Capítulo 13: Apocalipse Aranha

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–Jeb! Jeb! Direto! Esquiva! Cruzado! Joelha!

–Aaaaaaa! –Terceiro dia de aula e Renan berrava desesperado, mas seguindo as instruções do Mestre Muralha.

–É isso aí, garotinho!

O grandalhão estava surpreso com o empenho e resistência dele, enquanto a maioria treinava uma hora por dia, Renan conseguia treinar quatro, na verdade conseguia até mais, no entanto levantaria suspeitas.

Roberta estava sentada exausta esperando o treino acabar, já tinha treinado duas horas e meia, agora só esperava o Renan enquanto falava com o David por mensagem. Seu namorado estava na Universidade Moura avaliando novos interessados para vagas no time de natação. Também na universidade estava Amanda Alves treinando com a equipe de líderes de torcida.

Nas Industrias Moura Kenny enviava mensagem para Carol lhe contando sobre uma reunião de emergência que estava acontecendo, o garoto viu Miloke, líder das forças armadas da empresa e que elaborou a emboscada para Guerreira Aranha, alguns dias atrás. Ele escondeu o rosto atrás do computador com medo de ser reconhecido, a mulher subiu junto dos acionistas pelo elevador.

Enquanto a maioria das pessoas treinava ou praticava espionagem, Jinhwan se preparava para tomar um sorvete com B.I., ele esperava enfrente ao seu prédio, quando o outro chega de moto.

–Te fiz esperar muito?

–Não, acabei de descer. Ou acha que eu me arrumei um hora antes e desci super nervoso e tão ansioso que fiquei com medo de perder a hora e estou aqui em pé desde então?

–Você é tão engraçado –B.I. colocou o capacete na cabeça dele com muito zelo, Jinhwan gostou daquilo. Quando ele montou na moto, o outro puxou seus braços o convidando a se segurar nele –Só por questão de segurança, sabe?

Jinhwan adorou andar de moto com B.I., estava tão bom abraçar o corpo dele, apertar suas pernas nas dele, que desejava que essa sorveteria fosse do outro lado da cidade, só para passar mais tempo assim, grudado no crush.

Todos seguiam suas vidas sem nem imaginar sobre a grande catástrofe que estava por vir. B.I. virou uma esquina e se deparou com um bloqueio policial que o obrigou a parar num engarrafamento.

–O que esta acontecendo? –Perguntou Jinhwan e uma mulher num carro respondeu.

–Interditaram todo o quarteirão do hospital Santa Clara desde ontem, como não disseram nada no rádio, pensei que já tivessem resolvido, agora estamos todos presos nesse engarrafamento.

O barulho de motor à jato chamou a atenção de todos, eram aeronaves amarelas, Jinhwan sentiu um arrepio ao reconhece-las.

–Aeronaves? De onde será que elas vem? –Perguntou B.I.

–São aeronaves da Colmeia. Algo muito ruim deve estar acontecendo –Respondeu Jinhwan preocupado.

Várias viaturas, carros de bombeiro e ambulâncias cercavam o hospital Santa Clara que agora parecia um casulo gigante. Quando as aeronaves amarelas, três delas, pousaram, o clima ficou ainda mais tenso.

–Capitão... Você acha que tem afetados ali dentro? –Perguntou um jovem policial se dirigindo à Carlos Castro, pai da Carol.

–Eu aposto que sim.

As portas de uma das aeronaves se abriram e vários agentes armados saíram escoltando um homem por volta dos trinta anos de óculos escuros de armação amarela, cabelos ruivos raspados, terno preto com gravata amarela com um grampo de ouro em formato de abelha. Ele parou diante dos policiais.

Guerra das AranhasOnde histórias criam vida. Descubra agora