Capítulo dez - Renner

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     Rubí olha para mim e começa a rir bastante, sei que não é da cerveja porque ela só bebeu uma, mas está adorável. Eu me aproximo mais um pouco para sentir seu cheiro tentador. Seus olhos estão brilhando e seus dentes de coelho me fazem ficar ainda mais encantado. Porquê ela tinha que ser tão linda?
    Ela apoia o rosto na sua mão agora, sem desviar o olhar. Admito que isso está me atingindo. Está me atingindo bastante, na verdade. É normal eu me sentir assim perto dela?
    — Porquê você está rindo?
    — Estou rindo de você!
    — Tenho cara de palhaço? — Sorrio também.
    — Não! Você só se comporta de um jeito suspeito.
    — Como?
    Ela sorri mais ainda. — Você sabe o que eu quis dizer.
    Olho para seus lábios vermelhos tentadores, que eu quero muito beijar nesse momento. Eu não quero um simples selinho, eu quero muito mais. Quero sentir muito mais. Estou me segurando bastante para não atacar essa boquinha.
    — Eu acho que sei.
    — Você tem sido um bom amigo. Muito obrigada. Principalmente por me ajudar com o meu pai. — Olha para suas mãos.
    — Não precisa agradecer. Você sabe que eu não me importo em ajudar. Sempre que precisar de alguma coisa, pode falar comigo está bem?
    Ela me encara. — Obrigada! — E levanta para me abraçar. Eu também levanto para sentir melhor o seu abraço.
    Eu quero isso. Na verdade, eu quero mais do que isso. Queria ser o único a receber um abraço desses e que ele durasse para sempre. Queria dormir do seu lado, com ela nos meus braços e conversando a noite toda.
    Sinto algo estranho quando ela se afasta. — Você está bem? — Pergunta.
    — Eu estou sim. — Beijo a sua testa.
    — Ainda bem! Eu adorei o seu clube. É uma pena que não voltarei aqui.
    — Eu vou ver o que posso fazer, cerejinha. Talvez eu faça um cartão para você.
    — Não precisa fazer isso por mim.
    — Tem a certeza? Eu sou o dono! — Me aproximo mais dela. Se ela não fosse baixa, estaríamos tocando nossos narizes ou nos beijando.
    — Tenho a certeza. — Ela sorri e volta a sentar.
    Eu faço o mesmo. E parece que a cada segundo que passa, eu fico com mais vontade de ficar com ela. Rubí é tão especial e perfeita. Isso até causa dor no meu coração.

    Depois do bar e da minha tentativa falhada de beijar Rubí, decidimos ir para casa, porque Rubí insistiu. Eu queria que a gente ficasse mais um pouco e apreciasse o jacuzzi, mas ela não quis. Antes de ir, ela leva algumas coisas como chocolates porque teve a informação de que lá tem chocolates deliciosos.
    Deixo Zack e Debby em casa primeiro para poder ficar sozinho com Rubí. É claro que eu não vou fazer o que fiz naquele dia, quando beijei ela. Eu não quero estragar tudo agora que cheguei tão longe.
    Ela tenta não olhar para mim. Eu tenho vontade de beijar ela, abraçá-la, eu quero fazer muita coisa, mas tudo a seu tempo. Eu tenho que ter paciência e esperar que ela venha até mim. Estou quase certo de que ela gosta mesmo de mim.
    — Você disse que tinha um presente para mim. — Ela sorri.
    — Tenho sim. Espero que você goste.
    — Eu quero ver.
    — Diga as palavras mágicas! — Tiro o presente do banco de trás.
    — Por favor! — Ela faz beicinho e fica muito adorável.
    Entrego o presente para ela e sorri ao ver uma pulseira dourada. Eu quis fazer o que Peter fez, mas não queria parecer muito exagerado. Espero que ela goste.
    — Renner! — Olha para mim. — É muito linda.
    — Ainda bem que gostou. Eu tenho mais um presente.
    — Eu não posso ficar com a pulseira. Marcus não iria gostar que eu...
    — Ele não precisa saber que eu dei. Pode dizer que é um presente do Peter ou da Esmeralda.
    — Você está falando sério? Eu sinto que estou fazendo muita coisa errada, Renner. A gente nem devia estar aqui.
    — Eu não fiz nada errado. Eu não beijei você, só queria que comemorasse o sucesso da sua palestra e dei um presente. É normal um amigo fazer isso.
    Ela suspira. — Eu não sei.
    — Está bem. — Entrego para ela também os livros da Martha Stewart. — Fique com todos eles. Se achar que deve devolver, devolve, mas não hoje.
    — Está bem. Muito obrigada.
    — Não precisa agradecer, cerejinha! — Sorrio.
    Ficamos nos olhando no carro. Eu não estou impedindo ela de descer, não estou trancando a porta. Ela está aqui porque quer. Eu sabia que sentia alguma coisa por mim. Agora o que eu tenho que fazer quanto a isso?
    Rubí volta para a vida real e desce do carro. Vejo o carro do Peter sendo estacionado na frente do meu, e Esmeralda descendo. Gostaria que Rubí me convidasse para entrar, mas acho que seria demais. É melhor eu voltar para casa.
    Suspiro e fico vendo ela conversando com Esmeralda, admirando o quanto ela é linda. Porquê eu não tive essa oportunidade quando Marcus ainda não estava com ela? Seria bem mais fácil.
    Agora eu entendo o que Peter quis dizer, mas eu não sei se estou realmente apaixonado. Quer dizer, não nos conhecemos a tanto tempo assim e ela é muito atraente, pode ser só atração e não amor.
    Decido ir embora antes que alguém me convide para entrar. Preciso ir para casa e descansar um pouco.

Rubí - Pedras Preciosas Onde histórias criam vida. Descubra agora