Bônus Thomas

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P.O.V. Thomas

Tem mais de um mês que venho fazendo trabalho duplo, trabalho com Charlie e em uma delegacia. Sim, sou totalmente fiel a Charlie e ele e os meninos sabem dessa minha jornada dupla, contudo, fiz amigos na delegacia, Jacob, Elly e tenente Fernanda Versalhes (Real Love - RosyLSantos), eles sabem que trabalho para Charlie e meio que fazem vista grossa para nosso trabalho, contanto que não usemos a boate para fins ilícitos, como tráfico de drogas, prostituição infantil, e que todas as meninas que trabalhassem na boate fossem maiores de idade e assinassem um termo consentindo. Expliquei a eles que as novas "funcionárias não eram pegas a força, elas colocavam currículum lá e tinha todo um processo de seleção que ia de exames médicos a entrevista. Mas o fato deles não ligarem era porque eu sempre dava informações que iam prejudicar os negócios de Charlie, como um carregamento que roubaram da gente, ou algum tráfico de crianças que éramos totalmente contra e eles achavam que eu estava mais do lado deles do que do de Charlie, mas isso não vem ao caso.

Fui trabalhar na delegacia hoje e a filha de Elly tinha sido sequestrada pelo provedor de esperma. (Mas Thomas, por que provedor de esperma? Simples, porque ele estava longe de ser um pai para sua filha, ele era um monstro, acredita que o cretino procurou a nossa boate para que a filha virasse prostituta? Pois é, como eu disse, um monstro). Tenente Versalhes me mostrou a foto da menina e reconheci na hora, contei que ele tinha ido lá com a menina para ver o local e ela me designou para tomar conta da mesma.

Júlio chega com a menina na boate na hora do expediente e a trás arrastando pelo braço até o salão (que era onde as meninas estavam de pegação com seus clientes), era mais do que nítido o nojo e o desconforto da menina, mas eu não podia demonstrar empatia na frente daquele ser abominável que era o pai dela.

Coloquei ela para ficar no bar, claro que foi apenas porque achei que o pai dela ficaria ali por muito tempo, então deixei que ela ficasse servindo as mesas, até Lúcia chegar e me mandar ir ao escritório dela para falarmos sobre a nova funcionária.

- Você pode me dizer porque é que tem uma criança servindo as mesas? - pergunta irritada.

- Calma, eu estou ajudando ela, o pai é um monstro, quer que a filha vire prostituta para bancar ele, e a tenente Versalhes pediu para que eu cuidasse da menina, já que o viado escolheu nossa boate para largar a filha. Eles estão tentando montar um cerco, não vai ser nada aqui, fique tranquila, a última coisa que eu quero é confusão aqui com policiais, Charlie ficaria puto se isso acontecesse.

- Certo, mas vai cuidar dela de lá que eu cuido daqui, não quero que ninguém toque em um único fio de cabelo dessa menina, pelo amor de Deus.

- Sim chefinha - digo e saio de seu escritório.

Volto para onde a menina está trabalhando, e não tiro os olhos dela nem por um segundo. Um cara tentou fazer uma gracinha com ela e eu meti o murro na cara do otário. O provedor de esperma da menina chega ao fim do expediente (ou seja, lá para às 5hs) e e eu tenho que a arrastar para fora da boate e levá-la de encontro ao monstro que a esperava no carro.

No dia seguinte, o provedor de esperma larga a menina na boate de novo eu saio arrastando ela até a minha sala, vejo quando o pai vai embora achando que eu vou abusar de sua filha, o que o faz sorrir satisfeito, mas vejo também o medo nos olhos dela. Entro em meu escritório e pego meu celular do bolso e sento em uma cadeira de frente para ela.

- Relaxe eu sou seu amigo, trabalho com Jacob, Fernanda e Elly - eu mostro o meu distintivo.

- Tendi - ela diz, ainda me olhando com medo.

- Você tem um recado - Eu mostro o vídeo da mãe dela e de imediato ela começa a chorar.

- Fique tranquila que hoje acaba os seus problemas - sorrio na tentativa de acalma-la - Pode ficar aqui nessa sala se quiser, ninguém entra aqui, é a minha sala - digo entregando meu chaveiro com as chaves do escritório e de tudo meu - quando der sua hora de saída eu venho te buscar - digo e saio.

A ouço chorar assim que fecho a porta atrás de mim e aquilo estava acabando comigo, odeio ver crianças chorarem, ainda mais quando estão sendo maltratadas pelas pessoas que deveriam cuidar delas.

Fiquei pegando um bando de vadia que tinha ido se divertir em grupo, até que olho no relógio e vejo que já está quase na hora do idiota ir pegar a menina, me despeço das gostosas e vou até o bar pegar um copo com água e umas balinhas de menta para tirar o cheiro de buceta da minha língua, não queria que a menina achasse que eu era um pevertido, se bem que ela nem deveria reconhecer o cheiro ainda por causa da idade...

Vou buscá-la na hora da saída dela como eu havia prometido e, infelizmente, tenho que levar a menina para o "pai" dela.

Graças a Deus esse inferno ia acabar na vida dela hoje.

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Notas finais:

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Amo vocês 😘😘♥️♥️

I'm not Holy - 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora