𝐓𝐡𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠

• ➵ Capítulo 34

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ˑ ᳝ Tênis Branco, Ou Não . ᳝ ࣪

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- 𝚁𝚂

Dizem que nas madrugadas as mais malucas ideias e as mais mágicas coisas acontecem. Eu estava completamente frustrada no meu próprio mundo, colidindo contra mim mesma dentro da minha mente ilusória. Esperando que um desses milagres acontecessem.

Hoje foi um dia fatídico, havia brigado Taehyung e com certeza aquilo era a última coisa que eu queria. Mas o que eu poderia fazer? Precisava deixar claro tudo.

Por mais que eu não quisesse que soasse da maneira que soou, tão fria e arrogante as coisas acabaram daquele jeito.

O resto da conversa se concentrou entre datas e pequenos detalhes, onde Taehyung não abriu a boca sequer uma vez.

O caminho até meu apartamento, onde ele me levou sem que eu soubesse, deixando claro que não queria minha companhia foi silencioso até certo ponto, o que ultrapassou foi o que mais doeu.

"Talvez você devesse mesmo se entregar à polícia"

E as outras coisas que ele me disse, que no fim, eram puras verdades.

Eu fui egoísta demais o suficiente para não ligar para os sentimentos de Taehyung e desferir palavras duras. Eu sempre fui assim, aceitava as coisas e não gostava de mascara-las ou ter esperança de que iriam mudar, por que não iriam.

Eu sou a típica pessoa pessimista.

Mas realista.

Taehyung se esconde atrás da imagem de detetive sério e sem sentimentos. Mas a verdade é que ele é doce e amável, cuidadoso e esperançoso.

Talvez isso fosse uma das coisas que eu mais amava nele dentro do emaranhado de coisas bonitas e verdadeiras que o completava.

Eu não estou chateada com ele, triste ou qualquer coisa do tipo, o amo demais para guardar qualquer sentimento do tipo, mas eu diria que chocada seria a palavra que me descrevesse, ou até mesmo atordoada.

Levantei-me do sofá, coloquei um tênis e segui para fora do prédio, já era perto das duas da manhã, mas eu precisava caminhar.

As ruas estavam quase desertas, somente algumas pessoas, que provavelmente estavam saindo de bares e festas passavam.

A lua brilhava iluminando tudo como uma folha que cai da árvore, a brisa fria da madrugada toca a pele e deixa arrepios. Suspirei. Onde eu havia chegado Deus?

Me encaminhei até a floricultura, se um policial de ronda me perguntasse o que estou fazendo eu ao menos teria um motivo válido para estar sozinha, no meio da madrugada, de camiseta social branca gigante usada como quase um vestido e um short preto que nem aparecia, rabo de cavalo e óculos redondo andando por aí.

Eu não sabia exatamente o que estava fazendo, mas estava acontecendo algo, eu sentia aquela sensação de "está acabando".

Porém eu não sabia o que era, e o porquê era.

Olhei para meus tênis brancos, eles batiam no chão com sintonia aos meus passos, era hilário, não sabia por que, mas achei engraçado. Ri por uns segundos e voltei minha atenção à rua.

Todos os comércios já haviam se fechado, então eu provavelmente não chamaria atenção.

A floricultura estava a uma loja antes de mim. Finalmente havia chegado, então eu entraria um pouco.