35 | candy [16+]

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Boa leitura!

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POR JUGHEAD

No dia posterior, ao chegar na escola, meus olhos fitaram os corredores movimentados da Riverdale High. Um leve frio na barriga ao pensar na noite de hoje e como ela deveria ser executada. Cautelosa e romanticamente ou de forma mais... "apaixonante"?

Durante o intervalo de almoço, avistei Elizabeth com Cheryl e Veronica e fui em sua direção. Cumprimentei minha namorada com um beijo e sentei-me ao lado dela, em frente às meninas, um papo quase que incompreensível para mim dominando a mesa.

-Claro que é, Veronica. - Cheryl começou. - Vermelho é chamativo, vermelho encanta. Unhas vermelhas são as preferidas dos homens. Bem, para a minha garota também.

-Vinho é mais elegante, Cheryl. - Respondeu Veronica. - Sem querer me gabar, mas por que você acha que minhas lindas mãos atraem a tantos homens e mulheres? Cores como essas são essenciais para a sedução, minha linda.

Olhei de canto para o lado onde Betty, perceptivelmente cabisbaixa, checava suas unhas não tão longas e sem esmalte. Perguntei a mim mesmo se as meninas não percebiam que a conversa estava deixando Elizabeth inconfortável, já que era diferente do restante do grupo.

-Eu não acho. - Falei e as três olharam para mim. - Pra grande parte dos homens, as unhas não importam. Um sorriso e espontaneidade já é o bastante pra se destacar. - Percebi Betty sorrir.

-Oh, que lindo, Jughead. - Cheryl disse, sorrindo, e pôs uma mão sobre o braço dele. - Você é tão gay.

-Isso foi um elogio. - Veronica completou. - Tenho certeza de que a fruta que você gosta mesmo é a da Betty.

-V! - Repreendeu Betts. - Até demais, não é, meu amor? - Perguntou ela, passando a mão pela minha coxa como forma de provocação. "Vingança", li em seus olhos.

-Bem que podíamos ir resolver aquele negócio lá, né? - Falei, me levantando. - Aquele que é urgente.

-Ah, aquele lá. É, precisamos resolver. - Falou-me.

-Em nome de Deus, vão logo se agarrar. - A ruiva pediu e saímos para "resolver aquele negócio".

Nossas mãos unidas, deixava ela me guiar. Tomamos o caminho do vestiário feminino, que ninguém utilizava naquele horário. Após adentrarmos o lugar vazio, Elizabeth se apressou em me beijar urgentemente.

Peguei-a no colo e a posicionei numa bancada na parede, onde as meninas colocavam as bolsas, deixando suas pernas na altura do meu colo. Beijei seu pescoço enquanto minhas mãos aproximavam nossos corpos e suas pernas entrelaçavam minha cintura. De olhos fechados, Betty passava seus delicados dedos nas minhas costas, que mesmo com tamanha pressão, não eram capazes de fazer mal a uma mosca. Durante o momento, tive a sensação de escutar um "Plim" próximo, aquele som do celular quando se inicia uma gravação. Deixei pra lá por pensar que era simplesmente uma sensação.

No momento em que o "Plim" se repetiu mais audivelmente e num tom mais grave, seguido de sons de passos rápidos e uma batida de porta, tive a certeza de que alguém havia nos gravado. Merda.

-Ah, não. Jughead, é o que eu tô pensando?

-Nos gravaram. - Respondi. - Mas tenha calma, todos já sabem do nosso namoro, não é? Não tem problema. - Tentei amenizar o problema, mesmo sabendo que nem "todos" sabiam.

-Sim, eu sei, mas quem quer que um vídeo seu e do seu namorado seja divulgado por aí? É melhor irmos. Você... passa lá em casa? À noite?

-Claro, minha loira. Até lá. - Um selinho de despedida foi depositado em meus lábios e a vi sair do vestiário.

𝐇𝐈𝐒 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 | bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora