Cap XXIV: Questões para serem resolvidas

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Dominic acorda, após alguns dias dormindo, sentindo os raios do sol batendo em seu rosto, estava se sentindo um pouco zonzo. No momento que abriu seu olhos tudo parecia borrado, então fechou os olhos novamente, precisando piscar por um tempo para que sua visão voltasse ao normal, então pode enxergar bem o que se passava a sua volta. Por momentos estranhou um pouco os olhares esperançosos que eram dirijidos à si, era possível sentir o cheiro de animação no ar, os feromônios eram tão intensos que fez o jovem Ómega se sentir extremamente eufórico.

-Finalmente você acordou! - exclamou André abraçando o irmão impedindo que se levantar e se sentasse na cama assim como desejava fazer. Dominic que não entendia o porquê daquela reação exagerada do irmão mas não pode deixar de se sentir feliz por estar nos braços protetores do irmão mais velho. - Pensei que você não ia acordar nunca mais. - André sem se controlar começa a chorar abraçado ao irmão, esses dias de espera para que o irmão acordasse o havia afetado muito, chegou ao ponto de sequer conseguir comer, nem mesmo as ameaças de Isís e as súplicas de Thaís adiantaram de alguma coisa.

-Calma André, eu só estava dormindo. - diz Dominic limpando as lágrimas que desciam em abundância dos olhos do irmão.

-Doutor o que se passa com ele? Ele não parece se lembrar do que aconteceu. É normal acontecer isso? - Dominic ouve Oris conversando com o doutro Aaron, o médico real do palácio que vinha cuidando dele, vendo o estado em que o irmão estava e a expressão de preocupação na cara do rei ele mesmo não pode deixar de se preocupar.

-Não se preocupe, episódios de amnésia são normais, pelo que parece ele apenas se esqueceu do que aconteceu no dia, essas memórias podem voltar com o tempo assim como podem não voltar, apenas o tempo dirá. - responde o doutor Aaron sério como sempre.

-Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? Porque André está chorando como quando nossos pais morreram? E porque vocês estão com essas expressões sérias, de preocupação, nas vossas caras? - pergunta olhando de André que chorava, igual um bebé, para o rei e o medico real que os observavam de longe.

-Eu não chorei assim quando os nossos pais morreram. - retruca André com voz de choro tentando limpar as lágrimas que insistiam em cair.

-Chorou Sim, eu sei que tinha que ser forte e cuidar de mim mas eu sei que você chorava escondido toda vez que pensava que eu estava dormindo. - Dominic diz meio sem jeito, ele não queria envergonhar o irmão, porém sabia bem tudo que André teve que fazer pra cidade dele. Eram apenas duas crianças na altura e André teve que amadurecer bem mais cedo para poder cuidar do irmão mais novo, começando a trabalhar desde cedo, em todo tipo de oficio, para poderem ter pelo menos o que comer. - Não digo isso para te envergonhar meu irmão, apenas quero que saiba que não sou indiferente ao teu sofrimento e estou ciente de todos os sacrifícios que teve que fazer por mim, por isso tudo te agradeço. - diz Dominic limpando suas lágrimas uma vez mais, André sem palavras apenas voltou a  abraça o irmão que  retribuiu o abraço.

-Bom! Eu não sei se esse é o melhor momento para isso mas acredito que você merece saber a verdade. - diz Aaron, após alguns minutos de silêncio entre os irmãos que se abraçavam como se ninguém além deles estivesse no quarto, mantendo sua formalidade de sempre.

-Se não se importam eu gostaria de conversar com ele em particular. - se pronúncia o rei Oris olhando do doutor para André, eles no mesmo momento o olham por alguns segundo desconfiados - Calma! Eu apenas quero explicar pra ele tudo que está acontecendo. - diz o rei se defendendo, se sentindo um pouco acuado pelos olhares desconfiados dos dois Alphas.

-Não sei se devemos sair e deixar vocês dois aqui sozinhos, da  última vez que vocês resolveram conversar em particular o resultado não foi bom. - diz André claramente preocupado, não se preocupando em demostrar sua desaprovação, preferia se manter ao lado do irmão, ainda estava se recuperando do susto de quase ter perdido a única pessoa que lhe resta na vida.

-Entendo sua preocupação mas eu realmente apenas quero conversar, desde o que aconteceu que não conversamos, precisamos dessa conversa. - diz o rei meio sem jeito, não estava acostumado a estar em uma situação dessas, sempre foi um bom Alpha respeitando todas as classes. Porem sabia que tinha errado e essa era a hora certa para resolver essa situação, afinal de contas dentro de pouco tempo estariam segurando nos braços um filhote.

-Podem por favor nos deixar sozinhos? - pergunta Dominic, ele também desejava ter essa conversa com o rei. Já fazia tempo que vinha esperando por isso ansiosamente mas sabia que o rei não estava pronto antes, por isso respeitou seu tempo. Não é como se ele não sabia que ele o visitava todas as noites, seu cheiro ficava no ar, o que fazia com que ele soubesse disso todas as manhãs quando acordava e sentia o seu cheiro pelo quarto.

-Mas da última vez ele te machucou. - protestou André, que estava se comportando como uma criança mimada que não queria dividir a atenção do irmão com mais ninguém. Em parte estava surpreso com a atitude do irmão, sabia que o ele não era de guardar rancor de ninguém mas na verdade ele não queria que seu irmão já tivesse perdoado o rei quando ele mesmo ainda não tinha feito isso.

-Não se preocupe, eu vou ficar bem desde que você fique do lado da porta pra me socorre, se acontecer alguma coisa eu grito e você vem me salvar. - diz Dominic com um sorriso doce no rosto.

-Esta bem. - perante aquele sorriso André não conseguia dizer não ao irmão, era sempre assim desde que eram crianças - Mas fique o senhor sabendo que vou ficar com o ouvido grudado na porta. - diz ameaçadoramente olhando para o rei.

Por fim, mesmo sobre protestos de André, os dois Alphas acabaram por sair do quarto, deixando para trás o rei e Dominic.  André temia pela segurança do irmão mas tinha consciência de que ambos estavam ansioso por essa conversa apenas não sabiam como iniciar a conversa. Os dois tinham tantas coisas pra falar um para o outro, tantas questões para serem resolvidas mas como irmão coruja que era não podia deixar de ficar preocupado e aflito após ver o irmão o estado em que ficou. Se acontecesse de novo algo que machucasse Dominic, não se importaria que a pessoa que machucasse seu irmão fosse o rei ou não, certamente mataria ousasse tocar seu bem mais precioso.

Aaron que observava tudo em silêncio não pode deixar de achar aquela cena fofa, o jovem Alpha mais parecia um filhote protegendo outro filhote. Já havia ouvido falado da forma exageradamente protetora com que o jovem Alpha cuidava do irmão mais novo, porém era a primeira vez que presenciava tal comportamento e a troca de carinho entre os dois. Era de se admirar que ele, embora Alpha, não se envergonhada em nada em demonstrar seus sentimentos pelo irmão na frente dos outros. Geralmente Alphas são ensinado desde bem novos que não devem demonstrar seus sentimentos, muitos reprimem o que sentem por achar que chorar é coisa de ómega e que demonstrar qualquer tipo de sentimento os torna fracos. Forma de pensar essa que Aaron repudia totalmente, começava a entender o porquê do rei ter tanto respeito e estima pelo jovem Alpha.

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Eu sei que ninguém me pediu, mas como estou ansiosa com isso a muito tempo, estou aqui revelando a capa do livro que será a continuação direta de De Repente Príncipe.

Eu sei que ninguém me pediu, mas como estou ansiosa com isso a muito tempo, estou aqui revelando a capa do livro que será a continuação direta de De Repente Príncipe

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sintam-se livres para fazer perguntas, talvez vocês não dão sorte e acabam por descobrir algumas coisas que estou preparando para o segundo livro. 

De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora