A dor da marca

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Assim que Hermione passou ao seu lado, Snape acompanhou seu perfume e se virou para olhá-la ir embora, mas segundos depois o corpo frágil da menina estava caindo em direção ao chão, seus reflexos foram rápidos e seus braços enlaçaram sua cintura segurando-a firmemente e permaneceu segurando-a em seus braços, roçando de leve o dedo em sua costela como um carinho não permitido.

Hermione tinha suas mãos nos ombros do professor e assim como ele tinha seus dedos fazendo um carinho despercebido, enrolando a ponta do cabelo negro em seu dedo. Ela olhava diretamente para seus negros olhos, mas as ônix não olhavam para os seus olhos castanhos e sim para sua boca entreaberta.

O tempo passara, o relógio girava, mas eles continuam assim sem nem se mover, poderia ter se passado horas que para eles não importava, mas Snape conseguiu desviar o olhar da magnífica e vermelha boca de Hermione e a levantou sem a soltar. A pele dela estava toda arrepiada e seu corpo tremia levemente. Ele levou as mãos que estavam na cintura dela até seus braços brancos e as esfregou neles tentando esquentá-la com o atrito.

Hermione estava tão perto dele, o mais perto que já conseguiu chegar, seus corpos unidos, tão perto que ela sentia o calor que emanava dele, um calor gostoso, um cheiro bom. Colocou as mãos em seu peito sentindo as mãos grandes a esquentarem. Snape afastou as mãos do corpo da menina apenas para despir-se de sua grande e esvoaçante capa negra. Ele a puxou novamente para mais perto e colocou a capa em seu ombro fechando a frente dela com uma certa demora como se seus olhos não quisessem perder de vista a beleza que ela tanto escondia.

- Vá dormir, ninguém a quer doente.

Snape deu as costas e saiu subindo as escadas diretamente para o quarto que ocupava na casa. Hermione permaneceu parada agarrada à capa negra dele. Ela se desviou da poça de água que limpou assim que pegou sua varinha ainda acesa e saiu da cozinha também. Conforme andava ela arrastava a capa no chão devido o tamanho. Era leve, mas quente, tão quentinha que parecia ser seu cobertor e o melhor de tudo, tinha o cheiro dele. Ela gostava daquele cheiro. Aprendera a gostar. Hermione parou de frente para sua porta e olhou para o fundo do corredor, à três portas de distância estava Snape com a mão na maçaneta olhando para ela.

- Não se atrase senhorita – Disse simplesmente e entrou fechando a porta ao passar.

Hermione, sabendo que dentro de quatro horas teria que se encontrar com ele em ST'Mungus abriu a porta de seu quarto e entrou sem fazer barulho para não acordar Gina que dormia tranquilamente em sua cama. Ela se deitou e se enrolou na capa de Snape, aquele calor e o perfume a fizeram dormir rapidamente.

Em seu sonho, ela estava deitada com a cabeça apoiada nas pernas de alguém e mãos passavam pelos seus cabelos.

"Durma minha pequena donzela

Durma

Repouse sua mente no mundo de ilusões

Eu estarei aqui a todo momento

Mesmo se acordar

Eu estarei aqui

Basta me procurar"

- Hermione pelo amor de Mérlin, levanta.

- Gina me deixa dormir.

- Hermione são sete e meia já. Você não tem que ir para o ST'Mungus?

- Droga – Xingou Hermione saltando da cama e correndo para o banheiro sem nem ao menos tirar a capa que ainda aquecia seu corpo – Droga, vou em atrasar.

- Eu sei, por isso estou tentando te acordar a horas.

Hermione voltou do banheiro já com os dentes escovados. Tirou a capa negra e jogou para Gina que a pegou assustada.

A Decisão de Hermione (Snamione)Onde histórias criam vida. Descubra agora