Rubí - Pedras Preciosas

Capítulo vinte e cinco - Rubí

    Sorrio lendo umas cinquenta vezes o nome carinhoso que Renner me chamou. Ele me chamou de amor e isso faz o meu coração explodir de alegria. Tudo bem que não vamos ficar juntos tão cedo, mas já estamos indo bem. Eu posso esperar, estou mesmo esquecendo tudo o que aconteceu.
    Olho para Esmeralda, deitada na cama sorrindo para o celular. Eu deito na sua cama também e beijo o seu rosto. Ela guarda o celular como se estivesse escondendo alguma coisa.
    — O que você está escondendo? Eu sei que está conversando com o seu namorado gostoso!
    — Pára!
    — Vocês estão falando de coisas depravadas? — Rio.
    — Rubí! Porquê você não arranja algo melhor para fazer? — Ela me empurra.
    — Eu já não tenho namorado, então não posso fazer nada.
    — E como estão as coisas com o Dom Juan? — Pergunta.
    — Ele me pediu desculpas e ficou tudo bem. Só tenho medo que alguma coisa dê errado. — Suspiro. — Eu tenho saudades dele. Eu quero tanto que a gente fique juntos.
    — Eu sei disso. E vai dar tudo certo. — Ela sorri calorosamente.
    Recebo uma ligação. Meu celular está na minha cama, então levanto para atender. Atendo Marcus por pena pelo que aconteceu com a sua avó, não porque quero falar com ele.
    — Alô! — Olho para Esmeralda que está entrando no banheiro.
    — Estou com saudades de você, babe!
    — Marcus, por favor, pára de me chamar assim. A gente terminou.
    — Você é que quer acreditar nisso.
    — Eu soube da sua avó. Meus pêsames!
    — Porquê? Eu e Courtney não gostávamos dela. Ela era a avó egoísta, rica que nunca nos conheceu, nunca quis saber de nós. Porquê eu iria derramar lágrimas por ela? Courtney a odeia!
    Então, a idiota está usando o Renner.
    — Você ligou apenas para me atormentar?
    — Não. Claro que não. Eu só quero que perceba que eu te amo. A gente devia jantar juntos. Você pode escolher o lugar.
    — O que eu faço para você me deixar em paz? Acabou, Marcus. Eu não te amo! Não sou mais a sua namorada.
    — E eu sou a rainha da Inglaterra, meu amor!
    — O quê? Pára com isso.
    — A gente é perfeito um para o outro. Não esqueça, babe. Eu vou levar você ao altar e vamos ter nossos bebês. Seremos a família perfeita. Renner nunca vai tirar você de mim. Sabe porquê? Porque você é minha! MINHA! 
    Desligo antes que ele diga mais alguma coisa. Isso só pode ser um pesadelo. Porquê os ex-namorados que vêem atrás da gente são sempre os que tentamos nos livrar?
    Sento na cama e suspiro, pensando se devo ligar para Renner. Eu não quero incomodar ele com esse assunto. Tenho a certeza que daqui a pouco Marcus vai esquecer tudo isso e vai estar correndo atrás de outra mulher. Quer dizer, ele é homem!

    No sábado, decidimos passar o dia em família. Minha mãe pediu uma folga na mansão Tales para passar o dia com a gente. E claro que tem algumas regras. Não falar sobre homens, principalmente porque Esmeralda é a única que tem a vida amorosa saudável. Ou seja, a única que namora e beija na boca. Quer dizer, a única que namora porque Renner e eu nos beijamos algumas vezes.
    Céus! Eu tenho saudades dele.
    Sorrio ao imaginar o que ele vai fazer no dia em que me pedir em namoro. Não sei se Renner é romântico, mas ele é muito fofo. E meu coração implora para ter ele.
    — Não é suposto a gente esquecer os homens hoje? — Jade pergunta, colocando panquecas no meu prato.
    — Ninguém está falando sobre eles. — Esmeralda está sorrindo no celular.
    — Esme! — Safira recebe o seu celular. — É um dia só de mulheres.
    — Eu sei.
    Sorrio. — Eu tenho um presente para a senhora, mãe!
    — O que é? — Ela sorri.
    — Eu consegui um emprego. — Aplaudo.
    — Isso é maravilhoso, meu amor! — Ela aperta a minha mão.
    — É sim. — Jade sorri e senta no seu lugar.
    — Antes de começarmos com a regra de não falar de homens... — Mamãe olha para Safira. — Filha, não pense muito no Henry. Você ainda é jovem, com certeza vai encontrar alguém.
    — É difícil, mãe. A gente já tinha uma vida inteira planejada. Bem, eu tinha. Eu ia me casar com o homem da minha vida.
    — Mas ele não pára de ligar para você. — Esmeralda diz. — Talvez tenha mudado.