A volta dele

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NOTAS: Pessoal, obrigada pelas visualizações e comentários. 

Aviso que daqui em diante teremos cenas que são consideras meio pesadas. Só para avisar...


Capítulo 15 – A volta dele

A festa de boas vindas durou a noite toda, não no salão principal, mas em todos os salões comunais. Muitos alunos entre eles os primeiranistas estavam em suas camas, mas a maioria que inclusive participaram da  guerra estavam rindo e cantando enquanto tomavam cerveja amanteigada que os sucessores de Fred e Jorge contrabandearam para dentro da escola. Enquanto comemoravam, a gárgula de fênix dava espaço para que o diretor passasse com a sombra negra em seu encalço. Cada passo dele mais pesado que o outro devido a carga elevada carregada com dificuldade nas costas cicatrizadas de lutas e torturas.

Suspirou.

Quantas vezes já dera esse mesmo suspiro em frente aquela porta naquele mesmo lugar. Ao adentrar o recinto percebeu que a sala estava igual como sempre fora, exatamente do mesmo jeito que Dumbledore deixou quando forjou sua própria morte e Snape não alterou quando assumiu o cargo de diretor. Tudo estava exatamente no mesmo lugar. De dentro do armário vinha a luz azul da penseira que tantas vezes pediu emprestada, que uma vez fora oferecida e várias vezes negada. Não podia se dar ao luxo de esvaziar a mente completamente, o que era sua eterna vontade. Parou diante da escrivaninha e viu Dumbledore se sentar em sua cadeira, os olhos azuis atrás dos oclinhos de meia lua eram revestidos de doçura, mas o olhar cansado evidenciava a velhice e o cansaço pelas perdas pela guerra.

E o outro o olhava com olhos negros como carvão escondendo a tristeza e a dor que sentiam. Traziam a verdade que lhe fora revelada recentemente assim como suas vestes guardavam as marcas do castigo pelo caminho que escolhera. Não esperou convite para sentar, Dumbledore o tinha como um filho e o amava de tal forma que lhe dava a liberdade de ao menos ali dentro estar livre de qualquer restrição respeitosa. Depois de tudo que pedira a ele nesses anos todo obrigando-o a ficar ao lado de Voldemort, tudo que poderia fazer agora era dar a ele o respeito e amor que merecia. 

- Você tem uma bela advogada, Severus. – Disse o diretor com um sorriso conhecido no rosto. – Ela se importa com você e muito pelo que percebi.

- Não estou aqui para brincadeiras Alvo, o que vim lhe falar é sério.

- E quem disse que eu estou brincando? A senhorita Granger mostrou grande afeto por você hoje, espero que saiba reconhecer isso nos detalhes mais insignificantes.

- Você e seus joguinhos.

- O único jogo é o que você entrou. Mas realmente deixemos isso para outro momento. O que queria falar comigo?

- Sabe que algum tempo venho lhe falando que as atividades dos comensais são suspeitas. Acontece que descobri há alguns dias atrás o motivo da grande movimentação deles e o porquê de minha marca arder constantemente.

- E o que é?

- Ele voltou.

- Seja bem específico, Severus.

- O Lord das Trevas voltou. - Disse pausadamente não deixando faltar nenhuma letra. - Não sei como, mas voltou.

Um silêncio sepulcral caiu sobre a sala, os diretores nos quadros levaram a mão a boca escondendo o terror daquele noticia. Dumbledore por sua vez não se movera um único milímetro e nem mostrava reação quanto a informação passada.

- Tem certeza? – Perguntou depois de algum tempo em silêncio apenas encarando os olhos negros.

- Absoluta.

A Decisão de Hermione (Snamione)Onde histórias criam vida. Descubra agora