Capítulo trinta - Renner

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    Vejo um filme com Rubí nos meus braços e não consigo parar de beijá-la. Estou cuidando dela apesar de considerar que tudo o que aconteceu não foi nada. Para mim isso é um assunto muito sério e muito grave que precisa de muita investigação. Quem fez isso com ele precisa pagar. Eu ainda estou lembrando do episódio no hospital e de quando vi ela deitada naquela cama. Felizmente, ja passou e agora estamos comendo todos os biscoitos e ficamos apreciando a companhia e o toque um do outro. Gostaria de ficar por mais tempo, mas tenho que ir para casa. Eu levanto e calço meus sapatos, mas Rubí segura os meus braços.
    — Por favor, fica só mais um pouco! — Ela faz beicinho.
   Eu dou um beijo rápido nela e pego na minha carteira e celular. — Eu não posso, cerejinha. Você não imagina a vontade que eu tenho de ficar aqui abraçado a você, mas preciso ir para casa.
    Rubí desce da cama e me abraça. — Está bem.
    Eu quero muito dizer o que eu sinto, dizer que também a amo, mas não é assim tão simples. Eu acho que é muito cedo para dizer isso e não sei como dizer. Parece ser fácil, mas não é. E também não quero que ela pense que eu não sinto o mesmo.
    — Eu ligo para você. — Beijo o seu pescoço.
    — Eu vou aguardar a sua ligação. — Ela segura a minha mão e me leva para fora do seu quarto.
    Jade e Safira estão na sala comendo os biscoitos que eu fiz. Eu acho que descobri um dom que eu não sabia que tinha. Não pode ser possível que eu faça coisas tão deliciosas e eu realmente gosto de fazer.
    — Eu já vou para casa, meninas! — Sorrio para elas.
    — Mulheres! — Jade corrige com a boca cheia.
    — Obrigada por ter cuidado da nossa bebê. — Safira sorri. — E seus biscoitos estão deliciosos.
    — Então, adeus!
    — Tchau! — Ambas acenam para mim sorrindo.
    Rubí me acompanha fora de casa e fecha a porta. Caminhamos de mãos dadas até o meu carro. Eu não consigo parar de sorrir. É ótima a sensação de namorar alguém que você ama e que sente o mesmo por você. Eu diria que é uma coisa incrível.
    Abraço a minha namorada e sussurro no seu ouvido. — Na sexta será o meu aniversário. Você quer jantar na casa dos meus pais?
    — O quê?
    — Por favor! É o meu aniversário. Eu quero estar com a minha família e com a minha namorada. — Beijo seu nariz.
    Ela sorri e olha para as nossas mãos entrelaçadas. — Eu aceito. Espero que não seja um problema para a senhora Bella...
    — Claro que não. Eu conheço a minha mãe, ela vai adorar ter você lá.
    — Espero que sim.
    — Ouve, sobre amanhã... — Mordo o meu lábio. — ... eu quero que...
    — Que? — Ela sorri olhando para mim.
    — Eu estava pensando em uma noite especial só nós dois.
    — Eu entendo. A gente vai colocar a cereja no topo do bolo.
    Não consigo evitar uma gargalhada. Eu tenho a melhor namorada do mundo. — Rubí! — Paro de rir. —  Eu quero fazer amor com você.
    — E eu quero tentar, mas e se mesmo assim não for bom para mim?
    Minhas mãos tocam seus braços lentamente. — Vai ser bom. Pode confiar em mim. — Sussurro. — Você vai adorar.
    Ela se afasta. — Está bem, mas eu vou pensar. Amanhã eu dou uma resposta.
    — Se não quiser, está tudo bem para mim. Um passo de cada vez.
    — Obrigada por ser tão compreensível. — Ela beija o meu rosto. — Depois falamos. Você precisa ir, lembra?
    Eu agarro o seu corpo e levanto ela, para que esteja da mesma altura que eu. — Mas não vou sem um beijo de despedida. — E mais uma vez nos beijamos. Nos beijamos sem medo de nada, porque dessa vez, estamos realmente juntos, dessa vez não há que nos impeça.
    Rubí me segura com força para não escorregar dos meus braços, me deixando louco com a sua boca faminta, me tirando desse lugar para um bem melhor. Seus lábios doces que nem cerejas, viciantes, gostosos, macios, eu poderia beijar a sua boca a noite toda. Eu poderia me dar para ela. A isso se chama estar apaixonado. Eu quero ser tudo o que ela precisa e que cada dia que passa, seu amor cresça cada vez mais.
    Coloco Rubí no chão, com a vibração do meu celular e beijo a sua testa. — Preciso ir, meu amor!
    — Eu sei.
    Entro no carro e espero ela entrar de novo em casa para eu poder dirigir e sair daqui. Ligo os motores e vou até a estrada. Também o sorriso não sai do meu rosto, meu coração está dançando e tenho vontade de gritar. Um grito de felicidade, obviamente. Estou tão apaixonado assim?
    A ligação me tira dos meus devaneios e também da minha felicidade. É impressão minha ou os irmãos Zoltan são muito irritantes?
    — O que você quer, Courtney?
    — Eu só queria pedir desculpa pelo que fiz naquele dia. Não devia ter agido daquele jeito. — Parece que eu não ouvi bem.
    — Não faz mal. Eu perdoo.
    — Obrigada. Também entendo que não tenha resultado. Espero que seja muito feliz.
    — Desejo o mesmo a você.
    — Então, adeus! Nos vemos por aí?
    — Talvez! — Desligo.
    É impressão minha ou foi fácil demais? Mas temos que parar de ver o pior em tudo. Pode ser que ela esteja sendo sincera, nunca se sabe. Mas o importante agora é que estou com a Rubí. Não quero ninguém atrapalhando. Eu só quero ter paz.

Rubí - Pedras Preciosas Onde histórias criam vida. Descubra agora