Capítulo XVIII

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POV. Charlie

Depois do incidente do assalto mandei Thomas trabalhar o psicológico de Lúcia, durante o assalto ela se deu muito bem, mas depois seu corpo entrou em choque pela quantidade de pessoas que ela teve que matar para poder estar viva e eu não queria que a cada assalto que ela fizesse e precisasse matar alguém seu corpo entrasse em colapso. Era perigoso para ela e para mim.

Cada dia que passava ela ficava parecida comigo na frieza e no raciocínio para planejar os assaltos e os melhores locais para entregar e receber as drogas.

Alexia voltou e eu tinha minhas suspeitas sobre ela estar envolvida no ataque a Lúcia. Tomei todas as medidas possíveis para manter elas duas o mais separado possível, tanto que Alexia está proibida de dormir lá na mansão, ir sem que eu a tenha chamado, entre outras coisas.

Depois de algum tempo Alexia  começou a receber algumas caixas que ela nunca contava o que era, até a terceira caixa chegar e ela a abrir. Alexia soltou um grito de horror que logo foi contido. Eu me aproximei dela e vi as cabeças de ratos que mais pareciam gatos de tão grandes que eram. Quando eu li o cartão eu já sabia quem estava mandando essas caixas e admito que ela estava sendo inteligente para mandar tudo isso sem que ninguém suspeitasse, além de ser uma ótima maneira para tentar fazê-la confessar.

- Feche isso, está poluindo a sala inteira. Thomas e Lúcia, quero os dois na minha sala, preciso ajustar umas coisas da boate - falei sem esperar eles me responderem indo ao meu escritório.

Falamos de negócios por algum tempo e pedi para Thomas se retirar, para ser sincero ele foi só uma desculpa para Alexia não desconfiar que Lúcia sabia de algo.

- Eu sei que foi você, não adianta mentir para mim. Era por isso que você estava estranha comigo nas últimas três semanas? - perguntei calmo.

- Não sei do que você está falando - respondeu-me rápido

- Não se faça de desentendida Lúcia, combinamos de não mentir um para o outro, manter o diálogo acima de tudo e você simplesmente está mentindo para mim há três exatas semanas, sendo que há uma você está muito mais estranha do que o normal. Por que não me cantou que suspeitava dela? - perguntei com a mão em meu rosto tentando manter a calma.

- Eu não queria te contar até ela confessar, não queria que você achasse que era um ciúmes bobo, nem que se fosse acreditar em mim que a matasse ou a torturasse sozinho - disse-me suspirando.

- Venha aqui - falei apontando para a minha perna pedindo para que ela se sentasse - Nunca mais esconda algo de mim, eu estou fazendo o máximo para tirar essa informação dela também e você sabia, poderíamos ter agido juntos, sempre somos melhores juntos. Você não está sozinha Lúcia.

- Eu sei que não, me desculpe, foi impensado, por impulso, eu só queria resolver isso sozinha para todos verem que eu sei me defender - disse me abraçando.

- Tudo bem meu amor - falei e não a senti relaxar em meus braços como costuma fazer - Agora me diz o que mais você está me escondendo, nem adianta dizer que não tem nada.

- Eu não tenho certeza ainda, mas vamos descobrir juntos.

- Do que você está falando? - perguntei confuso.

- Vem comigo - disse me puxando para fora do escritório e indo em direção a garagem.

Não perguntei para onde ela me levaria, eu iria aguardar até ela me dizer no momento dela. Paramos em frente a uma clínica, Lúcia desceu do carro e eu a acompanhei. Vi e ouvi quando ela pediu para fazer um teste de gravidez cujo resultado saísse ainda hoje e o mais rápido possível, mas não falei uma única palavra, pois a minha ficha ainda não tinha caído. Lúcia não olhou para mim em nenhum momento e eu não sabia se falava algo ou não.

Pouco tempo depois uma mulher chamou pelo nome dela para coletar seu sangue e pediu para que a mesma aguardasse. Não sei quanto tempo passou, só sei que pareceu uma eternidade e aquele silêncio só estava me matando ainda mais. Quando o resultado finalmente chegou Lúcia pediu para que eu abrisse, pois não tinha coragem. Peguei o resultado e o abri.

Isso significa que eu vou ser pai?

- Enfermeira, eu não sei se entendi corretamente, ela está grávida? - perguntei confuso.

A mulher pegou o resultado da minha mão e analisou - Sim, ela está grávida. Podemos marcar o pré-natal já se quiser.

- Eu preciso de ar - Lúcia falou saindo do consultório.

- Não, eu vou ver uma obstetra de confiança e ela nos atenderá em casa, mas muito obrigado - falei e saí dali indo encontrar Lúcia que estava aos prantos.

- Me desculpe Charlie, eu estraguei tudo, me desculpe - dizia-me soluçando.

- Ei, não é só culpa sua, nós vamos ter um filho, eu e você, nós o fizemos, não foi você sozinha. Vai ficar tudo bem, agora vamos para casa.

Dirigi até a mansão e Lúcia foi para o antigo quarto dela (digo antigo porque agora ela dorme no meu) e se trancou.

- Filho, o que houve? Vocês brigaram? - minha mãe perguntou.

- Não brigamos, Lúcia está grávida, eu disse que estava tudo bem, mas ela não quer falar comigo - respondi confuso.

- Já já ela sai daí e vocês conversam melhor. Aí meu Deus, eu vou ser avó 😍😍

- Vai mãe, mas não vai com essa felicidade toda para Lúcia não, ela já tá mal, com essa empolgação da senhora ela vai ficar pior.

- Deixa de ser estraga prazeres garoto, eu vou ser avó, tem coisa melhor? - não a respondi e fui ao meu escritório.

Eu vou ser pai, caralho, espero que seja um menino super foda que nem eu para assumir meu império.

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Notas finais:


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I'm not Holy - 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora