Capítulo 20 (Angel)

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Quando Jason entrou sorrateiramente no meu quarto durante a noite, eu já estava deitada usando uma regatinha de cetim azul e minha calcinha estilo caleçon preta cheia de rendinhas. Não iria perder a oportunidade de fazer um charme a mais para Jason. Se existia uma coisa que eu aproveitaria, seriam as noites que ele passaria aqui. Ele puxou as cobertas, se enfiando embaixo junto comigo. Seu cabelo ainda estava molhado e o cheiro de sabonete e perfume pairava no ar.

— Oi. — Disse.

— Oi.

— Como foi seu dia? — Perguntei.

— Ótimo. Passei o dia todo tendo a visão da bunda mais linda que existe no mundo. — Ele deu um sorriso malicioso.

— Seu tarado! — Eu ri e dei um leve empurrão nele. Ele riu.

— Por favor, sempre use aquele jeans. — Ele fez uma carinha que parecia muito com a minha tentativa da expressão de súplica do gato de botas, porém a dele ao contrário da minha, convencia facilmente. Sorri. Com aquela cara ele não precisava me pedir nada. Eu faria de boa vontade.

— Ok. — Sorri, constrangida.

— Mas teve uma coisa que eu não gostei. — Ele disse mudando completamente sua expressão, ficou sério e com a mandíbula tensa.

— O quê? — Pedi intrigada.

— Aquele idiota de novo. Eu vi como ele te olha e escutei tudo o que ele falou pra você. — Disse zangado.

— Escutou?

— Sim, e não gostei nada disso, aliás, se você quiser ir a esse baile, eu vou com você, esse merdinha precisa saber que você é minha.

Não pude parar de sorrir. Nunca achei que essas palavras tão possessivas pudessem me deixar tão feliz.

— Está com ciúmes! — Eu cutuquei seu ombro e ri.

— Gosto de cuidar do que é meu. — Sua cara estava fechada numa carranca muito fofa.

Não me contive e beijei seus lábios, segurando seu rosto entre minhas mãos. Depositei vários beijos em seu rosto pra que não ficasse um cantinho de pele sem ganhar um beijo delicado. Ele ria a risada mais contagiante que existia, fazendo-me, me apaixonar ainda mais. Mas seu corpo ficou tenso, ele me encarou de repente parando de rir e ficou sério. Segurou-me pelos ombros, me girando na cama ficando sobre mim. Desceu sua boca até a minha e intensificou o beijo me pressionando para baixo contra o colchão da cama. Ele começou a beijar lentamente meu lábio inferior e meu queixo, descendo e subindo numa espécie de brincadeira excitante. Ele usava apenas uma camiseta cinza e sua calça jeans preta, o que fazia o zíper do seu jeans esbarar na minha calcinha cada vez que ele me apertava contra o colchão. Minhas unhas cravaram em suas costas, e nem percebi quando aquilo tinha passado de um momento de carinho para uma cena de prazer. Ele rugiu ao pé do meu ouvido, me fazendo passar minhas unhas por suas costas o trazendo para mais perto de mim, como se fosse possível, pois já estávamos totalmente grudados.

— Jason. — Sussurrei.

O movimento de vai e vem de seus quadris que ele fazia sobre mim era entorpecente. Incendiando cada parte do meu corpo.

— Me diga para parar, Angel. — Ele falou com a voz rouca tomando fôlego e passando uma mão no meu seio, mantendo o outro braço apoiado no colchão, me prendendo. Gemi quando senti sua ereção. A coisa estava ficando quente aqui. Muito quente. Eu queria tirar a roupa dele, queria tirar a minha roupa. Eu o queria aqui e agora.

— Eu quero você. — Falei no pé do seu ouvido e lambi o lóbulo da sua orelha.

Ele me empurrou com força na cama, e rosnou. Um rosnado do tipo felino que me causou arrepios. Encarei-o. Seus olhos verdes estavam se transformado no neon selvagem. Sua íris dilatada e suas veias começaram a pulsar no pescoço visivelmente, como se uma sombra invadisse sua mente. Ele me pressionou mais forte contra a cama, agora quase me machucando e rosnou mais alto. Mordeu levemente meu pescoço e logo em seguida plantou beijos molhados por cima. Com uma mão massageou meu seio e rasgou com um só dedo a alça da minha regata de cetim azul, deixando meu seio esquerdo exposto. Ele desceu sua boca pelo meu peito até chegar ao meu seio nu, mordiscou o mamilo rígido e sugou. Arquei minhas costas me impulsionando para ele, eu estava pronta para ser dele, mas quando ele começou a me agarrar com uma força anormal e me pressionar, a puxar minha blusa para baixo com ferocidade, fiquei apavorada. Essa sua mudança repentina de força e atitude, me deixou assustada. Eu sabia que ele não me machucaria, mas Jason estava no seu modo assassino, feroz. Ele tentava me consumir, me compelir a acompanhá-lo, no entanto era intenso demais, aquilo era assustador demais. O jeito como ele começou a me forçar para baixo era excitante, mas ao mesmo tempo amedrontador. O medo nos excita de uma maneira diferente, estranha, mas boa. E não sabia se isso era bom num momento como esse, sendo que Jason era diferente de todos os outros caras do planeta.

A Protegida (Segundo livro da trilogia Salva-me)Onde histórias criam vida. Descubra agora