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André

Olho os papéis na minha frente, várias fotos e artigos, agora tudo faz sentido, as ameaças os carregamentos roubados, eu tentava na minha cabeça ainda pensar que podia não ser ele, mas estava tão na cara.

Pego na mão a foto do homem que tirou a vida do meu pai, e eu tirei a dele, do lado do filha da puta tem o menor que eu conheço muito bem, Vitor. Se eu ao menos um dia tivesse desconfiado de alguma coisa, tudo teria sido diferente.

Guardo as coisas na gaveta e peço para alguém chamar o Marreta, não demora muito e o mesmo logo aparece com aquele sorrisão, me comprimenta e senta na minha frente.

Marreta: Eai chefia, solta o papo que pela sua cara vem bomba.

- O Vitor está vivo, não era alucinação da Rafaela - O mesmo me encara, e abre maior olhão.

Marreta: Ta loucão fii? - Ele da risada, mas quando vê que eu não estou brincando para - Na moral ?

- Sim - Pego os papéis e jogo na mesa ele começa a olhar um por um, e sua expressão vai ficando séria.

Marreta: O Vitor é filho do cara que matou teu pai ? - Ele parecia não acreditar - O Vitor traiu a gente, é isso mesmo ? Ele era o x9 ? - O mesmo se levanta e já estava chorando, anda de um lado para o outro, me levanto e abraço ele - Ta doendo, ele não podia ter feito isso com a gente -  o choro dele molhava minha camiseta.

- Mas ele fez, e eu jurei para a Rafaela que vou matar ele - Eu sempre fui muito frio, mesmo isso ainda me machucando, ninguém toca no que eu amo.

Marreta: Só nós sabemos disto então? - Ele já estava mais calmo.

- Aham, e eu acho melhor assim, quanto menos pessoas souber mais fácil pegamos ele.

Marreta: Só me dá um tempo para colocar as coisas na cabeça, é muita informação.

- Te dou ate amanhã cedo, pois já estou organizando os caras, e se for preciso vai ter uma terceira guerra - Ele concorda e sai da sala.

Marreta

Saio dali com o coração a mil, a mente não para nem um segundo, tudo para mim é informação de mais. Subo até o mirante e lá me permito gritar, tirar toda aquela dor ali preza.

O Vitor sempre foi meu companheiro, eu chorei mais na suposta morte dele doque quando meu pai morreu, para mim era mais que um amigo, saber que ele agiu na trairagem com quem sempre esteve do seu lado, era demais para mim.

E eu entendia toda aquela raiva do André, ele quase perdeu a mulher da vida dele, e eu uma irmã. A gente sofreu dias e meses, com várias noites sem dormi.

Como pode alguém te abraçar hoje e jurar companheirismo, e no outro dia te atacar com várias pedras na mão?

Prefiro mil vezes um inimigo do que um falso amigo. Pois do inimigo a gente sempre espera o pior, agora de um amigo é a pior dor, porque nunca estaremos preparados. 

A Dona🔥 2• TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora