Capítulo 17 - Um pouco bêbados

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Alan L

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Alan L.

À noite chegou e com isso, a ansiedade também.

Antes de sair para buscar Viola em casa, tomei um comprimido natural - o mesmo que eu tinha tomado ontem - e aos poucos, eles começaram a me deixar mais calmo.

Eu não tinha ido ao trabalho hoje, passei o dia com o meu pai. Apesar de não ter um relacionamento bom com ele, ele ainda era o meu pai. Então, lhe contei sobre as dores de cabeça e a minha dificuldade de ler e escrever voltando. Além do discurso de "eu avisei" e "era pra você ter seguido a minha carreira que teria menos preocupação" - me passou alguns remédios úteis.

Não tinha visto Viola hoje mas sei que ela não se esqueceu do nosso compromisso porque eu já tinha lhe enviado umas quatro mensagens.

E chegando em frente à casa dela, desço do carro e bato na porta, que é aberta pela sua irmã na qual eu tinha conhecido da outra vez.

— Hum... então é você de novo? — ela sorriu, pensativa.

Eu abri um sorriso largo, sem saber oque ela quis dizer com o comentário anterior.

— Boa noite... Lorena, não é?

Ela concordou, balançando a cabeça.

— A Viola está terminando de se arrumar, entra — se afastou, deixando um espaço para eu adentrar sua casa.

Assim que piso dentro da residência, uma enorme bola de pelos corre na minha direção, querendo pular em cima de mim.

O meu primeiro pensamento é: eu vou morrer.

— Ele vai me morder..! — desviei do cachorro, indo para atrás da mesa — Tem como você tirar ele... merda, ele vai me morder.

— O quê, o Fred? Ele não morde não.

Arqueei as sobrancelhas.

Porque as pessoas sempre falam isso sobre cachorros? Se eles têm dentes... eles modem sim, oras.

Lorena pareceu não entender a gravidade da situação e do meu desespero, quando o cachorro continuou correndo atrás de mim, enquanto eu desviava pelo sofá e pela mesa.

Escutei ela rir da situação.

— Ele só quer brincar com você.

— Ah mas eu não quero brincar com ele — me desesperei — Tira ele, por favor.

A mulher finalmente se movimentou, agarrando pela barriga o seu cachorrão e o levando até o corredor, prendendo em algum lugar.

Nesse momento, eu consigo respirar de alívio e me sento no sofá.

   — Não acredito que você tem medo daquele neném — Viola surge pelo corredor, rindo.

Eu a encaro de cima a baixo e concluo que ela está bonita. Simples e bonita. De calça jeans escura e uma blusa de manga cor de vinho - que deixava toda a região de ombros à mostra. Muito bonita.

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