A reconciliação-24

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A porta era aberta pela quarta ou quinta vez para que eu pudesse verificar se Jordan aparecia, já passava dás nove e meia da noite e nada de Jordan aparecer, aquilo fugia totalmente dos costumes da nossa casa que normalmente ás seis estávamos todos em casa descansando para no dia seguinte estarmos apto para o trabalho, meu pai já estava pensando em organizar uma equipe de busca, mas consegui fazer com que ele não fizesse, eu tinha ideia de que Jordan queria ficar um tempo sozinho, só não imaginei que fosse tanto tempo.

Minha mãe reclamava mais uma vez:

_ Cansei... eu que não vou ficar esperando esse irresponsável aparecer, se vocês querem bancar os sentinelas tudo bem, eu vou dormir que amanhã eu sou a primeira a me levantar.

_ Vai mulher, vai dormir, eu vou esperar o meu filho aparecer.

_ Pai, vai descansar também, eu sei que amanhã o senhor tem aquela reunião com os fazendeiros da redondeza, precisa estar descansado, eu espero o Jordan.

_ Não, eu vou espera-lo.

_ Não precisa pai, vai descansar, eu ficarei esperando ele, vamos fazer assim, se até ás dez ele não chegar eu mesmo vou atrás dele.

_ Tudo bem, mas não vai sozinho, você me acorda para eu ir com você.

_ Tudo bem pai, boa noite.

Olhei no relógio mais uma vez, haviam se passado dez minutos da última vez que eu olhara, entrei para o quarto para pegar um agasalho e já estava pronto para sair quando a porta do quarto se abriu e fechou em seguida, Jordan se encostava sobre ela, e eu esperava ele tomar alguma atitude, mas ele permanecia parado:

_ Eu pensei... pensei muito.

_ E a que conclusão chegou?

Eu só percebia o quanto estava apreensivo com a resposta que ele me daria quando fiquei a espera dele me responder:

_ Está com raiva de mim não está?

Eu sentia um nó na garganta com todo aquele suspense que ele me submetia, depois de uns longos minutos ele diminuiu a distancia entre nós, me puxando ao seu encontro, mas não me beijou de imediato, nossos olhares fixo um no outro, e lentamente ele beijou o canto dos meus lábios, depois juntou nossos lábios em um beijo rápido separando-os novamente:

_ Me perdoa... eu te amo, te amo muito.

_ Eu também te amo Roger.

Enfim nossos lábios se juntaram em uma entrega intensa, eu o apertava em meu abraço, terminamos o beijo com três selinhos, e ele me surpreendeu com a sua fala:

_ Antes de te arrastar para a cama, eu preciso saber, há algo mais que você esteja me escondendo?

_ Não... quer dizer, tem algo sim... o Napoleão...

_ Foi a dona Brenda também?

_ Eu desconfiei logo que percebi que havia sido apenas o Napoleão, todos os outros estavam normais e só ele estava daquele jeito.

_ Você promete para mim que não vai me esconder mais nada?

Assenti com a cabeça e voltamos a nos beijar, ele foi fazendo eu recuar os meus passos até cairmos sobre a cama, mas eu o impedi:

_ Calma, se não quisermos ser surpreendidos pelo meu pai, é melhor avisar a ele que você chegou.

_ Vamos avisar depois...

_ Não, não podemos, ele foi dormir mas foi preocupado, nem sei como não acordou ao ouvir vozes. Vai para o seu quarto e eu aviso a ele, depois quando ele voltar a dormir, eu apareço por lá, precisamos e merecemos a nossa reconciliação.

_ Reconciliação, mas nós nem chegamos a romper.

_ Você acha que foi fácil essas horas em que esteve longe, eu não sabia o que de fato você estava pensando em fazer, você quase me deixou maluco com o seu sumiço. Não era apenas o meu pai que estava preocupado.

_ Tá certo me desculpe, não haverá uma segunda vez.

Ele novamente me beijou enquanto eu o empurrava, quanto mais cedo meu pai o tivesse notícias, mas tempo teríamos só para nós dois.
Dei três batidas na porta do quarto dos meus pais, e ele rapidamente se levantou:

_ Ele apareceu... o Jordan apareceu?

_ Sim pai, ele apareceu, está no quarto dele agora.

_ Eu vou dar uma olhada nele, vê se está tudo bem.

_ Pai o Jordan tem vinte anos, se o tratar como se ele tivesse cinco anos ele vai se assustar, ele nunca havia saído desde que chegou aqui na fazenda, está acostumado com os horários da cidade, embora esteja já um ano aqui, para ele sair e chegar cedo é novidade.

_ É acho que você tem razão Roger, ele é diferente de nós, você nasceu e cresceu aqui, ele não, mas amanhã eu direi para ele que os horários aqui é diferente do da cidade.

_ Acho que ele vai entender, agora volta a dormir pai, amanhã com calma o senhor conversa com ele.

Demorei cerca de meia hora até ter a certeza de que ele voltou a dormir e apareci no quarto de Jordan que me esperava:

_ Demorou, já estava quase indo te buscar.

_ É mesmo, e o que faria?

_ Bem... começaria roubando seus beijos.

_ Hum é mesmo, engraçado para um ladrão de beijos você está bem pé de chinelo, está roubando nem selinhos.

O olhar malicioso de Jordan me fez ter percepção de que a provocação teria um efeito devastador, ele rapidamente se levantou e em três passos já se achegava a mim, me encostando sobre a parede, pressionando-me entre ela e seu corpo:

_ Eu te amo Roger, te amo, te amo.

_ Eu também te amo.

Jordan auxiliou-me na retirada de minha blusa, e beijou-me os lábios descendo para o meu pescoço, voltando a dominar meus lábios em um beijo mais intenso, depois virou-me fazendo recuar meus passos e empurrou-me sobre a cama, tendo o peso do seu corpo sobre o meu, ainda a beijar-me, a mão dele passeava sobre o meu corpo excitado, depois pouco a pouco explorava com beijos sobre todo o meu peitoral, demorando sobre os mamilos que eram intercalados naquela carícia, parou apenas para retirar a minha calça fazendo-a escorregar por minhas pernas, nós nos embolamos na cama ora ele estava por cima, ora por baixo, porém, ele ainda estava vestido, vestido demais para o meu gosto por essa razão tratei logo de arrancar suas roupas, e ondulava meu corpo ao dele, sentindo toda a sua ereção.
Assim foi o início daquela noite, as preliminares do ato mais puro que nós dois compartilhávamos. 

O amor acontece devagarOnde histórias criam vida. Descubra agora