Capítulo 21 - Mais que uma isca

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Alan L

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Alan L.

— Está de olhos fechados?

Eu suspiro impaciente e me estico na cama, balançando a cabeça e respondendo que sim, eu estava de olhos fechados.

— Está mesmo?

— Estou.

— Posso confiar em você? — escutei Viola insistir, ainda duvidosa.

— Completamente — encosto a cabeça no travesseiro, ainda com os olhos fechados. Se eu estivesse com eles abertos, com certeza estaria revirando-os.

— Tem certeza?

Resmungo.

Pra quê tanta vergonha em ficar de roupa de dormir na minha frente? Não é como se ela estivesse nua.

— Absoluta.

E então, escuto seus passos saindo do banheiro e logo, sinto o espaço ao meu lado da cama afundar.

— Posso abrir?

— Pode — sua voz soa bem mais perto agora.

Abro os olhos e analiso a garota ao meu lado, de cabelos soltos e com o corpo todo coberto pelo edredom do hotel.

— Você não vai colocar o seu?

— O meu o quê? — franzo as sobrancelhas, passando as mãos pelo rosto.

Estou morrendo de sono.

— O seu pijama.

— Ah.

Dou de ombros e começo a tirar a camiseta, sem me importar com Viola na minha frente. No início, ela fica parada me olhando, mas depois, vira o rosto da direção contrária de onde eu estou.

Não sei porquê, sorrio.

Termino de tirar a calça que estou usando e...

— Vai se trocar no banheiro...! — escuto ela reclamar.

E então, Viola agarra um travesseiro, jogando-o na minha direção e o objeto que era pra bater forte e dolorosamente, deslizou macio pelas minhas costas.

Mesmo assim, eu reclamei:

— Ai.

— Que dramático...! — zombou da minha cara, rindo.

— Cala a boca — peguei o travesseiro que ela tinha lançado e rebato em sua direção.

Prendo a risada e entro no banheiro rápido, antes que começássemos uma briga de travesseiros. Tomo uma ducha rápida e quando termino, visto apenas um samba-canção.

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