Capítulo 33:

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Valley

— Eu devia ficar tão brava com você por ter ido atrás de mim na praia. - digo quando entro na academia e encontro Daven fazendo abdominais deitando no chão.

Eu não consigo tirar meus olhos do seu peito suado, e vê-lo em toda sua glória me deixa sedenta, e terrivelmente furiosa. Eu estive dormindo em um peito não muito atraente durante toda a noite, quando nos meus sonhos o que eu estava fazendo era me deliciando com o peito dele.
Como pode isso?
Eu acordei irritada hoje, e não ajudou que Parker foi embora para mais uma viagem de trabalho.

— A qual é Valley. Você sabe que a praia é pública. - sua voz sai abafada por causa da sua respiração entrecortada. Mas ainda assim consegue me deixar afetada. Meu corpo parece amar a forma como suas palavras saem graves e profundas.

— Não é sobre isso. - bato meu pé no chão. E eu sei que parece uma criança fazendo isso. Mas é que ele me irrita. — E você sabe disso.

Ele afasta as mãos da cabeça, e descansa ela no chão. Quando ele vira o rosto para mim, eu perco todo meu fôlego.
— Até parece que você não gostou que eu fui.

Não sei como responder isso. Porque ele sabe perfeitamente que está certo. Mas eu digo qualquer coisa. Qualquer coisa que vem na minha cabeça.
— Ele podia perceber você sabe. - minha voz não sai tão forte quanto eu gostaria que saísse.
Odeio a forma como ele me faz reagir.

— Quem é que foi atrás de quem em primeiro lugar?

Ah é assim que ele quer jogar?
Pouso minhas mãos em minha cintura.
— Foi sua filha que me chamou.

— Ah mas você podia ter ignorado. Você sabe que ela não ia ficar berrando para sempre.

Idiota.
Mas o pior é que ele está certo. Porque é que eu fui atrás?
Semicerro meus olhos, e não falo nada por um longo e demorado minuto. Mas minha atenção vai toda para o suor escorrendo e encharcando seu peito duro.
Ele não deveria ser tão bonito.
Faz tudo tão difícil pra mim.
— Você me frusta sabia?

— Humm, - ele passa a língua pelos lábios, e alguma coisa dentro de mim vibra. — E o que mais?

— Como assim o que mais?

Em um pulo ele está de pé, e meu coração começa a bater alto que eu posso senti-lo em meus ouvidos.
Dou um passo para trás.

— Eu não te deixo só frustada, eu posso apostar que te deixo excitada, te deixo... - suas palavras são interrompidas quando coloco subitamente minha mão na sua boca.

— Você me deixa louca. É isso que você faz.

Ele sorri contra minha mão fazendo cócegas em minha pele, e levanta os braços. Eu baixo minha guarda, e puxo minha mão de volta.

— Ué cada pessoa merece fazer o que a faz sentir-se vivo, não é o que dizem? - meu corpo estremece com sua respiração quente.
Porque foi que eu me aproximei dele?

— Então me provocar te faz se sentir vivo?

— Me faz sentir excitado. - revela ele, e meus olhos imediatamente arregalam. Mas antes que eu possa fazer qualquer coisa, Daven estende sua mão até a parte de trás da minha cabeça, e enrola os dedos firmemente em meus cabelos. Fecho meus olhos quando percebo que ele está me puxando contra seu peito.
Céus. 
O quanto que eu pedi por isso.
Mas eu sei que é errado, que não devo fazer isso nas costas de Parker, mas eu não consigo resistir. Vocês precisam me perdoar por isso.

— Eu queria tanto puxar você para mim enquanto estávamos no mar ontem. Queria sentir como sua pele fica grudada à minha. - declara ele sussurrando cada palavra em meu ouvido.

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