Cap III: Me Leve Até Ele

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A notícia de que o acampamento da fortaleza de Cristal estava sobre ataque, em seu território, foi recebido com choque mas logo o rei Oris partiu para ação, convocou seus melhores homens e foi pessoalmente comandando as tropas ao socorro da comitiva visitante.

Ao chegar no local ficou mais surpreso do que alguma vez já ficou em qualquer campo de batalha, não estava surpreso pelos homens feridos mas sim pela postura do príncipe. Embora seus feromonios indicavam que ele estava com medo sua postura era igual a de um animal, usando o próprio corpo para proteger o jovem alfa desmaiado no chão, pronto para atacar quem quer que se aproximasse, e assim fazia a cada tentativa que os trosles faziam.

Com a chegada do rei e seus homens os troles fugiram todos, sabiam que não teriam como vencer ao rei e de seu pequeno exército. Mesmo assim o pequeno ómega manteve sua postura atacando qualquer um que tentasse se aproximar.

O rei penalizado por saber o jovem ómega estava assustado decidiu que ele o acalmaria, antes mesmo de descer de seu cavalo liberou seus feromonios, transmitindo uma sensação de cama e proteção, a medida que foi se aproximando do ómega e o cheiro foi ficando mais forte este cedeu acabando por desmaiar, já sem forças, sobre o corpo do jovem alfa a quem tanto protegia.

Com cuidado para não o machucar, o rei pegou o jovem ómega em seus braços sentindo seus músculos relaxar e o quanto febril este estava, ficou impressionado, o ómega mesmo no estado em que estava ainda assim se esforçou para lutar.

-Esse alfa é assim tão importante para você? - perguntou mesmo sabendo que não teria resposta alguma, olhando para o corpo do jovem alfa no chão.

Subiu para seu cavalo e assumiu a responsabilidade de levar o ómega, deu ordens para que cuidassem dos feridos e pediu para que cuidassem muito bem do jovem alfa e levassem todos para o castelo, eles foram atacado em seu território não fugiria a responsabilidade, afinal não tinha fama de ser um rei justo por nada, sem falar que era o certo a fazer naquela situação.

No castelo os ferido foram levados para a enfermaria do castelo.Uma ala que o rei tinha criado para cuidar de seus soldados quando estes voltavam feridos de batalha ou tinha sido feridos enquanto estivessem de serviço. Com tudo o jovem ómega foi levado para um quarto particular, onde recebia atendimento personalizado do médico real.

Todos foram tratados muito bem, os ferimentos não eram muito graves, na maior parte eram alguns cortes superficiais e marcas rochas, porcos tinha fraturas, os únicos casos mais preocupantes eram do jovem ómega, cuja febre se recusava a o deixar, ia e voltava constantemente, e o jovem alfa que tinha uma fratura na cabeça, de certo uma pancada muito forte, perdeu algum sangue e mesmo depois de ter dormido a noite toda não tinha acordado.

O rei, preocupado, passou a noite toda ao lado do jovem ómega, vigiando seu sono e cuidando dele, trocando as compressas sempre que necessário. Ficou feliz por ver que pela manhã a febre tinha cedido e o ómega agora dormia tranquilamente.

Não resistiu e fez um carinho em seus cabelos, acabou por descer sua mão pelo rosto suave do ómega adormecido, em uma leve carícia mas assim que se apercebeu que este estava acordando retirou sua mão rapidamente, não queria o assustar e ser mal interpretado pelo jovem ómega.

O jovem ómega aos poucos abriu os olhos, tomou algum tempo para perceber que não estava mais acampando na floresta. Com o olhar vago procurou pelo irmão sem se levantar da cama, mas assim que seus olhos caíram sobre o enorme alfa sentado ao seu lado entrou em pânico assim que se lembrou que tinham sido atacados, temendo assim aquele alfa desconhecido, não o tinha reconhecido o rei Oris por estar com medo.

-Calma pequeno. - disse o rei ao se aperceber do estado do ómega - Não vou te fazer mal, eu apenas estava cuidando de você, você é sua comitiva foram atacados em nossas terras. - disse o mais calmo possível, não queria que o ómega ficasse com mais medo - vou deixar você descansar e pedir para que te tragam algo para comer. - disse abrindo a porta.

-Espera. - pediu antes que o alfa fechasse a porta, estava um pouco mais calmo, mas ainda com medo. - como estão?

-Eles foram tratados e estão bem, apenas o jovem alfa que você estava defendendo ainda não acordou. - disse o rei atento a reação do ómega, não gostando nem um pouco da expressão que este fez ao falar do jovem alfa.

-Por favor me leve até ele. - implorou se levantando da cama mas caindo, tinha se levantado muito rápido, o que fez com que se sentisse tonto, sem falar que ainda estava muito fraco, seu corpo lutará a noite toda contra a febre que se recusava a ceder. - Não se preocupe, eu estou bem. - disse assim que viu que o rei caminhava em sua direção para o ajudar.

-Não precisa ficar com medo, não lhe farei mal algum. - disse estendendo sua mão para o ómega que observava seu gesto com incerteza - Eu vou te levar para ver aquele jovem alfa. - finalmente sua mão foi segurada pelo do jovem ómega.

Sentiu um corrente eléctrica percorrer seu corpo assim que suas mãos se tocaram e seu coração ficou aquecido ao ver o sorriso alegre, embora tímido, do jovem ómega e seus olhos brilhantes, mesmo sabendo que o motivo da sua felicidade fosse outro alfa.

E foi nesse momento que se apercebeu de que aquilo que sentia pelo ómega era amor, mesmo sabendo que conhecia o jovem ómega a pouco tempo não tinha dúvida de seus sentimentos, aquilo era amor.

Pela primeira vez estava sentido isso desde que sua primeira esposa havia falecido, não era um qualquer sentimento, era um sentimento tão puro e forte que o fazia querer ver o jovem ómega feliz independente de seus sentimentos, mesmo que este estivesse com outro alfa, o que importava era o que o ómega sentia e queria e no momento ele queria a companhia de outro alfa.

De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora