Capítulo doze - Renner

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      O sorriso de Rubí, também me faz sorrir. Conversar sobre sexo não está ajudando, principalmente agora que eu sei que não é uma coisa boa para ela. Mas o que fizeram com ela? É tão injusto. Se eu podesse fazer ela mudar de ideias, eu ganharia o dia.
    Também estou pensando no motivo para Marcus ter deixado Rubí sozinha. Se eu tivesse ido embora? E eu quase fiz isso depois de ver eles dois juntos. Mas desisti. E ainda bem que fiz isso. Eu quero saber se ele cuida bem dela porque meu coração não está aguentando tudo isso. Eu queria estar no lugar dele. Eu quero!
     — O que você mais gosta de fazer? Além de sexo, claro. — Ela sorri. Deve estar brincando comigo.
     — Já percebi que tem uma ideia horrível de mim. Estou completamente manchado para você. — Suspiro. — Eu gosto de jogar vídeo game tanto quanto adoro filmes. Também gosto de nadar, esportes, essas coisas.
     — Isso é sério?
     — Para você, meu cadastro está bem podre, não é?
     — Está sim. Precisa ter cuidado com a Courtney.
     — Porquê? Tenho a certeza que ela sabe onde está se metendo.
     — Você está admitindo, então?
     — Não, Rubí. Porquê você não acredita em mim? — Eu só tenho olhos para você, agora. Queria poder dizer isso.
     — É difícil. Eu vi você em ação uma vez. Na festa da Tales Tec na mansão. Foi o que...
     Sorrio. — Foi o que...?
     — Não importa.
     — Gostaria de ter conhecido você naquele momento.
     — Porquê? Teria me ensinado o quanto sexo é incrível? — Ela olha para mim.
     Não sei se está falando sério ou não, mas eu tenho a certeza que é isso que eu quero fazer. Com sorte, Marcus termina com ela ou o contrário, e eu fico com ela. Mas eu gostaria de ter conhecido ela antes porque eu acho que estaríamos juntos hoje. Não teria ninguém no meu caminho.
    Mas quanto ao sexo. Eu iria adorar mostrar para ela. — Você não quer que eu responda essa pergunta.
     — Está bem. Você é muito chato, sabia?
    — Quer dançar? — Pergunto.
    — Eu não sei dançar. É melhor não.
    — Eu te ensino. Não é difícil.
    — Isso é porque você aprendeu quando era uma criança.
    — Você está com medo?
    — Não. Eu quero ir para casa. — Ela levanta. — Não acredito que Marcus fez isso comigo.
    — Você deve ter deixado ele muito irritado. — Estou tentando arrancar mais dela.
    — Isso não importa. Vamos embora. Tenho a certeza que Debby e Zack já não estão aqui.
    Levanto também e dou a minha jaqueta de couro para ela, tendo uma oportunidade para tocar seu corpo. Toco seus braços e seu cabelo, resistindo à vontade de beijar seus lábios cereja e levar ela para casa para mostrar que sexo é incrível. Estou extremamente fodido.
    — Também acho. — Mesmo que eles estivessem aqui, eu não me importo porque quero ficar sozinho com a Rubí.
    Seguro a sua mão e saímos do bar. Sinto o olhar de Rubí em mim, mas eu não quero olhar para ela. Eu sou capaz de beijar sua boca e não parar mais.
    Entramos no carro e ligo os motores. — A noite de hoje foi estranha.
    — Você tinha dito que foi maravilhosa. — Ela olha para mim.
    — A única parte boa foi passar ao seu lado. — Olho para a estrada.
    — Você também parecia feliz quando estava com a Courtney. Ela é uma boa pessoa. — Ela cruza os braços, parecendo distraída. Ela está com ciúmes?
    — Você quer que eu fique com ela, é isso? — Quero rir.
    — Eu não quis dizer isso.
    — Então, o que você queria dizer? Que eu não devia ficar com ela?
    Ela suspira. — Podemos não falar sobre a Courtney?
    — Então quer falar sobre o Marcus? — Olho para ela.
    — Eu não quero falar sobre o Marcus também.
    Sorrio com isso. Eu quero que ela fique comigo. Sei que é errado o que estou fazendo, mas não estou me importando muito. Agora que eu sei mais sobre ela, acho que a quero ainda mais.
    — Você alguma vez já namorou de verdade? — Rubí pergunta.
    — Uma vez. Não correu bem, mas eu acho que vou tentar de novo.
    — Com a Courtney?
    — Qual é o problema com a Courtney? Ela é bonita, inteligente, divertida e é solteira. — Digo.
    — Problema nenhum.
    — Você parece brava comigo. — Olho para ela por um segundo.
     — Porquê você acha isso? Eu tenho motivos para estar brava, mas não com você. Com o Marcus.
    — O que ele fez realmente foi cruel. Eu nunca deixaria a minha namorada sozinha, mesmo que estivesse puto com ela.
    — Não piora as coisas. Talvez ele tenha razão.
    — Eu não sei porquê brigaram então, eu não posso ajudar.
    — Claro que você não pode. É um assunto particular.
    Gostaria de saber o que fez com que eles brigassem. O que será que Marcus disse para ela? Será que ele quer algo que ela não quer? Será que Marcus quer transar, mas Rubí não quer porque não é bom para ela? Essa é a única conclusão que eu consigo chegar.  A que faz mais sentido também.
    — Ele sabe do seu problema? O seu problema com sexo? — Pergunto.
    — Ele sabe.
    — Então, ele não está fazendo bem as coisas com você. Apenas isso.
    Espero a sua resposta, mas ela não diz nada. Imediatamente, fico preocupado que ela esteja brava comigo agora. Acho que toquei no seu assunto delicado quando não devia.
    — Desculpa!
    — Não faz mal.
    Mas mesmo assim, ela fica o caminho todo sem dizer mais nada. Com certeza, eu disse alguma coisa que ela não gostou. Eu não quero que ela se afaste de mim. Eu pensei que estava tudo bem em falar sobre isso. Acho que estou sendo um pouco egoísta. Tenho que considerar seus sentimentos também.

Rubí - Pedras Preciosas Onde histórias criam vida. Descubra agora