Surpresas da vida

Capitulo 26

-Chegamos dorminhoca

-Nossa Nick, por quanto tempo eu dormi?

-Você por uma hora e meia, mais ou menos, já o outro dorminhoco ali, esta apagado há umas duas horas.

Bruno dormia na cadeirinha no banco de trás.

Quando parei pra prestar atenção onde estávamos, meu queixo foi ao chão, me deparei com uma casa enorme, era branca, com janelas e portas enormes, vidros, um jardim na frente, luminárias.

-Nós vamos ficar nessa casa?

-Sim, você gostou?

-Ta brincando? Isso aqui parece um cenário de novelas, parece que a qualquer hora vai sair uma atriz bonita, ou quem sabe ate uma princesa.

-Não, na verdade a princesa não vai sair, vai entrar... Minha princesa é você.

-Acho que posso me acostumar ao seu jeito fofo.

Ele riu

-Excelente ponto senhorita Lopes, vamos, vou ajuda-la a se instalar e depois a levarei para um excelente dia na praia.

-Acho que não, estou com fome, vamos comer antes de ir á praia, o que acha?

-Acho que você deixou seu cérebro ainda adormecido meu bem, vamos comer lá no quiosque na praia.

Corei de vergonha, como sou boba.

-Ah claro, prossiga com seu plano estão senhor Ferraz.

-Com prazer.

Ele desceu do carro, deu a volta, abriu a porta para mim, me pegou nos braços e me sentou delicadamente no ultimo degrau da pequena escadaria que levava á entrada da casa, voltou para pegar minha cadeira no porta malas e me pôs sobre ela, depois pegou meu filho, que acordou e começou a chorar de fome e enquanto eu o amamentava, Nick nos levava para dentro daquele palácio glorioso.

Por dentro era ainda mais belo, havia um lustre de cristal enorme, a mesa era de madeira polida branca, parecia um palácio.

Tinha ate um elevador dentro da casa, achei incrível, assim ele não teria que me carregar no colo pra lá e pra cá, eu posso me locomover a vontade, e foi o que eu fiz, fomos ate o andar de cima onde ele me mostrou o quarto onde Bruno e eu dormiríamos.

-Bom, vou deixar vocês a vontade, se precisar de ajuda é só me chamar.

Depois que Nick saiu e fechou a porta, eu abri minha bolça e peguei roupas de banho, coloquei a fralda a prova d’água e a sunguinha do Bruno e depois tive que me virar para por meu próprio biquíni, acho que levei uns 30 minutos só para colocar a parte de baixo, foi difícil mas eu consegui.

-Estão prontos?

Nicolas estava na cozinha encostado no balcão, vestia apenas uma bermuda folgada e estava sem camisa, foi uma visão muito bonita.

-Sim, estamos.

-Bom, então vamos nessa.

O caminho ate a praia foi rápido, ela estava logo a duas quadras, só fomos de carro por minha causa, se eu pudesse andar teríamos ido a pé.

O caminho ate o quiosque onde ficaríamos é que foi mais complicado, é difícil empurrar uma cadeira de rodas na areia, Nick teve q fazer muito esforço.

-Fiquei sabendo que você esta com fome, o que quer comer?

-Huuum, acho que vou querer um pastel de frango com catupiry e uma agua de coco bem gelada.

-Ótima escolha, também vou querer o mesmo.

Quando o atendente saiu, Bruna ainda estava mamando.

-Ele também esta com fome ne?

-Ele mama a cada duas horas, tanto no peito quanto na mamadeira.

-Vai ser um menino muito forte.

-Espero que sim, logo logo ele terá 7 meses, começara a andar, correr, pular e eu não poderei mais acompanha-lo.

-é nessa hora que eu entro em cena.

-Eu nem sei como te agradecer por tudo, sabe? Estamos em maio, você deixou seu serviço e me sequestrou da escola por alguns dias e nos trouxe para esse lugar maravilhoso, você tem sido incrível comigo.

-Eu faço isso porque adoro você, então não precisa me agradecer.

Ele se aproximou e me beijou lentamente, quando íamos aprofundar o beijo nosso pedido chegou.

Bruno estava adormecido nos meus braços quando Nick resolveu que queria nadar, ate ai tudo bem, mas ele simplesmente colocou meu filho deitado na esteira, em baixo do guarda sol, me pegou no colo e correu comigo para a agua, claro que eu gritei, esperneei, me debati, mas não foi suficiente, ele me jogou na agua, que na verdade estava uma delicia.

-Agente podia casar e morar aqui não é?

-Nick, casamento? Nos mal nos conhecemos, e quanto a morar aqui? Acho que ate  seria legal, mas não posso ficar longe da minha mãe.

-Agente trás ela junto.

-Não acho que ela vá querer se mudar.

-Eu sei que estou indo rápido de mais, mas é que você é tão bonita, tenho medo de te perder.

-Só você tem paciência para cuidar de mim e do meu filho.

-Por que tudo o que faço, é com paixão.

E nós nos beijamos novamente, cada beijo era mais intenso, cada abraço mais acolhedor, cada minuto ao lado dele era uma nova descoberta para mim.

Durante nossa estadia ele me levou a tantos lugares, me mostrou tantas coisas, me fez acreditar que mesmo deficiente ainda posso viver uma vida normal e feliz, e pensar em um futuro para meu filho.

No ultimo dia da viajem, ele resolveu que deveríamos passear pela praia, então ele foi me empurrando ate chegarmos a uma parte totalmente deserta, ele parou de repente.

Estava escrito na areai “ Casa comigo?”

Eu li e me virei para ele, que estava de joelhos segurando uma caixinha aberta com um anel.

Nessa hora eu congelei. Não posso aceitar esse pedido, e agora?