Jtape
Eu não conseguia tirar ela da cabeça, e minha vontade era de meter uma bala bem no meio da minha testa.
Porque ? Justo ela, caralho mano, a mina só foi simpática, e ela é mulher do chefe, eu não poderia nem estar pensando nisso, se alguém fica sabendo, é morte na certa.
O pior é que já me passaram a visão de tudo que ela já passou com ele, o cara é um vacilão e mesmo assim ela é doida por ele.
Me dói, me machuca ver ela tão abatida, a Rafaela não merecia isso, mas quem sou eu para poder falar ou fazer alguma coisa ?
No momento em que conseguimos achar o possível local que o André estaria, eu não queria sentir isso, mas senti uma puta raiva.
Uma parte de mim torcia para poder encontrar ele, mas morto. Eu queria ela só para mim, mesmo nunca tendo ficado com a mesma.
Marreta
Juninho: Encontramos ele - Meu coração só faltou pular para fora.
Bolão: Vivo? - Aquelas pequenas palavras me assustaram, ele tem que estar vivo.
Ninguém mais falou nada, olhei ao redor e não tinha mais nenhum cara, só os nossos mesmo.
Juninho: Ele tá podre, mas parece que está vivo - O mesmo da uma risada, porra meu mano.
Rafaela: Tragam ele logo - Dou um sorriso de lado.
- Caralho, ele tá vivo - Os moleques ali tudo da risada, eu sentia que todo mundo estava feliz por isso.
Saímos do galpão e esperamos o Juninho aparecer, não demorou muito e de longe vejo ele e mais um carregando o Dedé.
Juninho: Ele não está acordado, tá bem fudido - Encaro ele e depois olho para o André, o mesmo estava horrível, magro pra caralho, tinha vários cortes que pareciam estar infeccionado, e como o Juninho havia dito, estava fedendo.
- Coloca ele ali no meu carro, e vamos partir daqui, não vai demorar muito para chegar gente.
Fizeram oque eu pedi, entrei no carro e vazei dali, os outros carros me seguiram até um pedaço, mas depois cada um foi para um canto, para poder despistar melhor.
[...]
Parei com o carro na frente do postinho, já chamei os enfermeiros e logo eles já levaram o André para uma sala.
Liguei para a Rafela e a mesma falou que já estava vindo, na moral ? A mina é louca por ele, e ele é meu amigo mas é um baita filho da puta.
Rafa: Cadê ele ? - A mesma vem até mim.
- Se é doido, veio voando ? - Ela me encara com cara de tédio - Ele está com os médicos, chamei aquele amigo nosso para vim atender ele - Ela concorda e senta em um banquinho.
Rafa: Mas ele está bem ? Você conseguiu falar com ele ? - balanço a cabeça negando - Porra.
- Ele tá bem feio - Ela me encara mas fica em silêncio.
Olho para uma enfermeira que caminha até a gente.
Enfermeira: O Dedé já está no quarto, já cuidamos dos machucados, mas ele continua desacordado, o mesmo aparenta estar à dias sem comer, não sabemos como ele aguentou tudo isso, o Dr. Flávio pediu para deixar ele descansar bem, se quiserem ir ver ele, é um por vez.
- Pode ir Rafa, fica lá com ele, tenho certeza que a primeira pessoa que ele gostaria de ver é você - Ela concorda e acompanha a enfermeira.
Pego meu celular e ligo para a Talita, demora um pouco mas logo ela atende.
Tata: Oi??
- Tá em casa ?
Tata: Estou na casa da Rafa, por? E como o André está?
- Ele está bem até, tem como arrumar umas roupas para ele e para a Rafa ? Daqui a pouco vou aí pegar para poder trazer para eles.
Tata: Pode deixar, e você tá bem ?
- Melhor impossível, te amo preta.
Tata: tbm - Ela desliga e eu fico encarando o celular.
Eu sou um cuzão também.
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