De Repente Príncipe (Romance Gay) [ABO]

Cap XXIII: Farsa Revelada

Leiam o aviso no final

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-Ó senhor rei, nosso marido, nos conhece melhor do que ninguém, conhece nossas histórias de vida e está ciente do nosso grande apreço por tudo que fez e faz por nós, tenho certeza que falo por todas quando digo que jamais seríamos capaz de fazer nada que arruinaria sua felicidade ou que ferisse o Jovem ómega. - diz Júlia sagaz como sempre, sabendo escolher bem suas palavras.

-É o seguinte, eu não sei quanto à elas - Disse Isís com seu jeito nada sutil de sempre, ao contrário de Júlia, não perderia seu tempo escolhendo palavras para agradar ao rei, sempre fora assim, não pretendia mudar seu jeito de ser agora quem quer que fosse - Eu sou assim como o rei, sou uma Alpha. E como tal, acima de tudo, prezar pelo bem estar de um ómega e é meu dever e uma obrigação, que faço com muito gosto. - disse o que tinha a dizer, estava a fim de que tudo se resolvesse logo, a situação toda era muito desgastante.

-E você Thaís? Não tem nada a dizer? - perguntou o rei ao que ela era a única a ficar calada, o que não acontecia com frequência.

-Que quer que eu diga? O rei me conhece, sabe que não tenho papas na língua, de fato muitos dizem que minhas palavras são como veneno, apenas não quero me precipitar em meu fulgento e de algum modo ser injusta. - diz por fim, por mais que quisesse agir como sempre temia ser injusta, convivia com a Júlia e a Isís a muito tempo a ponto de as considerar sua família, é verdade que estava sempre provocando Isís, porém nunca foi por maldade, apenas gostava de ver as reações explosivas da Alpha. - Segundo suas palavras somos as únicas suspeitas pelo ocorrido ao príncipe. Eu apenas me pergunto como tal pode ter acontecido? Qual seria o motivo para tal? - pergunta Thaís meio confusa com tudo que estava acontecendo, não entendia como chegaram à aquela situação.

-Ciúme. - disse André se metendo na conversa pela primeira vez - Eis o motivo que tanto procura. Não é novidade alguma as tramas e intrigas sempre presentes nos haréns dos reis. As esposas sempre estão disputando pela atenção do rei, querendo ganhar seu favor, ser colocada acima das outras, como que em um pedestal. - fala diretamente para as esposas, olhando atentamente para cada uma das esposas. - Vocês já eram três, de repente chega um Ómega, claro que ele se destacaria e acabaria por chamar a atenção do rei por este ser um Alpha, motivo mais que suficiente para o tentarem matar, apenas não contavam com sua força de vontade em querer viver, tudo sairia perfeito se não fosse esse pequeno, mas crucial, detalhe não é mesmo Júlia? - Questiona diretamente á terceira esposa do rei a pegando totalmente de surpresa.

-O QUE? EU? QUE QUER DIZER COM ISSO SENHOR? POR ACASO ACREDITA QUE SOU A CULPADA PELO ESTADO DO JOVEM ÓMEGA? - pergunta Júlia levemente alterada, usando de sua presunção característico das raposas, tentando não demonstrar suas emoções.

-É como você disse e bem, aqui e agora, perante o rei e os presentes eu a acuso formalmente pelo envenenamento de meu irmão. - disse apontando o dedo de forma acusatório na direção de Júlia - Desde o momento que a conheci algo em você não me agradou, talvez seja a forma como sempre nos olha com se estivesse esperando a altura certa para atacar ou essas suas palavras "bondosas" carregadas de presunção e malícia. Sempre me pareceu boa demais pra ser real, por um tempo tentei acreditar que fosse coisa da minha cabeça, mania de perseguição, mas então tirei algum tempo para a observar, principalmente suas reações. Não pense que não vi a forma com sua expressão facial se transformava sempre que pensava estar sozinha ou a forma como maltratou aqueles que lhe servem, porque eu vi tudo. Todo esse tempo fazendo esse seu papel de boa esposa claro que se livraria de meu irmão assim que tivesse uma oportunidade e o melhor ninguém suspeitaria de você. - disse André tudo o que pensava e que havia observado, André sempre fora um Alpha observador e inteligente, não gostava de se apresar em seus julgamentos, principalmente no que dizia respeito ao carácter se alguém, por isso tirava sempre um tempo para as observar. Nisso Júlia já chorava rios de lágrimas comovendo muitos dos presentes, exceto alguns servos que já tinha conhecido esse seu lado cruel de ser.