✾ Capitulo 45

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   Acordei no meio da madrugada, fiquei um bom tempo observando o Josh dormir até que meus pensamentos começaram a me sufocar por conta da culpa pelo o que eu estava fazendo com a Sabina então me levantei silenciosamente, sentando perto das cinzas da fogueira. O que eu me tornei? Por que topei o acordo do Josh? Por que me apaixonei por ele? Por mais que tenha uma mínima possibilidade de ficarmos juntos, não terei coragem em ficar com o pai do meu próprio sobrinho. Sentia lágrimas teimosas escorrerem pela minha face,  meu peito apertava bruscamente...Eu só queria ser feliz ao lado dele, mas pelo jeito, isso nunca ocorrerá, nos alimentamos de uma ilusão, que só fez piorar tudo. Após alguns minutos me torturando com minhas paranóias, senti uma mão em meu ombro, me fazendo assustar.

— Caralho professora.

Falei respirando fundo, colocando a mão em meu peito.

— Desculpa, tem insônia também?

Disse rindo, sentando ao meu lado.

— Somente quando tem algo me incomodando.

Falei pegando um graveto, começando a rabiscar qualquer coisa na terra que estava sob meus tênis.

— E o que incomoda?

— Nada demais.

Meu olhar se mantinha vago, mas permanecia a fazer o rabisco, nem eu sabia o certo o que estava fazendo.

— Por acaso esse seu problema é conhecido como Josh também?

Olhei para ela surpreso então a mesma, apontou para o chão, sim eu havia escrito o nome do garoto.

— Droga!

Apaguei a escrita com os olhos lacrimejando, odiava ser sensível assim.

— Olha, eu sei que sou a sua professora de Biologiamas meu amor, ser professor é mais que chegar em uma sala de aula e ensinar um conteúdo acadêmico, ser professor consiste em cuidar dos seus alunos, independente do que seja e eu tenho um carinho muito grande por ti, então me parte o coração lhe ver abatido assim.

Pela forma que ela disse, senti um conforto tão grande...Um conforto maternal, que nunca tive. Olhei atentamente para cada parte do corpo daquela mulher, procurando algum sinal, até que lembrei de uma foto que vi e a mulher que era a minha mãe, tinha um tatuagem na cintura, um desenho especificadamente, de um girassol, cada pétala uma cor diferente, eu apenas levantei sua blusa, vendo o que me fez entrar em choque.

— Noah...

Meus olhos se mantinham arregalados, enquanto sentia o ar sumir dos meus pulmões.

— Filho.

Minhas mãos tremiam, por mais que sempre quis conhecer minha mãe independentemente do que ela fez, nunca imaginei que fosse a Hailey...

— Me dê a oportunidade de explicar.

Olhei em seus olhos fixamente.

— Irei perguntar somente uma vez e eu imploro toda sinceridade possível....Por favor.

A mulher assentiu, segurando minhas mãos.

— Por que você me abandonou, por que você nos abandonou?

— Meus pais nunca permitiram que eu me envolvesse com seu pai, porque eu já tinha um "pretendente", o meu casamento com esse "pretendente" unificaria a empresa dos meus pais com a dos pais do fulano, então eu comecei a passar muito mal, fui ao médico e recebi a noticia que estava grávida da Sabina, tentei falar com minha mãe e ela me bateu muito, dizendo que era para abortar, porque senão iria manchar o nome da nossa família, em estar grávida de um rapaz sem "poder aquisitivo".....Então nesse dia fugi, juntamente a seu pai. Começamos uma nova vida, a Sabi crescia como nunca, assim como nossa amor, logo comecei a ter outro sintomas de gravidez e dessa vez era um príncipe, Noah...Porém a gravidez foi muito complicada, era de risco, ficava mais internada no hospital do que em casa, com tantas entradas no hospital meus pais me acharam e após uma semana que eu tinha recebido altas, eles chegaram em casa, me ameaçando, ou eu "abandonaria" vocês ou eles mandariam matar você, a Sabina e o Maico, o que eu não poderia arriscar, porque eles tinham muito poder financeiro...Noah todas as oportunidades que tive em ter um mínimo contato possível com vocês eu tive, lembra da Joyce?

I hate loving you// Nosh Beaurrea Onde histórias criam vida. Descubra agora