Não vai montar árvore nenhuma.

— Pois eu vou sim, sua mal-criada — a outra resmungou — Quem mandou você engravidar daquele energúmeno? Destruiu a magia do natal!

Franzo as sobrancelhas e decido sair de fininho da sala, para não ter que ver e nem escutar as duas brigando novamente.

Ando até a varanda e fico lá, em pé observando os carros e a rua movimentada da altura do andar que eu estou.

Pego meu telefone e encaro o contato de Viola, segurando uma vontade muito grande de ligar para ela.

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