A melhor decisão de todas

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Capítulo 32 – A melhor decisão de todas

Fazia muito tempo que não se sentia tão relaxado daquela forma. Até mesmo se esquecera do que era dormir sem pesadelos. Ele desejava permanecer mais tempo daquele jeito, de olhos fechados, esquecendo de tudo que aconteceu, que esteja acontecendo e que irá acontecer. Nada, era isso que ele queria, ficar no nada. Poder descansar sem pensar e lembrar-se de nada. Mas aquele cheiro de morango o trazia recordações há muito guardadas em sua memória. Ele precisava acordar. Aos poucos abriu os olhos, mas a luz forte o cegou fazendo-o se encolher embaixo dos cobertores.

- Severus?

Era a voz que lhe cantava. O cheiro de morango que lhe inebriava. A pele macia que lhe acariciava. Puxou a mão pequena a fazendo chegar bem perto de seu rosto para somente depois abrir os olhos.

- Oi. - Disse Hermione cujo os olhos já vertiam lágrimas cristalinas. - Como se sente?

- Provavelmente mais intragável do que de costume.

- É bom vê-lo também Alvo. - Disse Snape com dificuldade. - Onde estou?

- No ST'Mungus.

Snape franziu a testa, odiava ficar no ST'Mungus. De todas as vezes que se machucara e precisara de ajuda, apenas uma vez ele foi internado no hospital dos bruxos, quando desmaiou na ala hospitalar e Madame Pomfrey o levara sem seu consentimento. Os medibruxos tiveram que aguentar a cólera de, pelo que eles sabiam, um professor que fora atacado acidentalmente por criaturas da floresta proibida. Snape quis matar Dumbledore por inventar essa história tão ridícula. Desde quando Severus Snape seria atacado por criaturas da floresta? Mas teve que engolir o orgulho, ele não poderia dizer que estava em uma missão com os comensais da morte. Após esse dia, Snape já não pedia ajuda a enfermeira da escola.

- Mas o que aconteceu?

Antes mesmo de terminar a frase flashs da noite fatídica passaram pela cabeça dele como se fossem a propaganda de um filme de terror que permanece em sua mente por muito tempo e qualquer coisa que fale ou veja o lembrasse do filme.

Laine.

Sangue.

Hermione.

Dayra.

Morte.

Seus olhos encararam os de Hermione e pela primeira vez queria que Alvo não existisse, pois o que importava era ela. Ele não deveria estar vivo, então por que não aproveitar o que lhe foi novamente dado?

- Você foi muito corajoso Severus. Enfrentar um homem como Laine da forma trouxa.

- Ele tem razão, Severus. - Disse Hermione após Snape bufar e ignorar o diretor. - Não estaríamos aqui se não fosse por você. Quer dizer, eu quase caí, mas mesmo ferido você me salvou.

Snape não disse nada por um tempo. Ficou apenas sentindo sua perna mexer embaixo das cobertas. Claro que os medibruxos à consertaram no mesmo dia, junto com a hemorragia.

- Como... como cheguei aqui a tempo de...

- De curarem sua hemorragia? - Completou Dumbledore. - Muito simples. Conte a ele senhorita Granger.

Hermione suspirou e acariciou a mão dele mais uma vez antes de olhar em seus olhos.

- Depois que conseguimos estar seguros no telhado eu desci para buscar Dayra. Quando voltei você estava no chão desmaiado. Eu não sabia o que fazer. Me desesperei. Sua perna estava mais do que quebrada e sua cabeça sangrava, tive medo. Dayra estava inconsciente em meus braços e eu senti que não tinha muito tempo.

A Decisão de Hermione (Snamione)Onde histórias criam vida. Descubra agora