Capítulo 22: O Show de Mágica

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Renan tomava banho se arrumando para ir para a inauguração do Show de mágica do pai de sua nova amiga, Susan, o monstro do circo. Eles se aproximaram mais depois do acampamento... Risadas, álcool, o jogo da garrafa, a primeira vez em que ele beijou a Roberta... Ele deixou escapar um gemido, sacudiu a cabeça para afastar aqueles pensamentos. Na barraca o David o beija, Renan retribuiu, eles tocaram a intimidade um do outro, duras... Mais gemidos. O banho seguia demorado e por mais que a água estivesse gelada, Renan não conseguia apagar seu fogo, seu corpo queria mais toques como aqueles, mais beijos, mais... A única forma que encontrou foi se tocar enquanto imaginava o que mais queria. Foi um vai e vem frenético com sua mão até alcançar o ápice e sujar os azulejos de sêmen.

O pequeno herói suspirou aliviado, limpou os azulejos e se acocorou no chão do banheiro enquanto a água gelada levava embora sua vergonha: Desejar aqueles dois.

–Que banho demorado, hein? Já estava achando que tinha desmaiado –Comentou Jinhwan fazendo o amigo ficar rubro.

–Vamos logo para o show de mágica.

–Odeio circo –Confessou Jinhwan.

–Por quê?

–Não conte pra ninguém, mas tenho medo de palhaços.

Renan riu e tirou sarro do amigo. Eles desceram as escadas e encontraram a Roberta esperando por eles.

–Sua melhor amiga deve estar muito empolgada para nos arrastar desse jeito para o Show de mágica do pai dela –Comentou Jinhwan.

–Ela não é minha melhor amiga! Mas não consegui dizer não, e se eu vou ter que ver isso, vocês dois também vão.

–E o trio magnifico enfrenta o mal novamente! –Brinca Jinhwan.

–Mal? Que mal?

–Ele esta com medo de que lá tenha palhaços, ele se borra de medo deles.

–Renan!

–Não acredito! –Riu Roberta –Assim eu não sei qual de vocês dois é o mais fofo.

–Cala a boca, psicopata! Dirige logo esse carro, quando mais cedo formos, mais rápido isso acaba –Renan estava feliz pela dinâmica do grupo não ter mudado.

Ali perto uma enorme tenda havia sido armada, a plateia começara a chegar arrumando lugar nas arquibancadas, enquanto as estrelas da noite se preparavam nos bastidores.

–Eu estou tão feliz que tenha decidido voltar com seus shows, papai! –Exclamava a animada Susan.

–Já estava na hora do grande Samuca Santos retornar! –Ele parecia com a filha, cabelos escuros, rosto com sardas e sempre sorridente. Samuca tinha quarenta e dois anos, olhos atentos e mãos rápidas para distrair a atenção dos espectadores e realizar seus truques de mágica –Essa noite vai ser inesquecível!

O trio chegou a tenda, Jinhwan ficava esfregando as mãos na calça num tipo de forma de extravasar o nervosismo ou medo de palhaços.

–Se algum filho da puta de um palhaço chegar perto de mim, juro que vou dar um soco nele!

–Não nos mate de vergonha! –Recriminou Roberta.

–Amigos! –Susan os viu e foi recebe-los com abraços –Que bom que vieram! Vocês vão ver como meu pai é incrível! Vem, vamos sentar bem na frente! –Roberta revirou os olhos enquanto era arrastada pela animada garota.

Os quatro sentaram-se e o show começou. Samuca Santos havia convidado alguns dos seus amigos do tempo do circo, pelo menos os que sobreviveram ao incêndio. Uma malabarista fez um espetáculo com espadas e tochas em chamas, uma mulher gorda e barbada cantou fazendo um dueto com si mesma, mesclando uma voz doce e feminina com uma grave e masculina.

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