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     Acordei tão feliz que era como se nada pudesse estragar meu dia, a festa havia acabado tarde então eu havia dormido até as onze horas, o sol estava no auge.

   Ah, Deus! Que noite perfeita a de ontem, não?

Abri a janela, dei até bom dia para as flores ( Se alguém me visse provavelmente pensaria que eu havia fugido do hospício), mas eu amava pensar que dar bom dia e cantar para as flores do meu pequeno jardim, faria elas crescerem mais rápido.

   Loucura, não?

   Corri para tomar café da manhã, mas a única pessoa que estava na cozinha era o meu pai, provavelmente pensando no que ia preparar para o almoço já que ele cozinhava no Domingo.

     Assim que me viu, ele lançou um olhar assustado para mim.

_ Bom dia, pai! - Abri a geladeira e peguei meu iogurte favorito.

_ Bom dia! - Disse ele.

_ Onde está todo mundo? - Tomei meu café da manhã improvisado.

_ Sua mãe e Hector saíram.

_ Pra onde?

    Meu pai não me respondeu de imediato.

_ Filha, termina de comer e toma um banho, sua aparência está horrível e eu preciso falar algo importante com você. - Disse ele, mas não havia humor na sua voz.

    Será que ele está sabendo do meu beijo de ontem e agora vai me dar uma bronca?

   Me mantive calada, terminei de comer e corri para o chuveiro. Depois de limpa e vestida, mandei uma mensagem para Rick:

* Bom diaaa! Podemos nos ver hoje à tarde? Temos que conversar sobre o que aconteceu ontem.

   Larguei o celular na cama, nós precisávamos ter uma conversa séria sobre o que faríamos dali pra frente, para começo de conversa não devíamos nem ter nos beijado se éramos só amigos.
   
    Voltei para a cozinha onde o meu pai estava sentado e com os braços cruzados.

_ Senta, Luna. Precisamos conversar! - Disse com a voz grave.

  Me sentei.

_ Olha pai, se for sobre ontem à noite...

_ Henrique sofreu um acidente. - Disparou ele.

   Silêncio.

  Eu estava tentando assimilar o que ele tinha acabado de dizer, então comecei a rir.

_ Pai, isso não tem graça! - Pensei que talvez ele estivesse dizendo aquilo para me assustar porque de alguma forma tinha ficado sabendo da noite anterior.

_ Não é brincadeira, Luna. - Ele não estava rindo.

    Senti um aperto no coração, a ficha começando a cair.

_ Como assim? O que aconteceu?

_ Eu não sei exatamente, mas a mãe dele ligou dizendo que ele estava voltando para casa quando bateu em outro carro.

_ Não pode ser... ele... - Eu estava em choque, queria chorar, mas não saía nenhuma lágrima dos meus olhos. - Eu tenho que ver ele.

   Levantei e corri em direção à porta, mas meu pai me segurou.

_ Calma, sua mãe e Hector estão lá, disseram que ele não acordou ainda.

_ ME SOLTA! - Gritei tentando me soltar dos braços fortes do meu pai.

Dancing On The MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora