O trato-11

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Se antes daquele beijo a probabilidade de conseguir se controlar era mínima, agora desabava de vez, tudo o que eu queria era estar ali com Jordan me deliciando naquele beijo, sentia o corpo todo abrasado e nesse momento Jordan parecia compreender exatamente o anseio que me dominava, ele pousou uma de suas mãos em meu quadril subindo com ela pela lateral do meu corpo o que obrigava a blusa que eu usava a subir por onde sua mão se erguia, permiti que ele retirasse a peça do meu corpo, e ele não demorou para beijar-me o ombro provocando um arrepio em cada poro que tinha, agora ele subia com beijos pela película do meu pescoço retornando a beijar-me os lábios.
Porém, o que aconteceu a seguir quebrou todo o clima, e sei que a culpa é toda minha, mas eu não consegui.
O clima estava quente, entre beijos e carícias, Jordan parecia entender cada clamor silencioso que eu tinha, seus beijos, suas mordidinhas me enlouquecia, mas no momento em que ele levou a mão ao cós de minha calça eu caí em si, do que estava prestes a acontecer, um pavor me sobreveio, não por não ter vontade, mas por não saber o que fazer, e se eu não correspondesse as expectativas dele, e se ele se decepcionasse, eu nunca havia estado tão intimamente com quem quer que seja, nem mulher nem homem, era a primeira vez que chegara tão longe com alguém, talvez tenha sido esse o motivo de tanto assombro, eu o empurrei e ele me olhou questionando-me em silencio:


_ Não... eu .. eu não.

_ O que foi, você não quer Roger?

_ Quero... mas...

_ Mas?

Fiquei em silencio de cabeça baixa, não tinha coragem para encará-lo, ele então ergueu o meu rosto para olhá-lo:

_ Não tenha medo... me fala o que te impede?


_ Eu não estou preparado. Jordan, pode parecer besteira para você... pode parecer que sou ingênuo, mas eu nunca...

_ Nunca... nunca esteve com um homem é isso?

_ Sim, é isso eu nunca estive com um homem, mas também nunca estive com uma mulher assim.

_ Você, não... nunca fez nada com ninguém?

Envergonhado eu balancei a cabeça, mantendo-a baixa, ele então me enlaçou em seu abraço, beijando-me os lábios.

_ Tá tudo bem, não precisa ficar envergonhado, isso não é motivo para ter vergonha, ao contrário, te torna ainda mais especial.

_ Eu te decepcionei.

_ Não... não me decepcionou, nós vamos esperar você está preparado, eu serei paciente até que ganhe confiança, só faremos algo quando estiver totalmente a vontade de fazer.

_ Tem certeza?

Em resposta ele me beijou de forma suave, a leveza do seu toque era uma delicia e eu o apertei naquele abraço.

A partir daquele dia Jordan e eu a oportunidade que tínhamos de ficarmos juntos aproveitávamos cada minuto, os encontros furtivos em seu quarto também era bem excitante, a adrenalina de ter meus pais no quarto ao lado me desafiava mas também me trazia uma gostosa sensação de aventura, contudo não passávamos de beijos e mãos bobas, não avançamos o sinal, Jordan sempre foi muito respeitoso embora eu podia notar muitas vezes a sua saliência em sua excitação. Muitas vezes ele prendia meus pulsos acima das nossas cabeças, tendo o peso de seu corpo sobre o meu, nesses momentos os beijos ficavam mais agressivos, e ele ondulava seu corpo sobre o meu, mordendo-me o lóbulo de minha orelha, eu podia sentir o hálito quente bem rente a minha orelha quando ele sussurrava:

_ Não se preocupe, só vamos até onde você aceitar.

Foi então que ele me lançou um sorriso e um desafio:

_ Vamos fazer um trato?

_ Que trato... ?

_ Me permita te tocar, prometo ir até onde você achar que devo ir, quando falar para parar eu paro, mas vamos ver até onde você aceita ir?

_ Não sei... e se eu te decepcionar mais uma vez?

_ Você não me decepcionou Roger... e é por isso que quero que você aceite ir ao nível seguinte, mas no seu tempo, porém precisamos ver até que nível você aceita ir, para que eu saiba até onde você está preparado.

Ponderei o que ele me pedia e lhe dei permissão, foi então que ele se sentou na cama ao meu lado, introduzindo a mão por dentro da minha camisa, acariciando a pele enquanto não desviava o olhar do meu:

_ Lembre-se só irei até onde você me permitir.

Assenti com a cabeça, ele ergueu a camisa até expor os meus mamilos, mas não retirou a camisa, sua mão foi substituída por sua boca e ele passava a língua por minha barriga subindo até um dos meus mamilos, ele circulava a língua sobre o bico brincando com ele, percebi que o nível de ansiedade era grande e eu respirava com anormalidade, muito calmo ele me disse:


_ Relaxa, eu só vou conhecer melhor a sua sensibilidade, eu sei que você precisa conhecer também o seu próprio corpo para saber até onde está disposto a ir.

_ Relaxar... você está falando em relaxar?

Eu dei uma risada, mas era uma risada de nervoso, Jordan ao contrário não riu, me olhou, ele tinha um brilho diferente no olhar quando intercalou a brincadeira entre um mamilo e outro, senti todo o meu corpo tremer, mas ele não cessou, e foi descendo pelo meu corpo alternando beijos e lambidas até abaixo de meu umbigo, nenhum de nós dois estávamos despidos, mas nunca me senti tão exposto como naquele momento, e para meu espanto eu estava me deleitando com tudo aquilo. Depois ele fixou seu olhar ao meu, e eu o senti desabotoar o botão da minha calça, assim como fizera com a camisa ele não retirou, apenas afastou a aba e beijou-me ali, bem rente a entrada da virilha.


Ele mapeava com a boca e com toques muito sutis aquela área e sem que conseguisse se controlar deixei escapar dos meus lábios algo que poderia ser considerado um gemido reprimido, ele voltou a beijar os meus lábios novamente e demoradamente.

_ Agora me toque Roger, sinta o meu corpo, e permita ver como o seu corpo reage a cada toque.

Ele repousou o corpo sobre a cama, me olhando sem desviar o olhar, era a minha vez de agir, ele mordeu o canto dos seus lábios e eu o beijei, dessa vez um beijo diferente, um beijo que traduzia toda a labaredas que existia em mim, com aquele beijo eu dava a entender que eu queria ir ao próximo nível, que eu estava pronto para avançar. 

O amor acontece devagarOnde histórias criam vida. Descubra agora