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Maratona 4/5

Talita

Termino de fazer a Mel dormir e me sento no sofá ao lado do berço da mesma. Minha vida estava uma completa bagunça, o marreta quase não para em casa, e eu sinto tanta falta dele.

Suspiro e me levanto indo até o quarto onde as crianças estão dormindo, esses dois são tão apegado um com o outro, acho muito fofo, mas tenho um pouco de medo na verdade.

Já era de madrugada e eu ainda estava acordada, sempre foi assim, não conseguia dormir quando o Lucas ia para missão.

Tentei mandar alguma mensagem para ele, mas nada, mandei para a Rafa e também nada o Paulo foi minha última esperança.

📲
- Paulo ? - Ele atende no segundo toque.

Paulo: Oi, aconteceu alguma coisa ? - O mesmo parecia cansado só pela voz.

- Aah não - Fico um pouco sem graça - Foi tudo bem a missão ? Não consegui falar com o Lucas.

Paulo: Foi tranquilo sim, não perdemos quase nenhum homem, alguns se feriram, mas nada grave - Escuto algumas vozes no fundo - O marreta levou um de raspão, a patroa levou ele no postinho, tá tranquilo - Meu coração aperta um pouquinho, mas fico aliviada pela Rafa estar lá.

- Você tá bem ? Faz um tempinho que não vem ver o Bernardo, ele já está reclamando - Era engraçado conversar com alguém como ele, ainda mais por ser pai do Bê.

Paulo: Estou bem sim, desculpa nega, amanhã cedo vou tratar de ir ai, estava fazendo dois turnos por isso sumi um pouco.

- Tá ok, vou tentar dormir agora, se cuida e até amanhã - Não espero ele responder e desligo.

Nunca fui de falar sobre sentimentos, sempre tentei esconder eles, e o Paulo foi alguém muito especial para mim, meu primeiro namorado, mas éramos muito infantis, então não deu certo, mesmo com um filho pequeno tratei de me virar, e ele entrou no tráfico, me ajudava como podia, mas era um pouco ausente com o Bernardo.

Então conheci a Rafa, e logo fomos se aproximando dos meninos, e comecei a sair com o Lucas, e aqui estamos nós, juntos ao um bom tempo. Mas eu me sinto perdida, me olho no espelho e parece que falta algo, aah isso é horrível.

[...]

Acordo com batidas na porta, olho no relógio e marcava sete da manhã, eu havia dormido no sofá e logo senti as dores nas costas, levanto e faço um coque no cabelo e vou até a porta, abro a mesma e encaro o Paulo.

- Caiu da cama ? Ele ainda está dormindo - O mesmo coça a nuca sem graça, ele ainda tem esse costume.

Paulo: Deveria ter mandado uma mensagem antes ne ? Foi mal Talita, volto mais tarde então - Ele faz menção de sair mas eu ouço o mesmo.

- Espera aí, vou acordar ele - Viro de costas e só ai percebo que estou com um shorts minúsculo, minha cara queima de vergonha, e caminho rápido ate o quarto do Bernardo.

Acordo ele que reclama um pouco, mas na hora que falo do seu pai, ele sai correndo indo até a sala, onde o Paulo esperava. Havia colocado outro shorts, e arrumado uma bolsa para o Bê.

- Aqui está sua bolsa, vamos tomar café primeiro ? - Entro para o Bernardo sua bolsa.

Paulo: Ele come lá em casa. Bora filhão ? - Ele sorri e me encara.

Bernardo: BORA - Ele não conseguia se caber de felicidade, sempre era assim, ele morria de amor pelo pai, mesmo com algumas ausências.

- Cuidado então, vai trazer ele hoje ? - Olho para o Paulo que ainda me encarava.

Paulo: Ele vai dormir hoje lá em casa, amanhã eu trago ele cedo - Concordo e caminho com eles até a porta.

- Obedeça seu pai, te amo - Beijo o topo da cabeça do Bernardo e ele já sai correndo indo até o carro do pai, mas antes grita que também me ama, dou um sorriso bobo e encontro dois olhos azuis me encarando - Tchau - Dou um sorriso sem graça, o mesmo se aproxima de mim e fala no meu ouvido.

Paulo: Com todo o respeito do mundo, você tá muito gostosa - Sinto meus pelos se arrepiarem e ele abre um sorriso vira as costas e vai para o seu carro.

Fico sem reação, ele nunca havia feito isso, e foi estranho pois meu corpo atendeu a sua voz. Deus oque está acontecendo ? Já faz tanto tempo.

Hihihi😏

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A Dona🔥 2• TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora