Capítulo trinta e dois - Renner

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     A chuva me faz acordar, então levanto da cama e fico na janela observando ela cair, deixando as estradas molhadas, as árvores hidratadas, molhando a minha janela e tornando o clima ainda mais fresco. São apenas quatro da manhã e o ambiente está fantástico. E o melhor de tudo, é que estou com Rubí.
    Toco no vidro, observando a água escorregando, porque estou sem sono e não tenho mais nada para fazer. Sinto uma coisa dentro de mim. Como quando sente que falta alguma coisa e depois esse vazio é preenchido. É uma boa sensação. Pela primeira vez, estou levando sério um relacionamento. Com Elizabeth e com Courtney não conta porque eu não via aquilo como um relacionamento de verdade. Com Rubí é diferente porque estou disposto a lutar todos os dias.
    Rubí levanta da cama também e me abraça por trás, me fazendo virar para encarar ela. Beijo a sua pequena mão e sorrio para ela. Tenho a certeza que nunca fiquei com alguém tão linda quanto ela.
    Seus cabelos ruivos estão despenteados, mas eu adorei vê-la assim. Está tão sexy, que provavelmente se eu dissesse isso para ela, não acreditaria. Brinco com suas mãos na minha e dou um beijo rápido nos seus lábios.
    — Também está sem sono?
    — Você saiu e a cama ficou tão fria!
    Toco seu rosto agora. — Eu vou aquecer você. — Sussurro.
    — Então, faça isso!
    Sorrio. — Faço o que você quiser!
    Ela me abraça e envolvo meus braços nela, tentando distribuir calor. — Assim está ótimo. Muito bom.
    — Você não imagina como eu ficava puto por dentro quando via Marcus abraçando você desse jeito, cerejinha.
     — Eu notava. Tenho a certeza que notava também que eu não gostava quando Courtney chegava perto de você.
    Rio. — O quão ciumenta você é?
    — Você não vai querer saber!
    — Eu consigo sempre me segurar, então sou um ciumento moderado. E ajuda bastante saber que está apaixonada por mim.
   Ela me abraça mais apertado. — Não ajuda se eu lutar com alguém por você?
    — Lutar não faz o seu tipo. — Rio e beijo a sua testa.
    — Tem a certeza? — Ela tenta colocar meu braço atrás das costas, mas falta completamente, me fazendo rir.
    — Você pode lutar com a Courtney, não comigo. Eu sou mais forte. — Acaricio sua mão.
    — Eu sei. — Ela fecha os olhos. — Pode me aquecer?
    Nossas bocas não resistem ao encontro uma da outra, tentando aquecer cada uma, saboreando, fazendo o calor se instalar entre nós rapidamente. Rubí tem lábios deliciosamente beijáveis, que me fazem ficar perdido quer quando olho para eles, quer quando toco neles, quando sinto eles. E quando nos conectamos desse jeito, eu sinto ela. Sinto Rubí se entregando para mim.
    Minhas mãos descem para suas pernas e sobem lentamente, encontrando a camiseta. Essa é a minha forma de pedir permissão. Rubí se afasta de mim e tira ela do seu corpo e joga para longe. Eu fico olhando para sua lingerie vermelha muito sexy, apreciando seus peitos pequenos, sua barriga e suas pernas. Aproximo ela até mim novamente e voltamos a nos beijar.
    Rubí está me tocando também, me tornando vulnerável a cada toque. Puxo o seu cabelo para trás para beijá-la com mais desespero como se fosse possível engolir ela inteira. E ela continua se entregando para mim, confiando em mim. Eu quero que seja bom para ela, que sinta prazer, que fique com um belo sorriso no rosto quando chegar lá. E que seja verdadeiro.
     — Você confia em mim? — Pergunto.
    Ela responde voltando a me beijar. Eu a levanto para poder colocar as pernas em mim e voltamos para a cama. Eu sento e deixo ela por cima de mim, me beijando, mas me afasto para fazer uma coisa muito importante. Deixo ela deitada na cama e tiro algumas camisinhas do criado-mudo.
     Fico por cima dela e nos beijamos de novo, mas dessa vez, sem a intenção de nos afastarmos tão cedo. Rubí confia em mim. Ela faz exatamente o que eu digo, porque sabe que não pode fingir que eu irei notar. Eu sou muito bom nisso e já o faço há um bom tempo, por isso, ela não pode me enganar.
    O toque do nosso corpo, trazendo mais calor, formando um só, eu poderia ficar desse jeito para sempre. Quero mostrar para ela que sou dela. Eu sou todo dela. Eu mostro o quanto preciso dela nesse momento e que meu corpo também a ama. Não poderia ser mais perfeito e foi realmente inesperado. Rubí se entrega completamente para mim, e eu para ela. E foi tão bom que eu acabei por deixar ela esgotada e inconsciente na cama, antes de sussurrar um:
    — Feliz aniversário, amor! — Ela sorri e seus olhos se fecham.
    Eu também fecho os olhos sorrindo.

Rubí - Pedras Preciosas Onde histórias criam vida. Descubra agora