Capítulo 49

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Percebendo que eu hesitava, minha doce esposa habilmente mudou de assunto.
Bem, que tipo de carro nós vamos comprar?
Senti um alívio enorme me invadir e puxei-a para os meus braços.
Carro? Que carro?
Está brincando comigo?
Em resposta eu enfiei minhas mãos por baixo da camisola de malha, massageando suas costas com as pontas dos dedos.
Afinal, nós viemos até aqui para comprar um carro ou não?
Ela perguntou com a respiração entrecortada.
Sim, mas não podemos nos precipitar... Temos que pensar para não tomar uma decisão errada...
Sibilei baixinho em seu ouvido com a voz enrouquecida pelo desejo. Ela fechou os olhos, pressionando o corpo macio contra o meu.
Sim... Você tem toda razão, querido...
Pois é...
Continuei subindo um pouco mais a minhas mãos em direção aos seios.
Eu vou precisar de mais alguns dias para pensar no assunto...
Prossegui com meus lábios quase encostados aos dela. Ela suspirou e enlaçou meu pescoço com as mãos. Deslizei meus lábios pela sua mandíbula, descendo para o pescoço delicado e colocando beijos molhados por onde eu passava. Em segundos, ela me agarrou e me beijou com ardor, nossos corpos se buscando em sintonia.
Tirando a camisola por sobre sua cabeça, joguei longe e admirei os lindos seios inclinando-me para beijá-los, o que arrancou um gemido de May, que tombou a cabeça para trás, fitando o céu estrelado através do teto transparente.
Dei um demorado banho de língua naqueles seios perfeitos e me ajoelhei diante dela, que tinha os olhos chocolates quase negros de desejo e a face corada pelo despertar do prazer.

Levei minhas mãos até a lateral da minúscula calcinha rosa e a puxei. A pequena peça deslizou para o chão na medida em que eu traçava todo o contorno das coxas roliças num toque deliberadamente sensual. Em seguida beijei de leve seu ventre, deslizando meus lábios famintos sobre os pelinhos macios que recobriam o púbis. O cheiro de sua excitação me invadiu e eu acariciei seus recantos mais íntimos com minha língua. Ela estremeceu e se inclinou mais para frente, me oferecendo o sexo sensível e excitado, para que eu pressionasse ainda mais meus lábios de encontro ao seu corpo. Eu adorava vê-la gemer e se arrebatada pelo prazer. Continuei devastando aquela tentação com meus lábios e minha língua até que com um gemido lento e gutural, ela explodiu em espasmos que sacudiram seu corpo inteiro, e com as unhas arranhou um pouco as minhas costas.
Sorri ao ver os sinais do êxtase em seu lindo rosto, e ainda de joelhos, dei um último beijo em seu ventre ajudei-a a se ajeitar melhor na cama, tomando-a em meus braços e dizendo baixinho:
Preciso de você agora minha Misteriosa... Olhando em meus olhos, ela ergueu as pernas e me envolveu pela cintura. Fechei os olhos ao sentir o calor e a umidade de seu sexo contra o meu. Delícia... aquilo sim era o paraíso. Me alinhei firmemente a sua entrada e a penetrei de uma estocada só. Gememos juntos e deixamos a dança mais antiga do mundo nos guiar até o clímax nos transpassar, voraz, exigente e poderoso.
Nossa...
Murmurou May algum tempo depois.
Isso foi... Intenso pra porra minha gostosa.
— Ela sorriu preguiçosa.
Foi mesmo cowboy.
Eu te amo.
Eu também te amo, Wiliam. Eu vou te amar para sempre. ...
Bom dia, preguiçoso.
Sorri ao ouvir a voz melodiosa da minha esposa.
Bom dia Amor.
Se está pretendendo comprar logo esse carro, sugiro que se levante. Já são quase nove horas. Ela ralhou e eu me espreguicei sonolento.
Que tal ficarmos aqui só mais um pouquinho?
Questionei abrindo um grande bocejo. Ela riu.
Vamos logo Wiliam. Larga de preguiça e levante para tomar café e trocar de roupa.

Hum...
Retruquei enrolando e a trazendo para junto de mim.
Afinal de contas, você não me trouxe aqui para comprarmos um carro?
Rolei os olhos diante de sua expressão travessa. Nós estávamos nos provocando e eu amava aquilo.
Santa ingenuidade...
Respondi encostando meu rosto na maciez aconchegante de seus seios e deslizando novamente minhas mãos sobre aquele lindo corpo, dando início ao jogo erótico de amor e paixão que não podíamos e nem queríamos evitar.
Horas mais tarde...
Por que nunca casou Wiliam?
A pergunta me pegou de surpresa, mas resolvi ser sincero. Ela era minha esposa e merecia isto.
Não sei. Nunca parei para pensar muito no assunto e depois da guerra achei melhor me isolar. Não queria que meus pesadelos assombrassem outra pessoa além de mim. As atrocidades que presenciei foram muitas.
Ela me fitava atentamente.
Quer falar sobre isso agora?
A sinceridade estampada em seus olhos castanhos.
Não amor. São lembranças tristes que eu prefiro deixar no passado.
Tudo bem. Respeito isso.
E você?
Aproveitei o momento para perguntar uma coisa que estava me incomodando há um certo tempo.
Eu o que?
Nunca pensou em se casar com o Daniel?
Ela me olhou espantada. Aquela possibilidade esmagava o meu coração.
O que é isso? O dia das confissões?
Ela disse desconversando.
Responda a minha pergunta, linda.
Nós nos fitamos por alguns instantes. Eu adorava me perder nas profundezas misteriosas daqueles olhos castanhos.
Honestamente, não.
Falou e vagarosamente soltei a respiração que sequer eu havia dado conta de que estava prendendo.
E por quê?
Ela deu um longo suspiro, enquanto eu aguardava ansioso.
Nós nos conhecemos a vida inteira e ele sempre foi o meu melhor amigo, meu confidente, um ombro para chorar minhas mágoas.
Sei.
Engoli em seco.
Alguém em quem eu posso confiar minha vida.
Eu sabia que eles eram próximos, mas doeu ouvi-la falar assim de outro homem. Procurei disfarçar.
Continue, por favor.
Pedi.
Bom, nós fazíamos tudo juntos.

Nem tudo...
Respondi me referindo ao fato deles nunca terem partilhado uma maior intimidade. Ela me deu uma tapinha leve no ombro.
Comporte-se!
Ralhou.
Só falei a verdade amor. Retruquei satisfeito.
Houve uma época em que éramos inseparáveis. Daniel é um excelente mecânico. Acredita que uma vez chegamos a comprar duas motos sucateadas e ele as fez funcionarem para poder me ensinar a andar?
Arregalei meus olhos em choque.
Você?! Andando de motocicleta?!
...
Eu a fitava pasmo. Ela prosseguiu.
Mas levei um tombo enorme em e então achamos melhor dar o assunto por encerrado. Estreitei os olhos.
Deus meu!
Ela havia me mostrado de longe o local quando estávamos em Seattle. Era muito bonito.
Sim. Nós dois e outros garotos da também pulávamos do penhasco de vez em quando, para nos divertir...
Agora eu realmente estava assombrado.  O que?!
Isso mesmo, cowboy.
Falou divertida.
Que espécie de adolescente a senhorita era hein dona Maite?! Aprontando todas?! Coitado do seu pai!
Exclamei estarrecido.
Como todo adolescente, eu adorava coisas proibidas. É indescritível a sensação da adrenalina quando estamos fazendo algo errado ou escondido.
Praguejei baixinho, enquanto ela continuava.
E também ninguém nunca achava que fosse acontecer algo de ruim. Meu pai ficou ciente de pouquíssimas dessas peripécias ou então eu estaria, com certeza, o resto da minha vida de castigo.
Emendou.
Ainda não acredito o quanto você foi imprudente!
Repreendi. Ela sorriu.
Pular do penhasco é algo muito perigoso May. Alguém poderia ter morrido.
Eu sei, mas mesmo assim eu fiz.
E Daniel acobertava você.
Concluí.
Sim. Ele sempre estava metido nas confusões também.

Suspirei aliviado por saber que ela agora estava livre para sempre da má influência daquele idiota, metido, arrogante e irresponsável.
E respondendo a sua pergunta, nunca. Eu nunca consegui ver o Dan como o homem, da minha vida. Nunca senti nada por ele além de amizade. Sei que ele é um bom homem e com certeza fará uma mulher muito feliz, mas esta pessoa, definitivamente não sou eu, Wiliam.
Que bom querida, porque eu não conseguiria deixaria você ir embora daqui. Não sem uma boa briga.
Ela me puxou para um beijo apaixonado e mais uma vez nos entregamos um ao outro... Sem limites, sem reservas, sem medos.🔥💕

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