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Boa leitura!
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-Que merda é essa, Jughead? - Escuto Archie falar da cozinha. Me virei rapidamente e percebi que Jughead estava olhando pra mim, enquanto eu fazia meus exercícios. Que vergonha! Há quanto tempo ele estava ali? Será que ele tinha me visto dançar? Fiquei preocupada e feliz ao mesmo tempo. Preocupada porque talvez eu tivesse passado vergonha na frente dele com meus movimentos, mas feliz porque ele parecia gostar do que via.

Jughead virou, assustado com as palavras de Archie e começou a dizer:

-Eu...

-Como que você usa a maionese inteira? Você sabe que não pode pegar minha maionese. - Archie disse, olhando pro sanduíche na mesa e para o pote de maionese vazio ao lado do prato. Archie nem notou minha presença, e Jughead pareceu surpreso e extremamente aliviado pelo que ele tinha acabado de dizer.

-Ah, c-claro, foi mal, Archie. Eu compro uma nova pra você e trago amanhã. - Ele disse meio atrapalhado.

-Só perdoo porque você é de casa. Ah, oi Betty. - Archie me disse, finamente percebendo que eu estava na sala. - Bem, vou pegar minha água e voltar pro quarto, termina logo aí, Jughead.

Ele subiu e eu e Jughead ficamos sozinhos lá embaixo. Ele pegou o prato com o sanduíche e sentou no sofá da sala.

-Você tava me olhando? - Eu perguntei, percebendo alguns segundos depois que tinha sido direta demais.

-Eu?! - Ele falou e fez uma pausa. Olhei pra ele desconfiada e ele continuou. - Tá, sim. Mas não vi quase nada. Você dança muito bem. - Corei.

-A-ah, obrigada. Da próxima vez que estiver me observando, seria melhor avisar. - Ele sorriu.

-Desculpa, Betty, não vai mais acontecer.

Percebi que, por algum motivo, ele estava tentando esconder a qualquer custo a bermuda dele. Quando Archie falou com ele, ele colocou as pernas atrás da parede, e quando veio pro sofá, logo colocou uma almofada em cima da região. Que estranho.

Nos despedimos e eu subi. Tomei meu banho e deitei na cama, cansada, caindo no sono.

[...]

Acordei e tudo aconteceu como sempre. Escola, aulas, saída. No horário da saída, passei uma hora com V, esperando o motorista dela, que estava demorando muito.

-Vamos conversar enquanto ele não chega, B. - Ela me disse. - Você está tão tensa, o que houve?

-Ah, V... Não sei direito. Estou meio estressada em relação às matérias. Não tô aguentando mais estudar matemática, não consigo entender nada. - Eu disse e voltei a beber minha água.

-Você tem que relaxar. Pra solucionar o seu problema, fala com alguém pra te ajudar. E em relação ao seu estresse... tenta relaxar fazendo coisas que você gosta... Escrever, ler... Você se toca? - Veronica me disse e eu engasguei um pouco com minha água. - Ah, B, qual o problema? É normal! Todo mundo faz, e te ajuda a relaxar.

-Não sei, V... Será? Nem sei se consigo fazer isso direito.

-Claro! Você faz da maneira que acha melhor.

O motorista dela chegou e, antes dela sair, ela disse:

-Pensa no que eu te disse, B, só quero seu bem. - Sorri pra ela e dei um tchau com as mãos.

[...]

Já era noite e estava tudo como sempre. Eu estava no meu quarto tentando estudar matemática. Acabei desistindo, porque não estava entendendo nada. Guardei os livros na mochila e deitei na cama, tentando pensar em algo pra fazer.

Estava calor, então eu estava por cima dos lençóis com um short de seda e uma regata qualquer. Desliguei meu celular, porque estava com preguiça de responder as mensagens que me mandaram. Liguei a TV e coloquei no Youtube, procurando coisas legais pra assisir. Quando menos esperava, achei um canal de uma academia masculina de Boston. O que eu não esperava achar era um vídeo intitulado "Vencedor do torneio de exercícios da academia de Boston mostrando seu talento". Quando vi pela thumbnail do vídeo, não acreditei.

Era Jughead! O vídeo tinha uns 17 minutos - Gostei do fato de ser longo - , e parecia que mostrava Jughead sem camisa fazendo os exercícios o tempo todo. Mordi os lábios num ato involuntário. Óbvio que eu iria assistir. Apenas não gostei do fato de que o vídeo não tinha som, e eu queria ouvir a voz dele.

Cliquei no vídeo e era ele mesmo. Jughead fazendo abdominais era a coisa mais sexy do mundo. Foi quando me lembrei do que Veronica tinha me dito. Será? Não sei... Minha porta estava fechada, Archie estava no quarto dele com Jughead - Meu Deus, não acredito que vou fazer isso com o garoto em outro quarto - e meus pais só chegam tarde.

Quando percebi, lá estava eu, de pernas abertas, olhando pra TV na minha frente e com uma mão dentro da minha calcinha. Não acredito que aquela era eu. Tirei meu short pra facilitar, e apoiei a cabeça no travesseiro. Céus, Veronica estava certa, aquilo era extremamente bom.

Alguns minutos se passaram e só ficava melhor. Eu acelerava os movimentos e às vezes saía um gemido de minha boca. Ah, eu só pensava em Jughead. Nele sem camisa, nele me tocando, nele junto de mim. O vídeo dele à minha frente me deixava tão excitada... O jeito que ele se movimentava me deixava louca.

Alguns minutos se passaram e o que eu achei que era impossível de ficar melhor, ficou. Sons estranhos saíam de minha boca involuntariamente, e durante aqueles momentos de prazer, esqueci o mundo à minha volta.

-Oh, Jughead... - Tais palavras saíam arrastadas de minha boca. - Jug... Oh... Isso... Jughead...

A porta se abriu e não tive tempo de pensar o que fazer. Foi tudo muito rápido. Não sabia se tirava a mão de dentro da calcinha ou se tirava o vídeo da TV. A indecisão acabou me atrasando demais, e seja lá quem tenha me visto já sabia o que eu estava fazendo e quem eu estava vendo, e tenho certeza que a pessoa me ouviu gemer o nome de Jughead.

Gelei.

Só pode ser brincadeira. Tinha que ser ele! Lá estava Jughead Jones, paralisado em minha porta, me olhando com tal desejo que me fez enrubescer. Eu não sabia o que falar nem o que fazer. Acabei decidindo o óbvio, e tirei minha mão da calcinha. Coloquei um travesseiro pra esconder minhas pernas e fiquei esperando o que ele iria dizer. Já era, o estrago já estava feito. Não arrisquei falar nada pra não piorar a situação - se é que isso é possível -, e só esperei pra ouvir o que ele iria dizer.

Ele estava descalço, com uma bermuda e uma camisa qualquer, como se estivesse em casa. Nós não tirávamos o olho um do outro, pelo visto ambos estavam em choque. Narrando assim parece que foram horas, mas isso tudo ocorreu em alguns poucos e completamente embaraçosos segundos. Finalmente algum som no quarto, quando tornei a ouvir sua voz rouca:

-Você me quer, Cooper?

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• NOTAS •

Oi, amores. Obrigada por todo o carinho que têm me dado. ❤

𝐇𝐈𝐒 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 | bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora