De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]

Cap XXIX: Proteção nunca é demais

Após Júlia ter escapado das masmorras e conseguir fugir do castelo sem grandes dificuldades o Rei Oris e André se tornaram obcecados por segurança, principalmente pela segurança de Dominic que gerava em seu ventre um novo ser. Dominic por sua vez achava quer o excesso de proteção da parte do irmão e do esposo, embora as vezes necessária, começava a passar dos limites. Ele não poderia fazer absolutamente nada sem ter a presença de pelo menos um guarda pessoal, também não podia sair para visitar os arredores do castelo. No inicio ate que tentava entender mas isso tudo estava o deixando extremamente angustiado. Cada dia que passava se sentia cada vez mais como um prisioneiro do que qualquer outra coisa.

- Meu amor, porque está o seu semblante entristecido? - Pergunta o Rei Oris ao perceber a tristeza estampada na face do jovem ómega, que agora tinha a barriga bem visível. Dominic havia se esforçado para esconder sua tristeza visto que nos últimos tempos eram raras as oportunidades que tinha para passar algum tempo a sós com o esposo. Contudo não estava mais conseguindo controlar seus sentimentos a ponto de esconder sua tristeza, uma vez que tudo em que pensava era em como se sentia como um prisioneiro dentro daquele imenso castelo. - A caso te falta algo? Se tiver algo que quiser, sabe que eu lhe o darei.

- Fico feliz que meu marido se preocupe com meu estado de espirito. - Dominic tenta sorrir de uma forma verdadeira mas tudo que consegue é um sorriso vazio, o que não passa despercebido aos olhos do rei que, calmamente, caminhava ao seu lado. Os dois estavam passeando pelo jardim secreto do rei, o local vinha sendo visitado muito pelo jovem ómega, que sempre se sentia em paz no meio das belas flores que ali cresciam, visto que era o único local onde os guardas não tinham permissão para entrar. - Infelizmente o que quero, mesmo que queira, o rei não pode me dar.

-Ridículo! Não há nada que me peça que eu não possa lhe dar. - Diz o Rei Oris que, com delicadeza, ajuda Dominic a se sentar em uma cadeira abaixo da sombra de uma das arvore majestosas do jardim. - Ou a caso duvida da veracidade de minhas palavras?

- Não! Jamais duvidaria de si. - Dominic diz e logo de seguida suspira pesado exausto pela curta caminhada. Com o avançar da gravidez a barriga estava cada vez maior, o que além de ser sinal de que o filhote se desenvolvia bem acabava por tornar as coisas cada vez mais difícil para o ómega gravido. Se antes não podia fazer praticamente nada sozinho agora precisava da ajuda das servas para tudo que fazia. O cansaço era uma constante e de noite mal conseguia dormir, chegando a passar horas se revirando na cama pois estava cada vez mais difícil encontrar uma posição confortável para dormir. - Apenas tenho a sensação de que algo tão valioso como a minha liberdade me foi roubado e que o senhor nada faria para me o devolver.

- Meu amor, não diga uma coisa dessas. Sabes que és livre para fazer o que queres. Eu nunca consegui te impedir de fazer seja o que fosse. - Diz o rei não entendendo bem o sentidos das palavras do ómega gravido.

- Isso era antes. Desde que Júlia conseguiu escapas das masmorras e fugir que o senhor e o meu irmão vem me sufocando com o vosso excesso de proteção. - Dominic finalmente diz com todas as palavras o que sentia sobre a situação atual.

- Você tem que entender, tudo que fazemos é para o seu bem estar e do nosso filhote. Você bem sabe que as pessoas que tramaram sua morte ainda estão livres e podem tentar algo a qualquer momento. Eu subestimei nossos inimigos uma vez e vê no que deu. Jamais me perdoaria se por descuido eu permitisse que algo lhes acontecesse. - diz Oris com ternura na voz enquanto acaricia o ventre Dominic, gesto que vinha se tornando um habito incontrolável de sua parte, uma vez que o rei não conseguia manter suas mãos afastadas da barriga do ómega.

- Eu entendo perfeitamente bem. No entanto sinto que vocês é que não me entendem. Toda essa proteção. - Dominic faz uma pausa pensando bem no que tem para dizer, não quer ser interpretado como ofensivo ou ate mesmo como ingrato. - Não acha que isso esteja indo longe demais? - Pergunta Domiic, depois de instantes em silencio, olhando diretamente nos olhos do esposo.