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     "Nas prisões, Lobo e Esmeralda sofriam com suas angústias.
     Com a mão lançada sobre o peito, Lobo cerrava os dentes com o aperto no coração.
     — Não aguento essa dor! — Gritou Lobo
     — Mantenha a calma. — disse Marcos
     — Quero saber do meu filho! É como se estivessem arrancando metade do meu corpo.
     — Será que colocaram alguma coisa na sua comida?
     Lobo puxou Marcos pela a gola do macacão.
     — Para de falar merda e me ajude a sair logo daqui. — falou entredentes"
     "— Lobo e Arthur não estão bem. Consigo sentir. — falou Esmeralda em lágrimas
     — Tente pensar em outras coisas alegres. Pode ser algo da sua imaginação.
     — Júlia, não é coisa da minha imaginação. É como se expelissem parte de mim".
     "— Também não consigo tirar Maxswel da cabeça. A imagem dele não para de se projetar na minha mente. — assumiu Valentina
     — O que está acontecendo? — sussurrou Hope
     — Alyssa!! — gritou Catarine tentando balançar as grades da cela
     — Vamos manter a calma. — disse Yara
     — Nunca senti uma agonia tão grande.
     Catarine sentou na cama, respirando fundo.
     — Nossos filhos estão bem. Vão ver que não é nada demais.
     Nos olhos de Yara o desespero camuflado de conformismo. Nela a esperança que Camila retornasse com boas notícias".
     — Só tem uma maneira de sairmos daqui e irmos atrás dos nossos filhos.
     — Qual?
     Catarine levantou a cabeça.
     — Formando uma rebelião".
     "Tremendo de frio e com fortes dores no ferimento Arthur enrugou a testa e franziu os lábios.
     Sentia que suas forças se esvaia cada vez mais.
      Yasmin abria os olhos lentamente enxergando tudo em borrões. Despertou de vez após ver Arthur cair se debatendo no chão.
     — Arthur!! — gritou ela desesperada
     Max levantou num átimo.
     Yasmin chacoalhou Arthur tentando reanimá-lo.
     — Precisamos de uma médico com urgência. — a voz de Alyssa soou de longe, espantada
     Max saiu da casa as pressas.
     — Max! — bradou Alyssa
     Desesperado Max desbravou floresta a dentro em busca de ajuda. Com os olhos chorosos cruzava a grande mata.
     — Socorro! Preciso de ajuda! — gritava enquanto corria
     Pulando e desviando dos galhos e troncos caídos, Max procurava pela a estrada. Mas a escuridão da noite dificultava sua visão.
     Sem ar continuou a procura de socorro.
     Depois de muito correr avistou o asfalto. Sem se preocupar com sua vida atirou-se na frente do carro em movimento que freou bruscamente quase o acertando.
     Com as mãos para o alto em rendição Max era iluminado pelas luzes amarelas do farol.
     Um homem velho desceu do veículo, batendo a porta.
     — "Tá" maluco? Poderia ter te atropelado.
     — Por favor, preciso de ajuda! Meu amigo está muito mal e preciso levá-lo "pro" hospital.
     — Onde ele está?
     — Numa casa proxima daqui.
     — Venha, entre.
     Max entrou na caminhonete junto ao senhor.
     — Como ele se feriu? — perguntou prestando atenção na estrada de terra
     — Foi atingido por um tiro na perna.
     — Como? — a era voz pesada
     — Longa história.
     — Cadê os pais de vocês?
     — Não temos.
     A situação se agravava ainda mais ao ver do velho.
     O senhor puxou o freio de mão e desligou o motor. Bateram a porta. Max correu adentrando a casa.
     O senhor analisava as condições da casa e imaginava o porquê de criancas estarem ali sozinhos.
     — Ele está muito mal.
     — Se afastem.
     Max, Alyssa e Yasmin se afastaram do corpo de Arthur, desacordado. O senhor pegou-o nos braços e juntos foram até a caminhonete.
     — Ele está morto? — perguntou Max
     — Só está desmaiado.
     No hospital mais próximo da região enfermeiras levavam Arthur numa maca com urgência para a sala de cirurgia.
     — Quero ir com ele.
     — Não pode entrar na sala de cirurgia, Yasmim. — disse Max
     — Eu sabia que fugir do orfanato não era uma boa ideia — assinalou Alyssa.
     — Tarde demais para reclamações.
     — Se Arthur ficar bem iremos voltar.
     Max e Alyssa encararam Yasmin.
     — Não podemos voltar.
     — Acha certo ficarmos arriscando nossas vidas dessa maneira? — perguntou Yasmin a Max, alterada — E se o tiro não tivesse acertado a perna de Arthur, mas outro lugar o matando de vez?
     — Não podíamos prever que isso ia acontecer! — debateu aumentando a voz
     — Melhor pararem com essa gritaria aqui — Alyssa tentava acalmar os amigos, percebendo que estavam chamando a atenção de todos.
     — Como eu disse. Tarde demais para reclamações e muito menos para arrependimentos.
     Max deu as costas para Yasmin e sentou numa cadeira.
     Alyssa abraçou Yasmin.
     — Vai ficar tudo bem.
     Distante dos adolescentes, o senhor falava no telefone, olhando fixamente para os três.
     —... São eles. Não se preocupe, não irei deixar que escapem.
     O velho desligou o telefone encerrando a chamada. O olhar era opaco e carregado de malícia".

VIDA BANDIDA A última bala Parte 3Onde histórias criam vida. Descubra agora