Friends (Finalizada.)

Capítulo 48 - O que é amor, para você?

—Lucas?— Chama Laura, ela andou um pouco e se sentou em um dos banquinhos dali, esperando ele aparecer, e alguns segundos depois de espera, ela viu, a pessoa que abriu a porta, e logo se levantou.

—Surpresa, amor?— Fala Jonathan com um sorriso em seus lábios, o que diabos esse cara estava fazendo... —Pela sua cara, deve estar se perguntando, o que eu estaria fazendo aqui, ah Laura, a carta... Não foi Lucas que pôs no seu armário.

Então o desgraçado sorriu, e ela estava com mais ódio do que nunca ali, porquê aquele desgraçado tinha se passado de Lucas... E porquê a tinha chamado de amor?

—Você é nojento, seu louco.— Retruca Laura, parrada onde estava, então começou a andar em direção a porta, onde Jonathan tinha acabado de fechar, e bloquear o caminho.

—Para onde pensa que você vai?— Ele sorri, e a pôs contra a parede, segurando em seu pescoço levemente, mas ela não se mexeu, aquilo não daria certo, teria que arrumar uma forma de sair de lá... E agora.

—Você não entende, Laura? Somos feitos um para o outro, Lucas não te merece, ele é um desgraçado Laura, um mentiroso, ele não te ama de verdade, não como eu amo.

Ele começa a beijar o rosto dela, então Laura tenta empurrar ele, mas só conseguiu que ele apertasse ainda mais o seu pescoço, então ela começou a falar:

—Me solte, seu...

—É bom você soltar ela, Jonathan.— Fala o que parecia ser a voz de Gabriel, o seu irmão estava ali...

Jonathan a vira rapidamente, e põe Laura em sua frente, para onde estava Gab, e ela sente ele colocar algo ao lado da cabeça dela... O que diabos era aqu...

—Se der mais um passo, Gabriel, eu atiro.— Falou Jonathan, e Laura finalmente percebeu o que estava ao lado de sua cabeça, e ela ficou em pânico, mas não se mexeu dali, mesmo sentindo suas pernas começarem a tremer.

—Calma, Jonathan... Vamos conversar.— Pediu Gabriel, que estava com uma expressão espantada no rosto, provavelmente em ver a arma contra a cabeça da irmã, meu Deus... O que Jonathan estava fazendo? 

—Não temos o que conversar, apenas sua irmã e eu, então venha andando em direção a porta devagar.— Retrucou Jonathan, mas Gab não fez. —Quer que eu atire nela? ANDA LOGO, POHA.

Então, devagar, ele começou a andar para a porta, e Jonathan foi indo para o locar onde Gabriel estava, porém de olhos na porta.

—O que diabos está...— Começa Lucas, que acaba de entrar, e vê Laura com a arma na cabeça, e ele fica totalmente paralisado.

—Os dois, fiquem um do lado do outro, e não se mexam.— Ordenou Jonathan, e Lucas fez imediatamente. —Porque você sempre tem que estragar tudo, Lucas? Eu finalmente iria conquistar o coração de Laura, e você sequer ama ela, seu mentiroso.

—Óbvio que eu amo ela, quem não a ama é você, seu doente.— Retruca Lucas.

—Pare de falar seu merdinha.— Ordenou Jonathan, Laura estava morrendo de medo, era ali a sua hora de morrer? Era a sua vez? Terminaria igual ao pai? Morta? —A verdade, é que nenhum de vocês, idiotas, a ama de verdade, Laura é só minha, eu sou a única pessoa que a ama de verdade, vocês não passam de aproveitadores, que querem se aproveitar do meu amor.

Laura ficou com nojo, de cada palavra dita por aquele psicopata, mas, talvez, devesse falar a ele o que ele iria querer ouvir... Então, Laura pensou nessa possibilidade, poderia ser arriscada, mas...

—Você vai se arrepender de estar fazendo isso, seu idiota.— Fala Gabriel.

Lucas não parava de olhar para ela, e então, Laura começou a pensar no que falar, nas palavras que podia usar.

—Cale a boca, quem vai pagar as consequência com seus atos aqui, não vai ser você.

Laura olhou uma última vez para Lucas, tentando passar no seu olhar, o que ela estava prestes a fazer.

—Jonathan.— Começou Laura.

—Pode falar, meu amor.— Respondeu Jonathan, e como Laura sentiu nojo por aquilo, mas teria que fazer.

—Você tem razão— Gabriel e Lucas olharam para ela como um alerta, mas ela viu que os dois entendiam o que estava fazendo. —Tem razão, consigo ver claramente agora, que você, Jonathan, é realmente a única pessoa que me ama, a anos, estive a procura de alguém que realmente me amasse, eu só queria ser amada... E vejo, vejo que você realmente me ama, Jonathan.
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Eloyze estava mais fria do que nunca naquele momento, ainda mais por o idiota do Gabriel, que teve que fazer aquilo, então ela só estava ouvindo, a discussão que estava tendo ali, e já tinha se perguntado mais de mil vezes o que ela faria, ela poderia simplesmente deixá-los ali, e sair por uma janela que havia no canto, mas então ela viu uma oportunidade.

A perfeita oportunidade de se vingar dos Danvers, ia ser a punição apenas de um, mas... Ela faria aquilo, e com todo o prazer do mundo.

Olhou tudo que estava a volta, e viu alguns tacos do time de basebol na parede, ela pegou um deles silenciosamente, e esperou a hora para atacar, não saberia quando seria, mas...

Então já estava ali, a oportunidade, ela espiou um pouco a posição deles, e Jonathan estava bem perto dela, porém totalmente de costas para ela, mas dádiva, todos estavam prestando atenção em Laura, e não olhariam para Eloyze quando ela aparecesse para atacar, só precisava que ele baixasse a guarda.

Laura poderia ser muitas coisas, mas tinha que admitir que ela era inteligente, usar o que ele queria ouvir para afetar ele... Sem dúvidas uma ótima ideia, só precisava que ele abaixasse a guarda...

—E vejo que você realmente me ama, Jonathan— Laura parou, e então Eloyze a ouviu continuar. —E quer saber, Jonathan? Eu também te amo.

Eloyze não podia imaginar como era ter que dizer aquilo, para uma pessoa que sequer ama, mas talvez ela nunca soubesse, não conseguia amar ninguém mesmo, então, vendo Jonathan afrouxar a arma, era a hora dela.

E ela foi, com toda força e precisão que juntou naquele momento pequeno que teve para raciocinar.
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E então Laura penas sentiu o peso caindo atrás de si, e uma grande pancada, os garotos estavam de boca aberta, e quando ela se virou, viu Eloyze, com o taco na mão, ensanguentado na ponta, e com um sorriso estranhamente perverso, por ter feito aquilo? 

Alguém a pegou por trás, e a virou, Laura viu o rosto de Lucas, e o beijou imediatamente, segurando em sua nuca, e não conseguia mais ouvir nada que estava rolando ali, e quando terminou, ela falou:

—Naquela hora hora, eu estava dizendo as últimas para você, não consegui dizê-las mais cedo, mas... Ah, eu te amo tanto, Lucas.

—Eu também te amo, minha querida.

E então mais um beijo, as próximas horas, foram totalmente rápidas, minutos depois chegou uma ambulância, que levou Jonathan para o hospital, e a polícia, que veio saber o que houve.

Mas tudo tinha acontecido tão rápido, ela com certeza não esqueceria aquela noite, talvez ninguém dali esquecesse, mas foi nessa noite, na noite mais desastrosa desse ano, que Laura pensou a respeito sobre todo aquele ano, o ano em que ela realmente soube o que era o amor, não apenas o amor por Lucas, mas amor por si mesma, e pelos amigos. E soube que faria tudo de novo.