Félix nem conseguiu descansar da viagem, a vontade de ir até aquele lago que tinha visto a minutos atrás era muito maior, além do mais também estava morrendo de calor e vontade de tomar um sorvete, sorte que tinha dinheiro na carteira para comprar pelo menos um.
Como o calor ja estava aumentando, agora estava na média de 30 a 32 graus Celsius. Ele resolveu mudar de roupa e colocar uma camiseta polo azul escura com uma bermuda também azul, por fim colocando óculos escuros no bolso, para poder suportar o sol.
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Ele não se lembrava de como ir até lá, mas se recordava de alguns pontos de referência. Então sem nenhum impedimento saiu calmamente de seu quarto, (isso era o que ele pensava), pois quando estava descendo o último degrau da grande escada, ouviu a voz de Gabriel.
- Félix, onde pensa que vai ? - Quando se virou para olha-lo viu que ele não estava sozinho e sim com Adrien e Kagami (que para ele parecia mais bonita a cada segundo).
- Ta quente pra caramba aqui, eu vou num lago aqui perto tomar um sorvete.
- Não interessa se esta quente ou não, você não vai sair de casa. - Gabriel falou um pouco grosso e alto.
Félix levantou a sobrancelha depois de franzir a testa, quem ele pensava que era para proibir ele de sair.
- Baixa o tom ai, eu vou sim e você não pode me impedir.
- Eu posso sim garot...
- Não, não pode. - Ele falou no mesmo tom que o mais velho. - Não sei se você reparou mas eu não sou esse pamonha que faz tudo o que você pede. - Falou apontando para Adrien.
Enquanto aquela pequena briga acontecia, Kagami estava de olhos arregalados para como Félix era diferente de Adrien. O garoto tinha muito mais atitude e era bem mais intenso, isso a deixava muito impressiona, pois nunca contou isso para Adrien, mas achava o mesmo um pouco medroso com relação a seu pai, mas não poderia falar nada pois ela era a mesma coisa com sua mãe.- Eu não vou te obedecer em tudo... você não é o meu pai. - E para fechar a frase em grande estilo pegou os óculos e olhando para Kagami os colocou com grande estilo. A mesma ficou um pouco vermelha pela ação, mas escondeu a fase olhando para o lado. Logo depois o mesmo saiu da mansão sem olhar para trás. Enquanto Félix falava tudo aquilo Gabriel só pensava em uma coisa: ele é a cara da tia.
Enquanto andava por Paris notou uma coisa que o incomodou muito. Fotos de Adrien estava por tudo o lugar, o que o deixava no risco de der confundido com o primo, sorte que os óculos e a roupa diferente o fazia ter um mínimo disfarce em relações as pessoas, uma hora ou outra notava que algumas pessoas o olhavam fixamente, nesses momentos ele escondia o rosto e andava mais rápido.
Até que percebeu que sua testa estava suada e o calor só parecia aumentar, não percebeu que o lago era tão distante assim a pé. Até que viu um tipo de carroçinha no fim de uma ponte. Só poderia ser uma miragem, um devaneio criado por sua cabeça. Decidiu então segui-la e ver se era real ou não.
Muito obrigado meu Deus.
Ela era real e só de chegar perto ja sentia o aroma gelado de vários tipos de sorvetes. Esperou um casal sair e parou na frente do sorveteiro que parecia ser muito gentil, e de fato era.
- Bom dia rapazinho. - André falou com um sorriso no rosto.
- Bom dia moço. - Félix falou ofegante secando a testa.
- Esta tudo bem ?
- Esta sim obrigado, só esta muito quente e eu não sabia como chegar aqui.
- É sua primeira vez em Paris ?
- Na verdade não, é a segunda vez, mas a primeira vez que eu passeio por aqui.
- A então não deve me conhecer. - André estendeu a mão. - Meu nome é André, prazer.
- Isso eu sei, enquando eu vinha pra ca ouvi varias pessoas falando de você e de seus sorvetes. Parecem ser bem famosos. - Por impulso e na máxima inocência ele tirou os óculos e os colocou na cabeça. - Eu sou...
- ADRIEN. - Falou alto o que tirou a atenção de algumas pessoas.
- Shii. - Félix sinalizou para que ele falasse mais baixo. - Eu não sou o Adrien. - Ele falou depois de colocar os óculos novamente.
- Adrien eu te conheço, não precisa mentir pra mim, eu sei como é essa vida de famoso.
- Moço, estou falando sério, eu sei que pode parecer meio estranho mas...- Ele abaixou um pouco os óculos.- ... eu sou o primo dele, é por "incrível obra do destino" somos idênticos. - Ele falou fazendo aspas com os dedos.
- Isso é sério mesmo ? - Ele fez cara de desconfiado.
- Sim, eu juro. - Félix fez um olhar transmitindo toda a confiança possível que conseguia.
- Tudo bem confio em você, rapaz.
- Que bom.- Ele soltou o ar que prendia. - Além do mais... sou Félix.- Por fim se cumprimentaram.
- Desculpa por falar alto que você era ele.
- Ta tudo bem, bom agora se não se importa... - Ele olhou para baixo sinalizando que estava interessado nos sorvetes. - Eu queria experimentar seus sorvetes, posso ?
- Claro que pode.
- Eu acho que hoje eu quero de...
- Antes de pedir o sabor que quer, eu quero que saiba de uma coisa.
- O que?
- Meus sorvetes não são como qualquer outros, eles são mágicos, entende?
- Mágicos ?
- Isso, se me permite.- Félix autorizou sua recomendação. - Eu acho que hoje o seu dia vai ser um pouquinho azul escuro (colocou a maior bola da mesma cor), azul claro(colocou a bola do meio da cor) e um pouquinho rosa ( colocou por fim a última bola).
Félix pegou a taça e experimentou os sabores. - Olha... não sei se são mágicos... mas que são muito bons... são sem dúvidas. - Falou se deliciando. - Quando é ? - Falou colocando a mão no bolso da bermuda.
- É de graça pela sua primeira vez, mas só dessa vez ein.
- Muito obrigado. - Falou dando uma risada. - Bom agora eu vou te deixar trabalhar, até mais.- Ja falou indo embora.
- Até mais rapaz e boa sorte Marinette.- André sussurou a última frase. Ele sabia que os dois iriam se encontar. (Como ele sabia ? Não sei)
