De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]

Cap VI: Primeiro Cio

Após o breve encontro, nada agradável, com as esposas do rei o jovem ómega conseguiu voltou para seu quarto. Estava com uma enorme dor de cabeça e se sentindo mais cansado do que o normal, porém devido aos recentes acontecimentos acabou por não levar seu desconforto em consideração.

Passou o resto do dia em seu quarto, não tinha vontade nem energia para sair, sequer foi ver seu irmão antes de dormir. Tudo só piorou após o jantar, seu corpo estava estranho, se sentia um pouco febril mas achou ser resultado do stresse recente com a viagem, o baile, o ataque na floresta e agora as esposas do rei, se bem que havia uma simpática. Resolveu que dormir seria seu melhor remédio, esperando que na manhã seguinte estivesse se sentindo melhor.

Deitou para dormir, as horas se passaram, mas o jovem ómega não conseguiu pregar no sono a noite todo. Se sentia cada vez mais estranho, por vezes sentia frio, por vezes calor, seus músculos, quase inexistentes, estavam doloridos sem falar na dor de cabeça. Pela manhã se sentia ainda pior que o dia anterior, com muito esforço fez sua higiene pessoal, não quis comer nada embora faminto. Preocupado com seu estado acho que seria melhor consultar o médico responsável por cuidar de seu irmão e dos outros membros da comitiva.

Os corredores até a área onde estava a comitiva se encontrava, na sua maioria, vazios. Ao se aproximar da ala médica alguns empregados, bem como enfermeiros e alguns médicos puderam ser visto, por onde passou cordialmente disse "Bom dia" mesmo estranhando alguns olhares dirigido a si. Ultimamente tinha se tornado hábito ser o centro das atenções mas dessa vez era diferente, não era observado com espanto ou curiosidade, era algo diferente, ferros, um tipo de olhar que nunca tinha visto na vida, o que o deixava assustado.

Com medo andou mais rápido para poder chegar onde o seu irmão estava. André mal colocou os olhos em seu irmão e se apercebeu do que se tratava, seu irmão estava entrando no Cio, seu primeiro Cio. Por instantes não soube se ficava feliz por seu irmão ou preocupado. Não era seguro seu irmão andando sozinho pelos corredores, cheio de Alphas, do palácio, ele poderia ser atacado sem mencionar no quão difícil é para um ómega seu primeiro cio, ainda mais quando este não tem um Alpha.

-O que está fazendo aqui? - pergunta preocupado se levantando da cama com certa dificuldade, ainda estava se recuperando de seus ferimentos.

-Que pergunta mais sem propósito, vim te ver não é óbvio? - diz Inocentemente não percebendo a gravidade da sua situação.

-Você não deveria ter saído do quarto, é perigoso você ficar andando pelo castelo nesse estado. - diz André preocupado e alerta para qualquer movimento brusco por parte dos Alphas que observavam seu irmão como se ele fosse um pedaço de carne fresco e ele animais famintos, o devorando com os olhos.

-André o que está se passando? Porque está agindo tão protetoramemte assim? - questiona estranhando as atitudes do irmão.

-Você não percebeu ainda? Você está entrando no Cio, seu primeiro Cio, você não notou nada de diferente em você? - pergunta André incrédulo.

-Eu estava me sentindo estranho, mas não fazia ideia do que se passava, estava pensando ver um médico. - confessou por fim.

-Não é seguro você ficar aqui, vem vou te levar para teu quarto, não vou permitir que ninguém encoste um dedo que seja em você. - disse estendendo a mão ao irmão.

-Mas você ainda está ferido. - disse inseguro quanto a segurar a mão do irmão, queria sua proteção mas acima de tudo sua recuperação.

-Eu estou melhor, vamos. - disse mostrando seu melhor sorriso, confiante, de peito estudado, se sentindo seguro o ómega segurou a mão do irmão que saiu em disparada correndo para o quarto do irmão conforme este indicava o caminho.