55- Treat People with kindness

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Nana e Laís, estavam vendo uma série qualquer na TV. Abraçadas e falando sobre os últimos acontecimentos na escola.

Era bom ficar assim. Poder estar juntas sem precisar esconder os carinhos trocados.

Laís avisou a irmã, Tauany, que passaria  a noite fora. Sua irmã caçula parecia ser a única pessoa em sua família, que realmente se importava e se preocupava com ela.

Depois de todo o drama, as duas mal podiam acreditar que o pai de Nana havia aceitado o namoro.

O jantar em família foi agradável, porque todos se esforçam para deixar a garota mais à vontade. Foi até divertido. E Laís sentiu-se acolhida ali, aceita de verdade. Era uma sensação nova e muito boa.

Não querendo abusar da sorte, sugeriu que poderia dormir em  um dos vários quartos de hóspedes. Mas Nana tinha outros planos e foi bastante convincente quando disse que a namorada ia dormir com ela, em seu quarto.

Não era como se fossem transar a noite toda. Não com os pais da garota, dormindo no quarto ao lado. Mas ainda assim, causou aquele momento tenso e constrangedor entre Laís e os pais. Um momento em que ela achou que realmente seria expulsa daquela casa a pontapés.

O pai de Nana não estava feliz com aquilo, mas acabou cedendo. E foi assim, que as duas garotas acabaram na cama de Nana, agarradas uma a outra e falando sobre assuntos aleatórios, como se não tivesse acabado de sair de um pesadelo.

__ Meninas, vocês tem uma visita! – a mãe colocou a cabeça para dentro do quarto, fazendo com  que as duas se soltassem de maneira apressada.

__ Garotos são permitidos aqui? – as duas sorriram ao ver a cabelereira castanha de Liam surgir  - estou atrapalhando alguma coisa?

__ Você nunca atrapalha, Lee! – Nana foi a primeira a abrir os braços para receber o amigo.

Liam não hesitou em se alojar ali e apertar a garota em seus braços. Manteve-a assim, enquanto lutava contra as lágrimas.

Estava chorando tanto nos últimos dias que temia se afogar, caso não fosse um excelente nadador.

Depois de todo o medo que sentiu nos últimos dias, era maravilhoso sentir aquele corpo delicado e quente contra o seu. Foi coisa demais ter que lidar com sua irmã e sua melhor amiga tentando se matar.

Felizmente as duas estavam vivas. Lamentava não poder abraçar Alexia dessa forma, mas, com Nana podia deixar suas defesas cair sem medo.

Nana percebeu o corpo trêmulo  de Liam e a dificuldade que ele parecia ter para larga-la. Beijou seu pescoço e o ouviu fungar. Acariciou suas costas, sentindo-o relaxar um pouco.

E se apertou ainda mais a ele, quando sentiu os braços de Laís em torno dos dois. Os três estavam chorando agora!

__ Nunca mais tente isso novamente, Anna Cristina!! – Liam pediu, junto ao ouvido dela, com voz embargada.

__ Me desculpe...- ela murmurou contra a pele do pescoço de Liam e com os olhos presos a Laís – eu não estava pensando direito. Eu só pensava no meu pai gritando que me mandaria para um colégio interno, e que jamais veria a Laís novamente. Eu preferia morrer...

Laís secou suas lágrimas e beijou os lábios da namorada devagar. Depois depositou um beijo carinhoso na nuca de Liam. Aquilo havia marcado os três para sempre.

Para Liam foi ainda pior, por ter acontecido na mesma noite em que sua irmã também quase morreu e da mesma forma que Nana! Não é fácil esquecer algo assim.

Aos poucos foram se soltando. Caíram os três na cama, tendo Liam entre as duas garotas. Nana foi a primeira a se aconchegar em seu peito, logo sendo imitada por Laís.

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