PDV Maite.
Três dias... Três dias já haviam se passado e a chuva continuava implacável. As notícias que ouvíamos no rádio eram horríveis. O número de mortos e feridos aumentava a cada dia. A cidade de Catalina havia sido completamente devastada. Cinco condados vizinhos haviam declarado estado de emergência. Estávamos seguros ali, mas a comida não iria durar muito.
O pior de tudo era não saber nada sobre a família dele. Absolutamente nenhuma notícia. Esperávamos que tudo estivesse bem, mas nunca se sabe. Ouvi um barulho leve e observei Wiliam descer pela escada de madeira. Havia uma janela grande na parte superior do celeiro e todo dia ele subia para verificar o nível da água lá fora e as ver como estavam às coisas. Wiliam andava de um lado para outro como uma fera enjaulada.
Droga!
Ele exclamou chutando longe um balde de metal vazio. Suspirei e fui até ele.
Será que vamos perder a fazenda?
Murmurou baixinho.
William.
Falei, tocando em seu braço.
Mais um maldito dia May.
Um frio percorreu minha espinha de cima a baixo.
Eu sei, mas tenha calma meu amor.
Estou tentando.
Meu coração se apertava ao ver Wiliam tão frustrado.
Não vamos perder Gutierrez.
Falei com convicção. Ele me olhou cético.
Não tenha tanta certeza.
Disse sentando em um monte de feno próximo e fitando as grossas vigas de madeira do teto. Me aproximei e envolvi seus ombros com o meus braços.
Daremos um jeito cowboy. Lembre-se de que não está mais sozinho. Além do mais temos dinheiro aplicado no banco. O da venda dos potros e o que Anahi me pagou pela compra do antiquário, com certeza essa quantia dará para cobrir os prejuízos que vamos ter.
Não quero seu dinheiro. É minha obrigação sustentar a minha família!
Disse ele, enquanto eu revirava os olhos. Onde ele pensa que nós estamos?! No século passado?!
Não existe o "meu dinheiro" nem o se dinheiro Wiliam. Somos casados e vamos ter um filho, portanto largue de ser machista, pois o que é meu é seu.Droga! Eu estou impotente, me sinto horrível por não poder fazer nada para mudar esta situação! Às vezes eu também me sentia da mesma forma.
Se precisarmos reconstruir a fazenda do zero, nós faremos. E saiba que não é bom contrariar uma gestante!
Porra...
Suspirei. Ele falava uma torrente de palavrões.
Não vai adiantar nada ficar aí sentado praguejando!
Droga!
Calma William. Temos que manter a calma. Se você conseguiu sobreviver a Guerra num país estranho, nós vamos conseguir sobreviver a isto!
Ele me olhou esperançoso.
Nós vamos conseguir sair daqui, - eu disse mais uma vez.
Eu posso ir May. Você fica e...
Não.
Não vou sair no meio dessa tormenta dos infernos arrastando você e o nosso filho.
Claro que não. Ficaremos aqui ou sairemos juntos.
Ele cerrou o maxilar contrariado.
Mulheres!
Pode tirar o cavalinho da chuva, porque você só sai daqui comigo William.
Nunca.
Vamos sair dessa juntos, amor.
Você não percebe?!
Bradou exasperado.
Não tem como May! A destruição lá fora é enorme, a chuva está inundando tudo, os cavalos devem estar morrendo! Eu não posso ficar aqui de braços cruzados esperando que chegue a nossa vez! Só temos comida para mais dois dias.
Eu precisava se paciente e tentar convencê-lo de algum modo.
Então ainda temos 48 horas antes de tomarmos alguma decisão. Até lá ficaremos bem
. May...
Ele estava no limite, mas eu daria um jeito naquilo.
Oh!
Gemi baixinho. Em dois passos largos ele se aproximou.
O que foi? Está sentindo alguma coisa? É o bebê?
A preocupação estava estampada nos lindos olhos dourados. Eu odiava ter de mentir, mas nesse momento me pareceu a melhor solução.
May?
William, eu...
Pelo amor de Deus me diga o que houve! Você não está bem?
Sorri para tranquilizá-lo.
Acho que o bebê se mexeu.
Que Deus me perdoasse pela mentira, mas eu tinha que distrair o meu marido de alguma forma.
Sério?
Seus olhos brilhavam enquanto ele passava as mãos em meu ventre.
Foi bem aqui.
Eu disse colocando a mão grande sobre o lado esquerdo da minha barriga.Alguns minutos depois... Tem certeza amor? Não estou sentindo nada.
Sorri outra vez.
Sim. Mas talvez ele só queira se mostrar para a mãe e não para o pai.
Ele fez uma careta.
Engraçadinha.
Ficamos quietos por alguns momentos e logo mais os toques dele em meu corpo reacenderam a chama da paixão ente nós. Ele ergueu a cabeça e eu vi os olhos dourados escurecidos pelo desejo, então calmante me afastei e levei as mãos até os botões do grosso casaco, desabotoando um a um lentamente.
Wiliam sequer piscava, acompanhando com a respiração entrecortada os movimentos lânguidos que eu fazia. Me despi calmamente deixando que ele observasse cada pedaço do meu corpo que surgia. Comecei a cantar baixinho e a dançar sensualmente. Depois de jogar o casaco no chão, ficando apenas com uma fina camisa de malha branca dele. Levei minhas mãos até a calça do
exército e desamarrei o cinto que a prendia. Por ser bem maior que eu, a peça de roupa escorregou em seguida. Agora eu vestia apenas a camisa, que chegava até o meio de minhas coxas e nada mais. Wiliam havia rasgado minha calcinha no dia em que ficamos presos no celeiro e o sutiã estava por ali em algum lugar.
May...
Falou num sussurro rouco e baixo. Sorri olhando diretamente para sua calça, vendo o indisfarçável volume de sua ereção.
Aprecie o show cowboy.
Retruquei, virando de costas e rebolando sensualmente.
Porra...
Virei de frente para ele e deslizei a camisa por um dos meus braços permitindo que ele visse um dos seios. Acariciei o mamilo com a mão e joguei a cabeça para trás, o ouvindo gemer. Coloquei a camisa no lugar e deslizei as mãos pela lateral do meu corpo. Eu senti a umidade aumentar entre minhas pernas. Sem que ele esperasse, tornei a virar de costas, sempre dançando. Fechei meus olhos por um momento e imaginei que estávamos no nosso quarto com o som ligado, tocando uma música propícia para um strip tease.
Amor, você está me matando...
Matando? De que?
Questionei sorrindo.
De tesão.
Sua voz saiu um tanto estrangulada e eu adorei saber o quanto o afetava.Calma cowboy. Sente e deixe o resto comigo ok?
Jogando o chapéu longe, ele obedeceu.
Você manda.
Continuei naquele jogo de mostrar e esconder meu corpo, enquanto ele se acomodava sobre o velho colchão em que estávamos dormindo. Sob seu olhar atento, tirei a camisa por sobre a cabeça e a soltei no chão de uma vez, ficando nua e andando com passos estudados até onde ele estava. Seus olhos famintos percorriam meu corpo de cima a baixo.
Linda!
E toda sua cowboy.
Falei procurando imprimir um tom sexy a minha voz.
Também sou seu amor.
Sentei sobre ele e comecei a tirar a camisa que ele vestia, mas Wiliam foi mais rápido e se livrou a roupa. Voltei minha atenção para a calça e baixei o zíper. Ele levantou os quadris para me ajudar e em instantes ele também não vestia mais nada.
PDV William
Eu não pensava, eu não raciocinava. A razão fora embora cedendo lugar para o instinto, a paixão, o desejo. Quando estávamos juntos, assim, nada mais tinha importância. O tornado, a enchente lá fora, o risco que ambos corríamos ali isolados, tudo era insignificante agora. Meu ser inteiro vibrava em antecipação, sendo ultrapassado por uma crescente luxúria animalesca e May era a única coisa que poderia aplacar isso e saciar o meu corpo. Eu não viveria sem ela.
Agarrando suas pernas magras e torneadas, puxei-a para mim. Minha boca abriu quando sua língua macia entrou e encontrou a minha. Gemi e intensifiquei o beijo sentindo o corpo macio totalmente pressionado contra o meu. O nosso encaixe era perfeito. Gemendo em sua boca, passei uma mão no queixo e enfiei a outra por entre os seus cabelos.
Misteriosa...
Murmurei contra os lábios molhados pelo beijo. Meus dedos faziam círculos através de sua pele de porcelana. Afastando-me da sua boca, comecei a distribuir beijos molhados no pescoço delicado e nos ombros.
Ela recuou um pouco e eu protestei.
Eu quero beijar você cowboy.
Falou escorregando sobre o meu corpo e parando com o rosto a centímetros do meu pênis. Sorri da forma como ela falava.
Só beijar?
Provoquei.Hum, não exatamente.
Prendi a respiração quando ela segurou meus testículos com uma das mãos e começou a colocar pequenos beijos no meu membro. Porra... Era muito bom sentir aquela boquinha quente me acariciando de forma tão íntima. Me ajeitei melhor para que ela pudesse ter total acesso aquela zona erógena de meu corpo.
May não se fez de rogada e abriu a boca, me recebendo todo. Gemi. Fui ao céu e voltei com as maravilhosas sensações que ela estava me proporcionando. Quando os lábios se fecharam em torno de meu pênis, qualquer pensamento coerente que eu poderia ter desapareceu. Sua mão direita veio ao meu membro junto com seus lábios e moveu-se no mesmo ritmo de sua boca. Dando um gemido gutural, eu me ergui um pouco e puxei-a para mim.
Não seja egoísta querida. Dois podem jogar esse jogo...
Eu disse fazendo com que ela ficasse de costas para mim. Percebendo o que eu queria, ela sorriu travessa e passou a língua lentamente na parte inferior do meu pênis, me levando a beira da insanidade, seguindo pela virilha, me atiçando descaradamente. Seus olhos escuros e enevoados cruzaram com os meus. O mundo parou. Minha Misteriosa. Eu quase pirei quando vi o tamanho da luxúria presente na profundidade do olhar castanho escuro.
Então vamos ver quem joga melhor, cowboy.
Provocadora, hein?! Ela agora iria ver só!
O visual era o espetacular. May de costas para mim, totalmente exposta, suas pernas de cada lado do meu rosto. O cheiro de sua excitação era inebriante e, antes que outro pensamento pudesse passar pela minha mente, beijei as dobras femininas ensopadas.
Ah...
Gemeu abafado deslizando os dentes sobre o meu pênis e acelerando os movimentos de vai e vêem com a boca e a língua. Deixei seu sexo por um instante e mergulhei dois dedos nela.
#' Assim não vale William...Foi você quem começou amor, agora aguente.
Comecei a brincar com meus dedos em sua feminilidade ao mesmo tempo em que levava novamente a boca ao centro do seu prazer. Ela estremeceu e eu vibrei. Nossos quadris começaram se mover ansiosos em busca de alívio. As pernas de May se abriram ligeiramente e eu deslizei minha mão em torno de sua coxa para empurrar minha língua nela. Seu gemido vibrou no ambiente.
Senti as ondas de prazer começarem a se construir. Suas pernas tremeram. May estava perto também. Aumentei o ritmo das investidas de meus dedos e língua, pressionando o suficiente para levá-la a acelerar seus movimentos no meu membro. Ela baixou mais o corpo macio contra o meu rosto, ansiando pelo clímax. Segundos depois ouvi um grito abafado quando ela chegou ao limite. Seus quadris se contorceram contra minha boca... Eu sabia que o meu êxtase também estava próximo e bastou ela tirar e colocar meu membro na boca, deslizando seus dentes sobre toda a extensão por três vezes seguidas, que eu explodi.
Céus... Ela disse baixinho. Concordei mentalmente. Eu estava exausto e saciado, e o melhor de tudo era que não havia nenhuma possibilidade de termos machucado o bebê.🔥💕
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Misteriosa
RomanceWilliam Levy, um homem determinado, forte e solitário marcado por um passado duro e amargo. Maite Perroni, uma mulher linda, decidida e misteriosa. Um encontro breve, inesperado e repentino. Atração, desejo, sedução... Simplesmente acaso ou uma obra...