Capítulo vinte e quatro - Renner

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     Rubí se afasta de mim, como se não quisesse, mas eu sei que ela quer. E sinto também que ela está machucada comigo. Agora estou vendo que ter procurado a Courtney foi o pior erro que eu poderia ter cometido. Na verdade, eu errei a partir do momento em que disse que iria desistir da Rubí. Agora, eu não sei como resolver as coisas.
    Ela quer ficar longe de mim, mas eu não quero. Eu toco nela, sentindo uma vontade diabólica de abraçar seu corpo, de beijar a sua boca e de fugir com ela para bem longe. Tudo que eu quero é esquecer desses últimos dias e ficar com ela. Eu vou fazer de tudo para que ela me perdoe.
     — Eu vou terminar com ela. — Digo. Não deve ser assim tão difícil. Posso fazer isso hoje mesmo. Eu só quero ficar com a pessoa que eu gosto.
     Ela fecha os olhos por alguns segundos. — Isso não muda o fato de que transou com ela, Renner!
    — Foi um erro! Eu peço desculpa. Vamos resolver isso, por favor!
    — Acha que é fácil perdoar uma coisa assim?
    — Eu sou humano. Sou homem tenho necessidades e além disso, você estava namorando com o Marcus. — Digo um pouco irritado.
    — Você realmente mudou, Renner? Porque eu acho que se tivesse mudado, não teria feito uma coisa dessas. — Ela se afasta de mim.
    Seguro a sua mão. — Acho que não vai acreditar em mim. Eu só estava machucado e com raiva. Eu não devia ter feito aquilo.
    — Claro que não.
    — Eu quero você. Por favor!— Dou um abraço nela, para que fique mais calma. Sinto o cheiro do seu cabelo e fecho os olhos. Só de pensar que se eu não fosse um idiota e não tivesse procurado a Courtney, a gente estaria juntos, eu sinto um grande aperto no coração.
    Rubí também me abraça e passa as mãos nas minhas costas. Eu beijo a sua testa e olho para seus olhos verdes grandes. Eu tenho a certeza absoluta que ela é a mulher da minha vida. E sei que podemos resolver isso. A gente sempre se entende. Como agora mesmo, bastou um abraço e tudo já parece bem.
     — Por favor, me perdoa! Eu vou fazer tudo certo dessa vez. Eu prometo! — Acaricio o seu cabelo.
     Ela desvia o olhar. — Eu não sei. — E me solta. — Eu preciso ir embora.
    — Rubí, me perdoa!
    — Você não quis me perdoar por achar que eu tinha transado com o Marcus, porquê eu tenho que fazer isso?
    — Não faça isso!
    — Eu vou para casa.
    — Pelo menos diga que vai pensar, por favor!
    — Eu vou pensar.
    — E deixa que eu te levo. — Ela pensa em recusar, mas eu sou mais rápido. — Prometo que não vou te beijar, só quero te levar para casa. Ao menos isso pode me deixar fazer?
    Ela suspira e entra no carro. Faço o mesmo e entro imediatamente no carro, colocando o cinto e começando a dirigir. Olho para Rubí algumas vezes, me sentindo péssimo por estarmos nessa situação.
    E agora que ela está solteira, eu vou terminar com Courtney também. Afinal, nosso namoro não faz qualquer sentido e não tenho sentimentos nenhuns por ela. Sei que foi errado fazer isso, mas também não está certo ficar com alguém que eu não amo, estaria fazendo o que eu disse para Harris não fazer.
     — Eu posso fazer uma pergunta? — Sinto o olhar de Rubí em mim.
    — Claro, cerejinha!
    — Você gostou?
    — Rubí...
    — Se sentiu bem? Ela tocou em você?  O que você disse para ela? O que ela disse para você? Vocês ficaram abraçados depois?
    — Não faça isso, por favor!
    — Diga! Eu quero saber.
    Suspiro. — Eu não quero dizer. Já disse que não significou nada.
    — Então, você não gostou?
    — Chega! Eu errei, mas não precisa me torturar desse jeito, Rubí! Eu lamento muito se eu te machuquei. — Paro o carro. — Não me pergunte essas coisas.
    — Então, eu vou tomar como um sim a todas as minhas perguntas.
    — Você quer saber para me torturar ou para se torturar?
    — Eu apenas tenho curiosidade. E quero que seja sincero comigo. — Ela cruza os braços irritada.
    — Está bem. Se você quer tanto saber, sim. Eu gostei porque é sexo. E sexo é bom. — Desvio o olhar. — Mas depois eu me senti péssimo, principalmente porque eu tinha sonhado com você e quando acordei era outra mulher na minha cama. Eu não disse nada para ela. Não é o que está pensando.
    Olho para ela, mas ela não olha para mim. — Você se protegeu?
    — Claro que sim. O que pensa que eu sou? — Eu me altero. Não acredito que estamos mesmo fazendo isso.
    — Pelo menos, ela sabe o que é ter você. — Rubí tira a pulseira que eu tinha dado para ela, coloca no assento e desce do carro. Porquê ela tem de fazer esse jogo tão cansativo comigo?
   Pego na pulseira e vou atrás dela correndo e seguro o seu braço. Vejo lágrimas no seu rosto e isso me quebra. Porquê é tão difícil a gente ter o que tanto quer? Eu não queria ter machucado ela desse jeito.
    — Oiça, cerejinha, ela pode saber o que é transar comigo, mas acredita que não sabe o que é me ter.
    — ELA É SUA NAMORADA! — Ela grita.
    — Mas eu sou apaixonado por você. Só você, cerejinha. Olha para mim! — Coloco as mãos em cada lado do seu rosto. — Não importa o que eu tive com ela, não importa nada que aconteceu. Eu sou todo seu e prometo que não vou mais fazer nada para te machucar, meu amor.
    — Renner...
    — Você é tudo que eu quero. Eu penso em você sempre que eu estou com ela. Eu sou seu, pode acreditar. Você é a única que me tem. Diga o que você quer que eu faça!
    Eu só quero que ela veja que estou sendo sincero, e faço qualquer coisa para ficar com ela.
    Ela soluça. — Eu... eu quero que você termine com ela e nunca mais a veja. — Ela olha para baixo.
    Isso me deixa aliviado. — Claro que sim. Eu vou fazer isso. — Limpo as suas lágrimas. — Prometo que dá próxima vez que a gente se encontrar, eu vou correr para os seus braços e vou pedir para ser a minha namorada.
    — Vai? — Olha para mim com seus olhos grandes esverdeados brilhando.
     — Eu vou, meu amor!
     Dou um beijo na sua bochecha e coloco a pulseira no seu pulso. — Agora vamos para casa. Tenho a certeza que você precisa descansar.
    — E para onde você vai? — Pergunta.
    — Eu também vou para casa, cerejinha. — Coloco uma mecha de cabelo atrás da sua orelha e passo a mão no seu rosto.
    — Está bem. — Ela cora, me fazendo sorrir.
    Levo Rubí até o carro e abro a porta para ela, que agora está mais calma. Eu também não sei como consegui, mas parece que ela me perdoou. E agora que tenho o perdão dela, eu vou fazer o que ela me pediu.
    Começo a dirigir e seguro a mão de Rubí, que parece pensativa. Mas como eu já tinha dito antes, a gente vai superar tudo isso. Eu sei que sim porque eu não vou deixar que nada estrague os meus planos.

Rubí - Pedras Preciosas Onde histórias criam vida. Descubra agora