Capítulo 16: Calmaria

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O apocalipse aranha tinha terminado com a morte de Poliana Pontes, os heróis aranha foram libertar os reféns sobreviventes quando as portas vieram abaixo e uma equipe da Colmeia adentrou ao recinto.

–Olha só o que temos aqui –Disse Bruno –Dois novos afetados. Prazer em conhecê-los, eu sou Bruno Benevolente, um dos três zangões da Colmeia. Uso os poderes a mim concedidos pela lei para lhes dar voz de prisão.

E lá estava Renan no meio de outra enrascada. Os dois estavam cansados e feridos e agora teriam que se meter em outra batalha?

–Isso é um absurdo! –Gritou uma mulher se pondo entre os heróis e os agentes –Eles salvaram a cidade, são heróis e não criminosos!

–Eles salvaram nossas vidas! –Gritou um homem indo para o lado da mulher.

–Onde vocês estavam quando os monstros nos atacaram?

–A Guerreira Aranha e o Aranha Noturna são os heróis da Cidade do Raio!

–Se for prende-los terá que passar por cima de nós!

Renan e Amanda sentiram um arrepio de emoção ao ver todas aquelas pessoas os defenderem. Bruno Benevolente ficou pensativo: "Eu devo passar por cima desses civis?". A equipe de policia chegou pela mesma porta, entre eles estava Carol Castro tirando foto de tudo.

–Os heróis aranha salvam a Cidade do Raio do Apocalipse aranha! Essa vai ser a capa de todos os jornais! –Ela anunciou.

–Em nome da equipe de policia, eu lhes agradeço! –Disse Carlos Castro fazendo uma reverência e puxando uma salva de palmas.

Bruno trincou os dentes de raiva, pelo jeito não seria daquela vez que os levaria para Colmeia. Renan segurou a mão de Amanda e juntos se jogaram pela janela fugindo do zangão amarelo ao som de empolgados aplausos.

Durante a semana seguinte:

–O total de mortos ultrapassam 150 pessoas.

–Os reparos da cidade vão custar milhões.

–A cidade inteira foi salva por dois jovens.

Renan havia recebido o prometido abraço da Roberta, passou horas no telefone com seu pai lhe garantindo que estava tudo bem, recebera um abraço de urso da senhora BooJoo, e quando finalmente se deitou em seu colchonete no quarto do Jinhwan, apagou.

Os agentes da Colmeia levaram o corpo da Poliana Pontes, dos gêmeos e da maior quantidade das aranhas que conseguiu. As Industrias Moura, conseguiram pegar várias das aranhas. A Cidade do Raio ficou uma semana de luto, as aulas estavam suspensas nesse período.

Jinhwan acordara no meio da noite ouvindo o choro de Renan, ele se debatia em meio a um pesadelo horrível.

–Renan! Acorda! –Ele o segurou pelos ombros, Renan despertou arregalando os olhos, estava ofegante e suado, lágrimas escorriam pelos seus olhos –Calma, foi só um pesadelo.

–Eu sonhei que a Poliana devorava você e a Roberta, eu não conseguia salva-los, foi horrível, eu...

–Calma, foi só um sonho –Jinhwan o abraçou –Quer voltar a dormir? –Renan sacudiu a cabeça negativamente –Então eu ficou acordado com você, vem sentar na minha cama –Os se encostaram na parede –Pense nas coisas boas, você me salvou, salvou várias pessoas.

–Mas não salvei todo mundo, o policial foi morto à poucos metros de mim e... Eu atirei nela, atirei na cabeça da Poliana Pontes. Eu matei uma pessoa.

–É como a Roberta disse, você fez o que foi preciso para salvar a cidade. Você é um herói, é nosso herói –Jinhwan o abraçou e Renan se sentiu muito melhor –Vamos falar de outra coisa para você espairecer a mente.

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