𝐓𝐡𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠

• ➵ Capítulo 40

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ˑ ᳝ The Roses. ᳝ ࣪

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- 𝚃𝙷

Toda vez que eu fecho os olhos as coisas estão boas. Eu estou trabalhando em um caso qualquer de roubo seguido de assassinato, e então eu volto para casa a tarde chovendo, e a encontro lá.

Sentada no sofá com uma blusa minha que ela insistia em roubar, mas que eu não me importava, adorava usar a peça depois de o seu cheiro ter impregnado tudo.

Ela larga o livro azul em cima da estante e vem até mim. Eu agarro sua cintura grudando seu corpo ao meu, me preencho com seus lábios sentindo sua mão retirar minha blusa e jaqueta me deixando completamente vulnerável a sua destreza de movimentos, ao seu carinho e amor retidos em toques.

Mas então eu abro meus olhos, e acordo para a realidade. Eu continuo deitado na cama, somente com a companhia do meu cachorro, em um espaço que um dia foi dividido por nós dois, na presença dos nossos corpos.

Mesmo após um ano a sua partida ainda sinto seu cheiro, sinto seu corpo, sinto seus beijos, sinto Lee Rose.

A vida não parecia estar igual, ao menos não deveria.

Já havia se passado uma semana desde que eu visitei a fazenda Park. Encontrando os senhores completamente cabisbaixos, mas conformados.

Eles questionaram muito sobre Rose, tentei me esquivar das explicações e na medida do possível tudo ocorreu bem.

Mas não consegui fugir de Min Yoongi, a espécie de amigo ceifeiro da Rose que acabou se mudando para a fazenda ficou bem irritado com a decisão dela. Mas pareceu aceitar.

Descobri que mensagens falsas são mandadas a sua mãe, e é por isso que ela não desconfia de nada.

Ela realmente armou tudo.

Mas pareceu não querer ter escondido nada de mim além do seu paradeiro, que aparentemente nem ela sabia.

Talvez fosse melhor se eu estivesse sendo enganado igual a todos eles, talvez doesse menos se fosse assim.

Me permite chorar algumas vezes, me deixar levar pelas sensações tristes e o paradoxo de boas lembranças.

Me via imaginando trezentas possibilidades de coisas que poderiam ter acontecido a ela, ou até mesmo estar acontecendo.

Subi as escadas da delegacia, me dirigi até o térreo observando a paisagem. A cidade brilhava como combustão em meio a florestas, as milhares luzes iluminam Seoul de maneira linda.

- Dia ruim? - Escuto uma voz fina perguntar, me viro encarando Irene, com um copo descartável de café na mão, me entregando.

- Obrigado - Sorri - E respondendo sua pergunta, dia péssimo.

- Tenho a sensação que já tivemos essa conserva - Ela diz olhando a paisagem, consigo imaginar exatamente o que aconteceu, há meses atrás, há um ano e seis meses atrás, tivemos essa mesma conversa.

- Consigo me lembrar.

- O que te aflige dessa vez? Da última vez era a Assassina das Rosas, mas e agora? - ela questionou dessa vez olhando para mim.

- Continua sendo ela, não achá-la é o que me aflige.

Irene não sabia o peso daquelas palavras, mas eu sabia, sentia e poderia colocar em uma balança.