Capítulo 09 - O convite escondido

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Alan Levine

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Alan Levine

Dentro da famosa lanchonete perto da empresa, sentado em uma mesa de madeira, eu batucava os dedos e checava o horário no meu relógio de pulso.

O barulho do sino na porta do local indica que alguém acabou de adentrar e então, eu levanto a cabeça e mordo os lábios nervoso, ao ver a pessoa que eu estava esperando caminhando em minha direção.

— Ok. Vamos ajudar um ao outro.

Arqueei as sobrancelhas surpreso com a declaração inesperada que Viola tinha acabado de fazer.

— Oque você disse?

Ela endireitou sua postura, cruzando os braços em cima da mesa de uma forma profissional.

   — A sua proposta.

   — Você...? — fui interrompido.

— Antes de tudo, só pra constar... — tossiu — Isso é sério, não é? Você não tá brincando?

— Pareço estar? — eu estava desesperado.

— Tudo bem — me encostei, observando ela desviar os olhos — Aceito a sua proposta.

— Tem certeza? — me controlei para não criar esperanças ou expectativas caso ela estivesse apenas querendo tirar uma com a minha cara — Por que não pode voltar atrás.

— Não vou — sua voz transmitia segurança, oque me tranquilizou — Mas tenho uma condição.

Franzi as sobrancelhas, com apreensão.

   — Você me ajuda e eu te ajudo — repeti, hesitante e balançando a cabeça para que ela continuasse.

   — Eu preciso de dinheiro.

Suspirei, aliviado.

   — Eu sei. E eu falei que posso pagar.

   — É, mas essa não é a condição.

Não fazia a mínima ideia do que era e por isso, não respondi, apenas esperei ela terminar.

   — Eu preciso que você pague antes.

Arqueei as sobrancelhas, soltando uma risada. Viola podia se achar esperta e eu até podia ser um pouco lerdo, mas nem tanto assim.

   — Sem chance — cruzei os braços.

Observei ela vacilar a postura e continuar:

   — É a condição.

   — Eu não vou te pagar antes pra você receber o dinheiro e desistir do acordo!

   — Eu não vou desistir — se defendeu e eu revirei os olhos.

   — Pra começo de conversa você nem queria aceitar isso daqui. E a prova concreta foi aquele tapa que me deu ontem. — ela tinha muita força na mão, a propósito.

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