Em fim o cio do jovem ómega havia chegado ao fim, para o alivio do mesmo que não aguentava mais continuar sentindo aquelas dores insuportáveis enquanto tudo em seu pequeno ser implorava por um Alpha possuindo seu corpo de todas as formas possíveis e inimagináveis para o inocente ómega.
Contudo ainda se sentia fraco devido a semana no mínimo atarefada, sim, não existe expressão melhor para classificar essa semana. No inicio estava muito assustado mas com a ajuda de Júlia que lhe explicou como tudo funcionava e passaria a funcionar dali para frente ficou mais tranquilo, embora achasse aquilo uma grande injustiça. A parte de aprender a como se aliviar e o que usar para obter mais prazer, e assim ter um grau de alivio maior, foi a pior parte, na sua opinião, nunca se sentiu tão envergonhado.
Tinha acabado de sair do banho e estava se vestindo distraído em seus pensamentos que mal ouviu as batidas na porta do quanto que vinha ocupando durante a ultima semana, Júlia precisou bater com mais força para o tirar de seu transe.
- Um momento, estou terminando de me arrumar. - Respondeu finalmente após acordar de seu transe de a momentos.
-Precisa de ajuda? Devo chamar um servo pra te ajudar? - Pergunta Júlia um pouco preocupada, o jovem ómega devia estar muito fraco e necessitando de ajuda.
-Não há necessidade, já estou terminando. - Responde Dominic de dentro do quarto.
- Tudo bem, eu apenas estava me certificar de que estava tudo bem com você. - Disse Júlia um pouco mais calma, se sentindo um pouco orgulhosa pela coragem do jovem príncipe, o primeiro cio é sempre difícil para os Ómegas mas o jovem príncipe se mostrou corajoso e aparentemente estava recuperado da semana agitada. - Assim que estiver pronto venha comigo, vamos tomarmos o pequeno almoço.
Não demorou muito e um jovem Ómega tímido abriu a porta, espreitou fora do quarto vendo Júlia que o esperava com um sorriso amigável, respirou fundo e por fim saiu do quarto de cabeça baixa. Para Júlia não havia coisa mais fofa que aquele pequeno ser, de cabeça baixa e bochechas rosadas, do que aquele Ómega em todo o reino.
-Vamos? - Questiona Júlia lhe estendendo a mão para que caminhassem juntos, o pequeno Ómega receou um pouco mas ao ver o sorriso amigável de Júlia, que ainda não tinha se desfeito, estendeu timidamente sua mão e segurou a de Júlia, aumentando seu sorriso.
-Vamos. - respondeu por fim reunindo toda coragem, que não era muita, para acompanhar Júlia.
Sendo conduzido por Júlia e escoltados por soldados começaram a caminhar pelos corredores em direção da sala de jantar onde o rei e toda a família real, alguns nobres de confiança do rei e alguns da comitiva da Fortaleza de Cristal , incluindo seu irmão André, estavam os esperando para a refeição.
Durante o percurso o jovem ómega se manteve em silêncio encarando nada mais do que o chão e somente o chão, estava envergonhado demais devido a toda confusão que seu primeiro cio causou para conseguir conversar com Júlia ou encarar as pessoas que os observavam quando passavam por eles. No momento seu único conforto eram as mãos quentes que apertavam a sua suavemente transmitindo-lhe a confiança necessária para continuar seu percurso.
No final de um dos muitos corredores do Castelo deparam-se com uma porta fechada, logo ela foi aberta por um dos dois soldados que estavam a porta dando passagem para que Júlia e o jovem ómega pudessem entrar. Ao entrar o jovem Ómega se deparou com uma enorme mesa e cadeiras com detalhes em ouro, assim como os detalhes nas paredes e os candelabros presos no teto sobre a mesa que iluminava a enorme sala.
Ao serem notados por todos, que até a porta ser aberta conversavam animadamente, o silêncio tomou conta da sala aumentando o nervosismo do jovem ómega. Tanto o rei como André se levantaram de seus respetivos lugares, Júlia em respeito fez uma reverência ao rei, que respondeu com um acenar de cabeça, o jovem ómega não querendo ser mal educado imitou o que Júlia fez, arrancando um sorriso do rei enquanto André observava tudo apreensivo.
Após as reverência o rei os convidou á se sentarem, Júlia ocupou seu lugar habitual ao lado as outras esposa, do lado direito do rei seguindo a ordem em que se casaram, enquanto que Dominic foi convidado a se sentar ao lado esquerdo do rei, ficando entre o rei e seu irmão André que se encontrava sentado ao seu lado. Ao se sentar sorriu para o irmão e entrelaçaram as mãos por baixo da mesa, ambos não querendo chamar atenção indevida para si, relaxando os músculos tensos dos dois com o contato físico tão desejado.
O pequeno almoço foi servido e todos comeram enquanto conversavam animadamente, contudo os dois irmãos permaneciam em silencio, em parte por vergonha mas principalmente por não saberem como começar uma conversa com todos aqueles nobres, e pouco comiam o que não passou despercebido aos olhos atentos da corte.
-A comida não está de vosso agrado? - Perguntou o rei aos irmãos, no mesmo momento todos a mesa se calaram para escutar com clareza a conversa do rei com os irmão.
-Esta tudo muito bom. - Respondeu André, falando pelos dois. - Apenas estamos preocupados com o nosso povo. - Disse e no mesmos momento os outros membros da comitiva que os acompanhavam, que comiam fartamente, pararam o que faziam sentindo a consciência pesar um pouco, haviam se deixado deslumbrar pela mesa farta que acabaram por se esquecer que neste momento seu reino poderia estar passando fome. - Como o rei pode ver já estamos recuperados, e com a vossa permissão gostaríamos de partir ainda hoje, levando connosco a notícia sobre o casamento e algumas mantimentos assim. - Falou o jovem Alpha se levantando da mesa, gesto repetido por todos que o acompanhava, fazendo uma reverência ao rei.
-No que dependesse de mim vocês ficariam por mais algum tempo, contudo é nobre a vossa preocupação com o vosso povo, tem a minha permissão para partir, quanto aos mantimentos não se preocupem, estarei destacando alguns dos meus soldados que vos acompanhará e ajudarão com o transporte dos mantimentos assim terão possibilidade de levar mais coisas e com mais segurança. - Disse o rei tranquilamente, ele realmente gostava da atitude do jovem Alpha curvado perante si.
-Muitíssimo obrigado, não sabe o bem que estará fazendo unindo nossos reinos e ajudando com os mantimentos, muito obrigado. - Disse o jovem ómega pela primeira vez desde que a conversa se iniciou, de seguida beijando as mãos do rei, ato que pegou todos de surpresa, o jovem ómega estava muito feliz, ouvir aquelas palavras encheram seu coração de alegria, acabou não conseguindo conter as lágrimas que banharam seu rosto.
-Jovem Ómega. - Disse o rei chamando a atenção do jovem Ómega que parou de beijar suas mãos sem parar, com elas agora livre pode levantar o rosto do jovem ómega para si, tendo uma das mais belas visões de toda sua vida, seus belos olhos brilhavam pelas lágrimas, o nariz e lábios avermelhados e as bochechas levemente coradas, com a outra mão livre tocou a pele da face suave limpando as lágrimas - Não precisa chorar, se estou ajudando é porque vejo que são sinceros de coração e desejam o melhor para vosso povo.
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De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]
RomanceNo ano 96 AHC (Antes do Homem Comum) com a morte do rei Alexis Campebell, o reino da Fortaleza de Cristal entra em declínio sem ter um sucessor Alfa para assumir o trono. A Grande Rainha Mãe, Ruth Campebell, recorre então a um acordo nupcial entre r...