André
Eu ainda não estava acreditando que o filha da puta estava vivo, e ainda se passando por mim.
Termino de resolver o problema que era maior do que eu pensava, e volto com a Lua para o quarto.
Me sento na poltrona do lado da cama, e a Lua deita ao lado da Rafaela. É uma dor grande ver minha filha passando por isso.
Lua: Papai ? - Ela me olha.
- Oi?
Lua: A mamãe tá morta ? - A pergunta dela me pega de surpresa.
- Claro que não filha, ela esta apenas descansando. - Sorrio fraco.
Lua: Mas ela já não descansou de mais? - Suspiro e balanço a cabeça.
Ficamos ali mais algum tempo, e na hora que estavamos se despedindo da Rafa, os aparelhos começaram a apitar, e foi tudo muito rápido quando os enfermeiros aparecerem e retiram a gente dali.
Rafaela
Minha cabeça dói, meu corpo não se mexe, eu olho para os lados e nada vejo, algumas vozes bem lá no fundo, da para ser ouvidas.
Não sei onde estou, mas tudo aconteceu muito rápido, eu só gostaria de estar perto deles, minha filha, meu maior tesouro, eu não posso morrer.
Me lembro de escutar as vozes do Vitor novamente, ele pede desculpa, e vai embora, e isso se repete várias vezes.
Consigo me lembrar do choro angustiado do André, essa bala era para ele, e nós sabemos disto.
Tento abrir os olhos, mas é quase impossível, a claridade me cega, e só consigo ouvir mais vozes. É muita falação.
Xx: Estamos perdendo ela.
Não, não, não pode ser.
Xx: Recarrega para 200.
A pancada em meu corpo, quase me leva, mas eu não posso.
Xx: Os batimentos estão voltando.
Algumas lágrimas querem cair.
Xx: Ela está chorando ?
Não demora muito, e já consigo abrir os olhos, tinha vários enfermeiros ali e médicos. Todos me olharam, como se fosse algo sobrenatural.
Dr: Você é um milagre, estavamos sem fé já. - Escuto aplausos, ali estive a certeza, que tudo acontece por um acaso, e Deus nunca abandona seus filhos.
(...)
Estava ainda com alguns aparelhos, mas já estava no quarto, não podia receber ainda visitas, mas meu coração só faltava explodir de felicidade, quando escutei a voz grossa do André, gritando pelos corredores.
A porta é aberta, e aquele homem que parecia que não dormia faz um bom tempo, mas ainda sim continua com um sorriso no rosto.
Dedé: Pensei que fosse te perder - Ele vem até mim, e tenta me abraçar, não sei muito certo, mas mesmo assim, consegui sentir as lágrimas sua, molhar minha roupa.
Não conseguia ainda falar, eu tentei, mas tudo dói.
Dedé: Não precisa falar nada - Seus olhos transbordava lágrimas. - Eu ainda não estou acreditando, você não imagina o quanto pedi para Deus para não te levar. - Sorri. - A Lua ta que não se aguenta para poder entrar aqui, ela estava morrendo de saudades, mesmo não entendendo muita coisa, ela foi a que mais sentiu, eu trazia ela aqui toda semana, a gente rezou muito. - Comesei a chorar fraco, ele não imagina o quanto eu estava com saudades deles.
Ele ficou ali comigo até alguém expulsar, eu ainda estava cansada, mas a única coisa que me deixava dormir em paz, era saber que estou viva, e que agora as coisas vão começar a se resolver.
Demoremos mais cheguemos♬♬
Sorryyy.Tentei postar esse capítulo tem uns três dias, mas minha net está extremamente ruim.😑