Prólogo

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Notas iniciais:

Olá meus amores.
Estava morrendo de
saudades de vocês.
A pedido de alguns de
vocês estarei postando
o prólogo hoje e o
primeiro capítulo
(ou um bônus ou os dois)
na sexta dia 24/04.

Nem sempre as coisas
acontecem da forma
que desejamos, mas,
ainda assim, devemos
continuar vivendo sempre.

******

POV. Charlie

Chamei o chefe da segurança e dei ordens expressas de não deixar Lúcia sair da mansão por pelo menos uma semana. Eu estava arrependido de tê-la machucado e não queria que nenhuma outra pessoa a visse daquele jeito.

Deitei em minha cama com minha consciência pesada, ela estava certa em ficar com raiva de mim, mas eu sou homem, o chefe da máfia, não posso demonstrar fraquezas na frente de ninguém, e o que de fato era certo, era que desde que Lúcia chegou eu não me sinto mais eu mesmo, sem falar que ela gosta de mandar e cantar de galo comigo d+, o que é um saco.

Acordei madrugada com uma zuada de pneus cantando e corri para ver se não era nenhum inimigo. Quando eu e os meninos descemos as escadas os seguranças estavam todos agitados, ao nos aproximarmos um deles veio até mim para me explicar o que estava acontecendo.

- Senhor, a senhorita Lúcia foi embora - disse-me cauteloso.

- Como assim foi embora? Como é que uma mulher sai de uma casa cheia de seguranças sem ser vista? - pergunto irritado.

- Eu não sei, ela simplesmente foi embora com o carro dela - disse-me quase tremendo de medo.

- Eu quero pelo menos cinquenta homens atrás dela agora mesmo, ela não deve ter ido muito longe. Thomas, bloquei o cartão de crédito dela e o cartão da conta do banco imediatamente, rastrei o carro, o celular e o que mais ela tiver de eletrônico com rastreador - falei impaciente.

- Certo - disse e foi fazer o que eu mandei.

- Edward, eu quero você na cola da minha mãe o tempo todo. Não quero que ela saiba que Lúcia fugiu, ainda mais depois do showzinho dela ontem a noite quando saí do quarto de Lúcia.

- É para já - respondeu-me.

- Charlie, temos um problema - Thomas tornou a falar após cinquenta minutos digitando freneticamente em seu computador.

- Diga logo porra - falei sem um pingo de paciência.

- Como eu imaginei, o GPS dos aparelhos eletrônicos de Lúcia estão desligados, ela sacou todo o dinheiro da conta dela. Tentei fazer o rastreamento facial, mas o último local em que ela esteve foi um restaurante por causa de uma câmera do estabelecimento quase ao lado dele. Ela ainda não saiu de lá, pelo menos as imagens não mostram a mesma saindo. Se ela fez alguma alteração nas filmagens eu não sei, só sei que ou ela está lá ainda ou ela simplesmente sumiu - disse-me ainda mais cauteloso.

- Como é que a porra de uma freira some desse jeito e dribla seguranças altamente treinados e o melhor hacker de todo o continente? - pergunto extremamente irritado - Quero mais de vinte homens indo de todos os caminhos possíveis que dão a esse tal restaurante para ontem.

Todos fizeram o que eu disse e saíram seguidos por mim. Chegamos ao tal restaurante algum tempo depois e nada de encontrarmos ela. Pedi as filmagens, mas as câmeras lá de dentro nem as de fora estavam funcionando. Droga!

- James e Thomas, escrevam o que eu estou falando, eu vou achar essa vadia nem que seja no inferno e transformar a vida dela no pior pesadelo do mundo, depois ela vai morrer. Ninguém brinca comigo desse jeito, nem dá um "Olé" nos meus homens e sai impune, isso deixou de ser só mais um capricho para se tornar a minha missão. Vingança acima de qualquer outra coisa. Avisem a Louise que a preciosa dela vai morrer.

POV. Lúcia

Depois que fiz o depósito na minha outra conta eu fui a uma farmácia, uma loja de roupas e a uma ótica, comprei tintura de cabelo, tesoura, lentes de contato, um par de roupas novas para conseguir sair dali sem ser vista, paguei tudo com dinheiro e dei uma quantia bem generosa para que em nenhum dos três lugares emitisse nota fiscal, claro que tive que dizer que meu "marido" queria me matar e eu precisava ir para bem longe dele. Assim que comprei fui a um restaurante que eu sabia que as câmeras não estavam funcionando, pois eu já havia ido lá antes. Falei com o gerente sobre o louco do meu marido e lhe dei uma quantia boa para ele não falar nada sobre ter me visto, fui ao banheiro e comecei meu processo de mudança. Cortei meus cabelos na altura dos meus ombros e os pintei de vermelho rubi bem como as minhas sobrancelhas, por sorte tinha uma tomada e os sequei com meu secador, coloquei o novo conjunto moletom com capuz e coloquei as lentes de contato na cor verde. Respirei fundo e me olhei no espelho, eu estava irreconhecível, espero que os programas de Thomas não consigam ver que sou eu apesar de todas as mudanças.

Saí do banheiro e vi um rapaz sentado em uma mesa sozinho balançando as chaves de um carro. Sentei-me perto dele e, após colocar as chaves do meu Audi e jogar um charme para ele, o convenci a trocar o carro dele, que eu nem sei qual era a marca e o modelo, só sei que era bem inferior, mas, como ele havia modificado o carro, ele corria tanto quanto o meu, e era isso que eu precisava.

Fui ao aeroporto e comprei minha passagem para o Brooklin, lógico que dei dinheiro para que eles não colocassem meu nome na passagem e me deram um "passe livre" para que eu pudesse passar sem ser barrada por não ter nada que me ligasse ao vôo.

Eu sabia que Charlie era muito inteligente, então, deixei o carro que troquei bem longe do aeroporto e fui de táxi até o mesmo.

A cada segundo meu coração disparava e a sensação de que Charlie estava mais próximo a cada milésimo de segundo aumentava, me deixando completamente desesperada.

Quando anunciaram o meu vôo eu quase saí correndo na esperança de ir embora o mais rápido possível, mas me controlei e agi normalmente.

O check-in deu certo, ninguém embaçou com nada e eu pude me acomodar em meu assento no avião.

Nem quando o avião decolou eu sosseguei, a cada segundo eu pensava que Charlie havia me deixado entrar para hackear o sistema do computador e fazer com que a aeronave caísse, não se importando que para me matar ele mataria a todos os outros.

Quando o piloto anunciou que íamos pousar, meu coração quase tem uma pane. Sabe quando você está feliz por ter se livrado de algo que te machuca, mas ao mesmo tempo sentir falta do mesmo algo? Então, era eu naquele momento.

Cheguei ao convento algum tempo depois, se eu queria me esconder, lá era o melhor lugar para isso. As madres não me reconheceram de início, mas logo disse que não gostei da nova vida e que eu queria voltar. Elas me aceitaram de braços abertos abertos e a Madre Teresa me acompanhou até o meu quarto antigo.

A todo passo que eu dava eu escutava os burburinhos de que "a santinha do pau oco estava de volta, pois aprontei todas onde quer que eu estava".

******

Notas finais:

Votem, comentem e
compartilhem.
A opinião e o voto
de vocês são muito
importantes para mim.

Amo vocês 😘😘♥️♥️

I'm not Holy - 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora