Daven
— Isso deveria ser um crime.
Meu corpo estremece quando a voz de Valley desliza pela minha espinha. Eu pensei que estaria indo para academia sozinho hoje. É uma surpresa que ela esteja me seguindo nesse corredor silencioso e frio.
Viro para trás, e meus olhos semicerram quando encontro um olhar afetado em seu rosto. Como é que ela consegue ficar cada dia mais incrível? Eu não estou acostumado com isso.— Você não deveria estar andando por aí assim. - murmura ela, apontando para mim.
Eu paro, e desço meus olhos pelo corpo. Abro meus braços, e levanto uma sobrancelha para ela.
— Qual é o problema que você está vendo nisso?Suas bochechas coram ainda mais, e ela pressiona suas pernas juntas. É a segunda vez que a vejo usando roupa de ginástica, e vamos dizer a verdade... Seu corpo fica ainda mais sexy do que já é.
Ela olha para o chão antes de olhar para meus olhos famintos.
— Parece que você quer deixar todo mundo mal por aqui.Eu sorrio, e sorrio mais ainda. Ela é a porra de garota mais fofa que eu já conheci. Mas eu não quero que todo mundo fique mal por aqui.
Eu quero apenas que ela fique. Passo a mão pelos meus cabelos, e estufo meu peito só para provocá-la mais ainda. Eu estou usando apenas uma bermuda de moletom, e todo resto está livre para ser admirado.— Seria um crime se eu escondesse.
Ela mordisca o lábio de baixo, e meus olhos rapidamente ficam fascinado. Eu não posso negar que não sinto vontade de beijá-la. De sentir seus lábios nos meus. De experimentar seu gosto, sentir seu cheiro. Me mata que eu tenha que me manter longe. Me mata que eu só possa desejá-la em meus sonhos.
— Já lhe disseram que você se acha? - provoca ela, dando alguns passos para mais perto.
Eu aproveito e lanço meu braço para frente e assim que seus olhos caem para minha mão estendida, eu a puxo para perto de mim.
— Oh. - nós dois murmuramos assim que nossos peitos colidem um no outro. É tão bom quando não há espaço nenhum entre nós. Deveria ser sempre assim.
— Daven... - sussurra ela quando seu rosto bate contra meu ombro. Eu passo meus braços envolta da sua cintura, e pressiono seu corpo ainda mais forte. Não quero nenhuma lacuna entre nós.
— Seu cheiro é doce... - comento quando passeio com meu nariz pelo seu pescoço. Seu corpo estremece e ela afunda suas mãos nas minhas costas.
— Isto tem que ser inocente, Daven. - pede ela, começando a empurrar seu traseiro para trás. Mas porra. Não quero acabar com esse momento. É tão bom quando seu corpo está fundido ao meu. Parece certo.
Nós combinamos.— Eu sei, porra... - minha voz sai em um gemido. E eu fecho meus olhos apenas para saborear um pouco mais do seu perfume de frutas.
Ela afrouxa seu aperto em minhas costas, e antes que consiga quebrar nosso abraço, eu uso uma das minhas mãos para segurar seu rabo de cavalo. Puxo sua cabeça para trás, e nossos rostos ficam frente à frente, apenas com alguns centímetros de distância.
Ela já está toda vermelha, e ofegante. Suas mãos voltam para meu peito nu, e ela começa a acariciar meu abdômen definido, tão lento que está me deixando duro.
Completamente.— Inocente Daven. - lembra ela, trazendo seus olhos para os meus.
Eu suspiro.
Queria tanto poder chutar o balde. Porque ela não termina com aquele cara?— Eu sei que você me deseja Valley. Tanto quanto eu te desejo.
Seus olhos brilham com uma certa malícia, mas rapidamente ela disfarça olhando para baixo. Meu peito sobe e desce num ritmo muito agressivo. Forte e intenso. Seus dedos me acariciando não ajuda muito.
— Eu faço. - assume ela, e eu já sei que virá algum "mas". Ela respira fundo antes de continuar: — Mas eu não posso ficar com você.
— Termine com ele. - as palavras saem antes que eu possa detê-las.
Ela ri baixinho, e levanta seus olhos para mim. Seus olhos me aquecem do mesmo jeito que suas mãos estão fazendo com minha pele. Eu queria que nós pudéssemos ser capaz de fazer o que quiséssemos. Que danem-se as consequências.
— Não é tão fácil assim.Meu cenho franze de leve, e eu pouso minha mão seu queixo. Porra. Eu só queria uma prova. Apenas um pouco dos seus lábios agora.
— Você o ama? - acabo perguntando.Ela prende a respiração, e afasta suas mãos da minha barriga. Mas eu ainda a mantenho enrolada em meu braço, e por causa disso ela não consegue se afastar por completo.
— É complicado.— Eu gosto do complicado. Se abre para mim, vai.
Ela esconde seu rosto entre suas mãos, e fica assim por um longo tempo. É tão inédito o que estamos fazendo. Mas ao mesmo tempo parece corriqueiro. Parece que já somos íntimos há muito tempo.
— Eu não sei explicar. Esta tudo tão confuso agora.
Inclino minha cabeça para frente, e pouso minha testa na dela. Ela não se afasta.
Meu coração comemora.
— Eu quero beijá-la tão mal Valley.Sua respiração acelera, e ela fecha os olhos. De repente parece que há uma batalha se formando dentro da sua cabeça.
— Eu não posso... - choraminga ela voltando a abrir os olhos. Não vejo tristeza neles mas vejo um sentimento muito parecido. — Eu... Eu preciso ir.Meus braços liberam seu corpo, e eu cambaleio para trás. Meu coração chora com a perda do contato.
Jogo meus braços pra cima.
— Porra. Eu odeio esse cara. - xingo quando ela se afasta para porta. E vai embora depois de me lançar um olhar perdido.Viro para frente, e decido que é melhor eu começar pelo saco de pancada. Talvez assim eu consiga liberar toda frustração que acabei de ganhar agora.
A vida é uma merda.
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TARDE DEMAIS
RomanceDesde que Daven O'Neill se hospedou em minha pousada. Eu estive incrivelmente interessada em descobrir o que levou, um cara bonito e inteligente como ele, a reservar um quarto em minha propriedade por tempo indeterminado. Quem faria isso, certo? Da...