Capitulo 9

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Hoje, logo após a aula, Bruno me sequestrou como eu dormi no carro nem sei quanto tempo durou a viajem, e também não perguntei o destino, se ele não me disse deve ser surpresa e eu confio minha vida a esse garoto.

Realmente ele tinha planejado algum tipo de surpresa para mim, me levou ate um daqueles lugares para aventureiro, tinha nos inscrito para escalar, saltar de para quedas e para um passeio pelas corredeiras.

- Meu Deus Bruno, isso é incrível!

-Eu não disse que ia te ajudar? Só estou fazendo meu trabalho!

Dois instrutores super simpáticos nos atenderam e nos encaminharam ate a pista de decolagem. Vieram alguns instrutores e nos amarraram com varias tirar e cordas e coletes, nós tivemos que passar por um treinamento rápido de 15 minutos sobre como funcionaria a dinâmica do salto, haveria uma instrutora presa a mim e outro preso a ele, mas nós não nos veríamos, porque, por questões de segurança, saltos em queda livre exigem uma distancia mínima de 300 metros entre os passageiros.

É claro que eles perguntaram se nós tínhamos algum tipo de problema cardíaco, ou respiratório, e depois de quase 30 minutos, finalmente embarcamos no Seneca, o bimotor que nos levaria as alturas.

Foram uns 10 minutos de voo até alcançarmos a distancia adequada, que era de aproximadamente 3 mil metros.

Passamos pelas nuvens de perto, dava ate vontade de esticar a mão e pegar, como Bruno iria pular primeiro, os instrutores perguntaram se já tinha permissão e como deu “ok”, a porta lateral se abriu, e ele se posicionou na portinha, quase fora do avião...Bruno sentou na beirinha da porta e pulou, enquanto eu estava ali me tremendo de medo

Eu costumava ter pânico de altura quando pequena, mas essa lista é para que eu supere meus medos, então... lá vamos nós.

- Querida, eu vou contar ate 3 e ai agente pula, ok?

Disse a instrutora

- Ok.

Nós também nos posicionamos sentadas na beira do avião, eu olhei pra baixo e vi que estávamos realmente muito alto, e o barulho do motor foi vencido pelo som do vento.

-1,2,3 E ...

A 200 km/h tive a impressão de estar parada, mas em um lugar lindo onde não havia chão, sem tamanho e com um vento maravilhoso soprando meu corpo., de braços abertos experimentei uma sensação d liberdade que nunca havia sentido antes, meus pensamentos voavam junto comigo, caramba isso é muito bom, cadê meu medo de altura?, Meu deus eu não quero por meus pés no chão nunca!

De repente o paraquedas se abriu, e me distraiu de meus pensamentos, o impacto não foi forte nem nada, apenas me deu um leve susto, mas logo voltei a prestar atenção no que meus olhos estavam vendo.

Estávamos na cidade de Brotas, que fica em São Paulo mesmo, lá é conhecido por realizar esse tipo de aventuras radicais, e a imagem lá do alto é sem duvidas exuberante, a cidade ia ficando mais próxima, mais próxima, mais próxima, até que a instrutora ordenou que eu levantasse as pernas e nós duas caímos sentadas no chão. Levantei com um sorriso que ia de orelha a orelha, a adrenalina ainda pulsava no meu corpo, assim que me soltaram eu corri ate Bruno e me joguei em seu colo

-Obrigada, obrigada, obrigada!

Ele me apertava ainda confuso.

Depois a adrenalina deu ligar a tranquilidade e um sentimento de paz como nunca tinha sentido, com certeza aquela vai ficar registrada em mim para sempre.

Então fomos conduzidos ate uma parede de pedras enormes, onde iriamos escalar juntos, mas os instrutores só ficavam no chão segurando nossas cordas...No começo eu fui subindo de vagar, com medo de escorregar, mas vi Bruno indo mais rápido e rindo da tinha cara, percebi que ele queria apostar, então fui mais rápido, mais rápido e cheguei ao fim dos 10 metros primeiro e ilesa, enquanto ele estava cheio de arranhões, nós dois rimos muito.

E por fim fomos até uma cachoeira linda, onde entramos em um barco, tínhamos eu ,Bruno e mais dois instrutores, que foram remando enquanto nós dois so curtíamos o passeio, estava tranquilo até começarem a vir umas curvas, umas ondas, e o barco quase virava, nós nos molhamos muito, e dava pra ver a cara de pânico de Bruno, ele ainda tinha medo de agua, por causa do Saulo, mas se eu estava enfrentando meus medos, ele também tinha que enfrentar os dele.

Saímos de la, tiramos nossos coletes salva-vidas, nos despedimos dos instrutores, que a proposito se chamavam Caíque e Manuela, fomos até o carro que estava no estacionamento e voltamos pra casa depois de um dia de aventuras.

Como de costume eu apaguei depois de uns 15 minutos, e só acordei quando ele me beliscou

-Estamos em casa bela adormecida.

- Ah, vamos, entre comigo.

-Não, eu vou pra casa da minha mãe.

-Hum, ok...Obrigada por hoje, foi incrível.

Ele me deu um beijo daqueles de tirar folego e sorriu “De nada”.

Entrei em meu apartamento.

Era horário de jantar, minha mãe, meu padrasto e minha irmã estavam á mesa, eles nem perguntaram onde eu tinha ido, apenas me chamaram pra comer, e eu estava com muita fome, então devorei aquele prato cheio de lasanha de 4 queijos, e comi 3 pedaços do bolo de chocolate da sobremesa, depois disso dei boa noite a todos e fui para meu quarto, fiquei um tempo parada pensando em tudo que havia vivido, resolvi tomar um banho, por meu pijama e apagar na cama.

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