Cap VII: Alpha Sábio

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Após serem consumidos pelo desejo e terem seus corpos transbordando em luxuria em fim o rei caiu em si, tomando consciência do que havia acabado de fazer, se sentindo extremamente  culpado por ter tomado o Ómega em seu cio. Não seria hipócrita, já fazia um tempo que vinha desejando ter o Ómega em sua cama chamando por seu nome, implorando para que o penetrasse com mais força. Contudo queria que o ómega estivesse consciente de suas ações, queria que ele o escolhesse como seu companheiro.  

Temendo que se continuasse possuindo aquele corpo jovem o poderia machucar mais do que já o tinha machucado por lhe roubar a possibilidade de escolher com quem o Ómega teria sua primeira vez. Antes que fosse dominado novamente por seus instintos saiu do quarto, deixando o jovem ómega que dormia tranquilamente. Sem perder tempo mandou que chamassem Júlia para que essa ajudasse o Ómega quando esse acordasse, também solicitou para que uma escolta de Betas o transportasse para um comodo construído especialmente para que os ómegas passassem seus cios sem correrem o risco de serem atacados e forcados a fazer algo que em sã consciência jamais desejariam.     

Seis dias se passaram e o cio do jovem ómega estava quase terminando, o pequeno nunca tinha se sentido tão desesperado, após acordar confuso e dolorido tudo que queria era ter Oris dentro de si novamente. Passara quase todo tempo choramingando, implorando para que o levassem ate ao rei. Felizmente pode contar com Júlia que é muito sabia e muito sabe sobre as espécies, ela não deixou o ómega por nenhum momento,  lhe ensinou jeitos para se aliviar e diminuir as dores, que estava sentindo por não estar passando seu cio com seu Alpha, o obrigava a comer, dava banho e velava seu sono sem reclamar, sempre com um sorriso amoroso no rosto.

Nesse período de tempo André, que tinha sigo gravemente ferido por Dominic, se recuperava aos poucos, os primeiros dois dias foram críticos, decisivos, por fazer muito esforço mesmo depois de estar ferido acabou por perdeu muito sangue, esteve a um passo de morrer mas com o tratamento dos médico e sua determinação em nunca deixar o irmão sozinho no mundo vinha se recuperando bem, surpreendendo os médicos que cuidavam dele.

Desde o ocorrido era a primeira vez que tinha contato com o rei, este fora até seu quarto não queria que André fizesse esforço pois ainda estava se recuperando. Apreensivo o rei bateu a porta do quarto que ele havia escolhido especialmente para André, este ganhará sua consideração e respeito como muito poucos já conseguiram, contudo no momento estava lá para se desculpar da maneira errada com havia se comportado com seu protegido em seu cio.

-Entre. - disse André com voz fraca, assim que viu que era seu visitante tentou se levantar, mesmo dolorido, mas foi impedido pelo mesmo.

-Por favor não se esforce pode abrir o ferimento. - disso rei, sincero em suas palavras e preocupação, impedindo que André se levantasse para o reverenciar . - Talvez esteja se perguntando o porquê da minha visita, pois bem, estou aqui para me desculpar, primeiramente pelo que meu primo lhe fez, fique sabendo que ele já foi devidamente punido por seu comportamento, mas principalmente quero lhe pedir desculpa por meu comportamento, quero que saiba que estou profundamente envergonhado por meu comportamento. - disse abaixando a cabeça, ato incomum para o Rei.

-Não precisa se envergonhar, o senhor apenas foi controlado por seus instintos, todos nós por vezes perdemos o controle de um jeito ou de outro. - Embora tudo o que tinha acontecido André não culpava o rei ou ao Dominic pelo que aconteceu, sabia que isso era natural de sua espécie e sabia o quão difícil era controlar os instintos.

-Meu rapaz sua sabedoria e benevolência me impressionam . - Disse o rei verdadeiramente impressionado, esperava que André o tratasse com frieza e exigisse por reparação de danos, mas não ele se provará um jovem sábio, compreensivo e bem conhecedor dessa grande fraqueza de sua espécie.

-Bondade sua meu rei. - Disse André se sentindo envergonhado, não estava acostumado com elogios e por serem da parte do rei, alguém de quem sempre ouvirá falar bem e a admirara, não teve como evitar corar levemente. - Não sou sábio como diz, apenas um conhecedor dessa grade fraqueza de nossa espécie.

-Bem dito, embora somos famosos por nossa força esse descontrole sempre está presente em nós para nos lembrar de que não passamos de animais. - Diz o rei pensativo.

-Não diria animais, mas sim para nós mostrar que não somos assim tão fortes como pensamos, infelizmente nem todos os Alphas chegam a essa conclusão e preferem ver nessa fraqueza um motivo para se impor acima dos outros, fico feliz que o senhor não seja igual a esses Alphas desprezíveis, apenas fortalece a grande admiração que tenho por si. - Embora um pouco envergonhado se sentiu bem em expressar sua admiração pelo Alpha que sempre fora um modelo para ele.

-Digno de admiração é você meu jovem, fico feliz em ter um Alpha como você aqui em minha corte. - Diz o rei sorrindo minimamente, conversar com o jovem Alpha em sua frente o estava fazendo sentir um pouco menos culpado.

-Senhor, se me permite perguntar, gostaria de saber como ele está? Estou muito preocupado com ele, o primeiro Cio  de um Ómega é sempre  o pior . - diz preocupado  com o irmão, sempre imaginara como seria esse período e sabia muito bem no quão difícil era para um Ómega.

-Não se preocupe meu rapaz, o príncipe está bem, pedi a uma de minhas esposas, Júlia, que cuidasse e o orientasse , ela é uma raposa muito sabia, o príncipe está em boas mãos. - diz o rei tranquilizador o rei.  - Quero que saiba também que assim que recuperei minha consciência não voltei a tomar o Ómega, em vez disso providenciei que ele fosse transferido para um lugar onde pudesse passar o cio com o máximo de conforto e proteção.

-Me desculpa meu rei, não consigo evitar me preocupar, ele é como um irmão para mim, desde que me conheço por gente o tenho protegido com minha própria vida. - diz André se lembrando dos momentos ao lado do irmão.

-Entendo. - novamente o rei se surpreendeu, nunca havia visto um sentimento de irmandade tão nobre com aquele. - Por ora vou te deixar descansar, pedirei a Júlia que te visite para te dizer como está o jovem Ómega. - Disse o rei se preparando para sair.

-Meu senhor, por favor permita que eu vá vê-lo. -  André praticamente implora ao rei antes que esse saísse do quarto.

-Não é seguro para um ómega ser visitado por um Alpha quando este está em seu cio, mas você já deu provas de que não representa perigo para o jovem príncipe, se o médico permitir e Júlia concordar você o verá ainda hoje antes do jantar, até lá repouse. - Disse o rei se retirando, acabou por não ouvir os agradecimentos do jovem Alpha, nem era preciso pois quem era digno de agradecimento era ele, não o rei, pelo menos não depois de se deixar levar por seus instintos e agir de forma leviana.

Caminhando até à sala do trono não pode deixar de sorrir ao dar-se conta dos convidados excecionais que tinha em seu castelo, um Ómega corajoso que ousou ir contra sua voz de comando e um jovem Alpha muito sábio e que conseguia controlar seus impulsos, nunca vira pessoas tão interessantes e cativantes, talvez devesse ter visto a Fortaleza de Cristal a muito mais tempo.

De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora